Pirates of the Caribbean: Adivinhem quem voltou?

“The dead have taken command of the sea. They’re searching for a girl, a Pearl, and a Sparrow!”

Os piratas dos sete mares de que tanto gostamos e aprendemos a afeiçoar-nos desde a sua primeira aparição, em 2003, estão de volta aos cinemas. Se o primeiro filme desta saga prometia muito, também graças aos actores no elenco agora, passados uns anos, começou a saber a pouco. Mas acredito fielmente que quem se apaixonou à primeira vista por esta saga, não vai conseguir olhar para os podres da mesma.

É assim que surge o quinto filme dos Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell No Tales – mas que histórias ainda há para contar? Se antes fomos habituados à história de amor de Elizabeth Swann (Keira Knightley) e de Will Turner (Orlando Bloom) e ao pirata mais procurado e viciado em rum que está sempre a fazer das suas, que todos conhecemos por Jack Sparrow (Johnny Depp), agora é completamente o oposto.

Nos filmes anteriores, Jack Sparrow foi ganhando cada vez mais protagonismo ao longo da saga e pondo a história de amor, que acabou por ter um “final”, a um canto. Aliás, acho que hoje não se fala de Piratas das Caraíbas sem se falar dele.

Já a história deste novo episódio inicia-se com o reencontro de Henry Turner (Brendon Thwaites) com o seu pai Will. Henry diz-lhe que sabe como o pode salvar da maldição do Holandês Voador – em que Will só pode regressar a terra de 10 em 10 anos, durante um dia – e explica que vai ser através do Tridente de Poseidon que dá o controlo dos sete mares e destrói todas as maldições. Para isto acontecer, precisa de encontrar o Capitão Sparrow para o ajudar, ao que Will diz logo que não porque não o quer perto de Jack.

Nove anos depois, Henry está a bordo de um navio e perante uma perseguição a um navio de piratas, apercebe-se que estão a ir em direcção do Triângulo do Diabo – tudo o que lá entra, nunca mais sai – e tenta avisar a tripulação mas ninguém o ouve e acusam-no de traição e o barco é destruido ali mesmo. É dentro do triângulo que Henry conhece o Capitão do navio dos mortos, Salazar (Javier Bardem), que tem a sede de se vingar de Jack Sparrow, assim como de matar todos os piratas que existem e como tal, deixa Henry vivo para contar a história e dar a mensagem a Jack.

Enquanto isto, Carina Smyth (Kaya Scodelario) é acusada de bruxaria mas só ela sabe onde encontrar Mapa que Nenhum Homem Consegue Ler para poder encontrar o Tridente pelo pai, que lhe deixou o diário a dizer como.

É então numa sequência de acontecimentos hilariantes e acrobacias, como sempre e principalmente, de Jack Sparrow, que ele, Carina e Henry acabam na mesma prisão sendo salvos pela tripulação do pirata.

Mas enquanto isto, há outro pirata a ser ameaçado no meio disto tudo: Capitão Barbossa, (já tinham saudades, não é?) que se alia aos mortos para destruir Jack Sparrow, mas já deviamos saber que nunca se deve confiar num pirata. E fico-me por aqui porque o resto terão de ir ver ao cinema.

Muito mais focada na família, a narrativa não nos traz nada completamente stunning, mas depois de Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides, este filme está aceitavelmente bom, leve, com um toque de comédia que não é nada falhado, porque seja nas piadas ou nas típicas acções do capitão mais bêbedo da história da pirataria, a verdade é que nos rimos do início ao fim quando já sabemos o que a casa gasta e acabamos por ter o mesmo sentimento que tivemos a ver The Curse of the Black Pearl.

Johny Depp está novamente a dar-nos a personagem à qual nos afeiçoámos desde o primeiro filme mas também tivemos a oportunidade de ver os veteranos Geoffrey Rush (Capitão Barbossa)e Kevin McNally (Mr. Gibbs)  que são personagens já especiais de volta e em acção. Quanto a Brendon Thwaites e Kaya Scodelaria, estiveram uma representação pouco intensa, esperava-se muito mais emoção. Pelo menos, falando por mim, queria voltar a ver um pouco da faísca e química que Elizabeth e Will tinham como casal no ecrã.

Foi bom também ver Javier Bardem no papel de vilão, notando-se que foi uma personagem divertida de se interpretar, especialmente ao lado de Johnny, entre outros. Já no caso da banda sonora, não há hipótese, saio sempre rendida, mas mais pelo sentimento de familiaridade e nostalgia.

O final está bastante emotivo para os fãs da saga e só quero relembrar que há uma cena pós-créditos que pode (ou não) significar o regresso de uma personagem e, quem sabe, de um novo filme brevemente.

Título original: Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell No Tales
Realização: Joachim Rønning, Espen Sandberg
Argumento: Jeff Nathanson
Elenco: Johnny Depp, Javier Bardem, Geoffrey Rush, Brenton Thwaites, Kaya Scodelario, Kevin McNally, Golshifteh Farahani
Género: Ação, Aventura, Fantasia
Duração: 129 min.
Rating: 6/10

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