Depois do sucesso tremendo da primeira parte do famoso musical da Broadway, Elphaba e Glinda estão de volta em Wicked: For Good, um filme que vai desafiar tanto a amizade delas como repensar as nossas.
Quem me conhece, sabe o quão entusiasmada eu estava para ver esta segunda parte. Se em Wicked eu chorei e cantei até não dar mais, só podia esperar coisa boa desta segunda parte. A verdade é que ambos os filmes vivem da relação da Glinda e da Elphaba e quando não há momentos delas juntas é como se faltasse algo.
Para já, eu acho que este foi o filme para a Glinda brilhar. Ariana Grande continua a mostrar que merecia ter ganho o Óscar no ano passado porque a emoção que ela traz à personagem em For Good é simplesmente fantástica. Faz com que o nosso coração fique apertado sempre que o dela fica. E faz-nos valorizar a sua personagem ainda mais, porque a Glinda é sem dúvida para todos aqueles que só estão a tentar que fique tudo bem, que tem de construir uma carapaça para não se ir abaixo, é para aqueles que são escolhidos em segundo lugar. A Glinda é isto tudo e ainda consegue ser genuinamente engraçada.
I’m obsessulated ✨

Mas claro que a Elphaba também teve o seu grande destaque neste filme, não fossem ambos os filmes sobre ela. A Bruxa Má do Oeste fugiu (depois do estrondoso Defying Gravity) e agora tem de tentar derrubar o Feiticeiro sozinha, mas a verdade é que faça o que fizer, vai ser sempre vista como Wicked.
Na verdade, a maneira como a Elphaba teve aqui o seu desenvolvimento neste filme irritou-me ligeiramente. Ela estava sempre a ir e a vir sem nada de concreto acontecer com ela. E isso pareceu-me o lado mais teatral, embora não saiba se acontece o mesmo na Broadway. Mas e inevitável, a Cynthia Erivo tem um vozeirão invejável e faz parecer fácil. A sua técnica vocal em No Good Deeds é um estrondo.
Mas claro, como disse antes, o filme torna-se muito melhor quando elas estão juntas, tanto que o grande momento do mesmo é quando cantam o For Good e nos fazem pensar nas pessoas que de certa forma nos fazem mudar para melhor diariamente. É uma amizade que adoro e que ao ser contada nesta conclusão, é acompanhada de alguns planos incríveis, especialmente no final do filme.

Quanto às restantes personagens, tanto o Feiticeiro (Jeff Goldblum) como a Madame Morrible (Michelle Yeoh) acabaram por não ter grande destaque, contudo o Fiyero (Jonathan Bailey) foi bastante importante para o desenvolvimento da história.
Apesar de amar sempre a banda sonora, há músicas que senti que não faziam muita falta, nomeadamente a nova música chamada No Place Like Home. Sim, é bonita e tem toda a vibe de Wicked mas sinto que não trouxe nada de novo a história que valesse a pena.
Lá está, o filme é visualmente bonito e chamativo, as coreografias continuam incríveis, assim como todo o design de produção e cinematografia e , claro, a banda sonora, apesar de tudo, está on point, mesmo com todos os reprises. Mas não consigo dizer que este filme está melhor que o primeiro porque enquanto o primeiro me trouxe a construção da relação da Glinda e da Elphaba, este trouxe o reforçar de que as duas são importantes na vida uma da outra. Por isso é que todo o tempo que estão separadas tornam o filme mais longo e quando estão juntas, tornam-no bem mais divertido e emotivo.

Não consigo dizer que o que não gostei muito belisque a minha opinião de que o filme está muito bom. Também acredito que as nossas próprias emoções mexem com a maneira como vemos o filme e apesar do meu entusiasmo, as semanas anteriores não foram fáceis e cheguei ao dia sem energia. Como tal, o final para mim foi altamente catártico e saí da sala mudada para o melhor! (pun intended)
Por isso mesmo , acho que quem vai ver a sessão dupla vai ganhar muito! Sem dúvida que estes dois filmes juntos vão ser qualquer coisa. Eu quero, e vou, sem dúvida rever porque quero cantar desta vez!
