Killing Eve – uma série intensa e inteligente, que nos deixa de coração apertado

A série “Killing Eve” já é considerada uma das melhores do ano e já foi nomeada para vários Emmy Awards. O thriller já tem a segunda temporada confirmada. 

“Killing Eve” é inspirada na obra de Luke Jennings chamada “Codename Vilanelle”. Em relação à série da BBC America, criada por Sally Woodward Gentle, a primeira coisa a dizer é que é de cortar a respiração a qualquer pessoa. É impossível tirar os olhos um minuto que seja do ecrã e das interpretações fantásticas que há nesta série.

Por um lado, temos Sandra Oh, que ficou conhecida com o seu papel fantástico em Anatomia de Grey, que nos deslumbra a todos com a interpretação de Eve Polastri, papel que lhe valeu a nomeação para Melhor Atriz Principal Drama nos Emmy Awards, sendo assim a primeira asiática a consegui-lo.

Eve começa a trabalhar numa “divisão fantasma” do Mi5, onde tem a oportunidade de investigar a fundo um caso que a deixou intrigada. Ela acredita que os diversos homicídios que têm ocorrido em vários sítios da Europa são obra de apenas uma mulher.

A assassina que Eve procura dá pelo nome de Vilanelle, interpretada por Jodie Comer, que nos traz uma assassina profissional treinada por uma organização intitulada de “Os Doze”.

Ela é psicopata, completamente sádica e com uma personalidade tão tricky que nos é difícil de acompanhar. Entenda-se, tricky no sentido em que ela é desprovida de sentimentos na hora de matar alguém mas depois vai ganhando sentimentos por personagens, nomeadamente por Eve, que a impedem de pôr termo à vida das mesmas.

A verdade é que a obsessão com que elas ficam uma pela outra é a parte mais apaixonante da série. Estamos sempre à espera que o gato e o rato se encontrem para perceber o que vão fazer a seguir, até onde é que estão dispostas a ir – neste caso, até onde é que Eve está disposta a ir e a fazer para apanhar Vilanelle e se a assassina está disposta a matar a espiã.

A construção das duas personagens é também muito interessante. Por um lado temos Vilanelle que é carismática, metódica, que vai até ao fim com o que a mandam fazer porque é trabalho, e que é implacável – não há uma morte que lhe falhe. Ela até tem um tipo preferido de vítimas, só para terem noção.

E depois temos Eve que sim, é carismática também, mas dá-nos a parte mais humana. Mais concretamente, o medo que ela tem de morrer mas que mesmo assim, não a impede de perseguir Vilanelle.

Em nenhum momento da narrativa estas personagens se tornam dispensáveis. Não só porque a série gira em volta delas, mas sim porque a narrativa está tão bem construída e é tão cativante que nós só queremos ver mais destas duas mulheres que se entregam de alma à acção.

A série é basicamente o jogo do gato e do rato. Mas, por incrível que pareça, não nos fartamos que a fórmula de episódio para episódio seja a mesma. Isto porque o desfecho é inesperado.

“Killing Eve” é, sem dúvida, um must-see deste ano. Promete não só trazer-nos ação, mas também mortes de deixar-nos de boca aberta, discursos muito bem desenvolvidos e algumas gargalhadas.

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