Anatomy of a Fall – Crítica Filme

© Carole Bethuel (c)LESFILMSPELLEAS_LESFILMSDEPIERRE

“Anatomy of a Fall”, que ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano, é, em todos os aspectos, um thriller, mas que não fica preso aos moldes pré concebidos do género. Sandra (Sandra Hiller), uma artista literária alemã de sucesso, é chamada a responder em tribunal pelos aspetos invisíveis da sua relação com o aspirante a romancista francês – e também professor numa escola de Grenoble – Samuel (Samuel Teis). Tudo isto porque, certo dia, Samuel é encontrado morto em circunstâncias inexplicáveis, sem que se saiba se foi homicídio ou suicídio. A realizadora Justine Triet ilumina a ambiguidade dos testemunhos e as provas incoerentes apresentadas ao júri, baseando-se no raciocínio de “Rashomon” sobre o ponto de vista subjetivo (verdades subconscientemente adaptadas à narrativa que serve a pessoa na história naquele momento). Deste modo, esbate as fronteiras entre inocência e culpa.

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