Challengers – Crítica Filme

Challengers chega esta semana aos cinemas pelas mãos de Luca Guadagnino e conta com um elenco de luxo composto por Zendaya, Mike Faist e Josh O’Connor numa história vibrante! 🔥🎾

Em jeito de resumo, em Challengers, acompanhamos Tashi Duncan (Zendaya), uma antiga estrela do ténis que após uma lesão, torna-se treinadora de Art (Mike Faist), com quem é casada. Art é jogador profissional de ténis e está numa maré de derrotas e é aí que Tashi decide inscrevê-lo num challenger.

O que é um challenger? É basicamente o nível mais baixo do circuito profissional. perfeito para o boost que ele precisa, especialmente se vencer. Mas é lá que eles vão ter de confrontar o passado que dá pelo nome de Patrick (Josh O’ Connor) ou, por outras palavras, o ex melhor amigo de Art e o ex namorado de Tashi.

Para quem viu o trailer, não pensem que vai ser um filme erótico ou algo do género. É simplesmente um filme com muito drama e tensão!

Começo já por dizer que ainda bem que finalmente deram um papel em que a Zendaya pode brilhar à vontade (embora ela seja a produtora mas isso são outros quinhentos). Sim ela esteve bem em Malcolm & Marie ou até mesmo em Euphoria mas ela aqui dá tudo de si à Tashi. É uma personagem que nem sabemos bem se a adoramos ou odiamos porque vamos vendo as atitudes que ela vai tendo porque para ela, o ténis é realmente o que ela gosta mais, acima de tudo, e percebemos que ela nunca recupera verdadeiramente da sua lesão e até mesmo as suas relações não são as mesmas sem o ténis presente.

© 2023 Warner Bros. Ent. All Rights Reserved.

E se a Zendaya nos traz aqui um papelão, Josh O’Connor e Mike Faist são os parceiros perfeitos de cena. Aliás todos ele transformam-se completamente, não consegui pensar uma única vez que eram atores. Para além da química que eles os três têm no ecrã em cada cena que partilham, o Mike e o Josh são absolutamente maravilhosos porque muitas vezes sem dizerem uma palavra, sabemos bem o que estão a pensar através dos olhares que trocam, muito graças aos planos fechados que Luca faz neles. Cada pinga de suor, cada palavra que dizem  um ao outro, cada olhar traz um novo nível de emoção que nós, espetadores, não estamos preparados.

E sim, Luca Guadagnino aproveita-se bem do elenco que tem. Ele sabe o talento, sabe onde tem de fazer determinados planos e mais do que isso, conseguiu mesmo transportar-nos seja ara o campo de ténis com planos incríveis de baixo dos pés deles enquanto jogam, planos em que câmara está na bola de ténis e em que percorremos o campo nela, mas também transporta-nos para onde o trio está, fazendo-nos parecer que somos meros espiões do que está a acontecer, o que chega a dar-nos uma sensação de estarmos a passar os limites de um espaço privado.

A cereja no topo do bolo é mesmo a banda sonora potente feita pelo Trent Raznor e o Atticus Ross dos Nine Inch Nails, que nos têm habituado a composições fenomenais mas aqui, trazem-nos algo completamente energético, com toques de techno, com vibes até às vezes agressivas mas que nos dá aquele power necessário. Em certos diálogos, reparamos que há um aumento do volume da composição para simular quase que os argumentos que eles têm uns com os outros carregados de drama é como se estivessem literalmente estarem a bater bolas no campo de ténis.

© 2023 Warner Bros. Ent. All Rights Reserved.

No que toca ao argumento, a história pode parecer simples mas tem muito sumo, tem os plot twists no sítio certo, tem drama, tem um toque de humor, tem intriga… tem a fórmula perfeita para um filme que te agarra do inicio ao fim! Esta história acaba por nos agarrar também pela forma como está a ser contada, através dos flashbacks que nos permitem ir percebendo certas atitudes das personagens, o passado delas, e vamos assim gerando ainda mais emoção para o momento final do filme (que é simplesmente o auge) e aqui o trabalho de edição é simplesmente de valorizar, porque é um trabalho soberbo que eu espero muito bem que seja reconhecido nas cerimónias de prémios.

Essencialmente, eu saí do filme cheia de energia, ansiosa para o ver uma segunda vez mas tenho a dizer que é mesmo um filme para verem no cinema, porque caso contrário, não vai ter o mesmo impacto em vocês.

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