O cigarro sempre na mão, como se fosse mais uma batuta a ditar o ritmo da sua vida; a camisa desalinhada, talvez às riscas, e um tufo de cabelo. Tal como em “A Star is Born”, pelo timbre e pela figura, Bradley Cooper não só reforça e legitima a sua posição de autor acessível e sinuoso, como continua a misturar cinema, música e vida. Como se de uma partitura se tratasse, “Maestro”, um filme biográfico sobre Leonard Bernstein, parte da figura do genial compositor orquestral – um revolucionário, um vanguardista, um visionário da narração – para se debruçar não tanto nos seus aspectos profissionais mas, especialmente, na relação que manteve com Felicia Cohn.
“Uma obra de arte não responde a perguntas, provoca-as; e o seu significado essencial está na tensão entre as respostas contraditórias.”