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Jujutsu Kaisen: Execution – Crítica Filme

by Maria João Soares

Jujutsu Kaisen traz novamente um filme para o cinema, após o sucesso de “Jujutsu Kaisen Zero” em 2021. Desta vez, o filme é comercializado como sendo um primeiro visionamento exclusivo da nova temporada que chegará em janeiro de 2026 ao Crunchyroll, adicionando também uma recapitulação do final da segunda temporada, o arco de Shibuya.

Esta sinopse é uma que garantidamente promete levar os fãs ao cinema, tanto para experiênciar as grandes lutas de shibuya no grande ecrã, como para ter um vislumbre da tão aguardada nova temporada do anime. Não é um filme tradicional com uma história fechada e autónoma como foi o seu predecessor, mas sim uma espécie de ponte entre a segunda e terceira temporada do anime.

© Crunchyroll

No entanto, apesar de criar grande expectativa, o filme acaba por falhar em vários pontos e deixar o público dividido com críticas mistas. A sua estrutura narrativa começa com um resumo condensado do arco de Shibuya, revisitando momentos fortes, batalhas icónicas e consequências devastadoras do incidente.

Contudo, o filme não equilibra bem o tempo dedicado a cada segmento nem edita de forma fluida a transição entre cenas, o que resulta numa montagem que procura destacar os momentos mais intensos de cada confronto, mas falha por se tornar confuso, com cortes rápidos e abruptos que prejudicam o impacto emocional e narrativo de acontecimentos que tiveram muito mais peso na série.
A segunda parte do filme, onde surge conteúdo novo, introduz novos conflitos, tensões políticas dentro do mundo do jujutsu, uma atmosfera mais sombria e estratégica, apontando para o rumo que a historia irá seguir na terceira temporada.

© Crunchyroll

Aqui, o filme demonstra maior potencial, tanto a nível narrativo como temático, criando expectativas sobre o futuros das personagens e o desenrolar da historia. No entanto, quando a narrativa realmente começa a ganhar força, o filme termina, deixando uma sensação de desapontamento. Em vez de funcionar como um arco introdutório solido, parece que vemos um teaser prolongado.

Onde “Jujutsu Kaisen: Execution” completamente acerta é no seu visual impressionante e design sonoro imersivo. A experiência destes dois elementos eleva-se na sala de cinema, especialmente nas sequências de combate, fluidas, intensas, impactantes, relembrando a qualidade técnica da animação MAPPA.

© Crunchyroll

“Jujutsu Kaisen: Execution” torna-se um título incontornável para os fãs do anime que procuram spoilers antecipados da nova temporada, e que querem reviver a memória do final da segunda, desta vez, no grande ecrã, mas falha para o espectador comum que tenha pouca ou nenhuma ligação à história, que irá sair do cinema provavelmente confuso ou até frustrado.

Para os fãs que acompanham a série de perto, o filme cumpre o seu papel enquanto peça de transição, mas não é essencial nem revolucionário. É um filme que vive do contexto, da antecipação e da devoção dos fãs mas falha por não se comprometer com uma narrativa própria, o que faz com que não seja uma boa recomendação para ninguém para além daqueles que estão plenamente a par da obra.

6/10

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