Avatar: Fire and Ash (Avatar: Fogo e Cinzas em português) é o terceiro filme da saga de James Cameron que começou em 2009. Este filme promete deixar-te preso à cadeira durante 3h15!
Chegámos aquele ponto em que já nos começamos a perguntar se vale a pena ir ver mais um Avatar. A minha resposta é sempre a mesma: vale sim! Por mim, podem sair os filmes de Avatar que estão planeados até 2031 que eu vou sempre ver. Contudo, o sucesso deste vai determinar se teremos realmente o quarto e quinto filme.
Mas a verdade é que o Avatar, para mim, é a definição perfeita de experiência de cinema. É estranho ver um destes filmes fora da sala de cinema. Eu vi o primeiro filme em 3D, o The Way of Water em IMAX 3D e tive oportunidade de rever o primeiro em IMAX numa reposição e gostei bastante da experiência. Isto porque se não forem vistos no cinema, num grande ecrã e em 3D, para ficarmos imersivos naquele que é todo o ambiente de Pandora criado por James Cameron, perde toda a sua piada.

Estive 3h15 completamente entretida, não posso negar. E não foi só pela história, até porque eu acho que a história destes filmes não é incrível, mas é consistente, é original dentro do que nos é apresentado e, acima de tudo, não há grande complexidade, o que nos permite apreciar não só este elemento como os outros.
E um deles é, claro, a componente visual. Quando eu digo que é uma experiência ver estes filmes no cinema, é porque nós ficamos embrenhados no que estamos a ver: baleias a saltar, os seres que existem em Pandora a coexistir naquele ambiente, e até mesmo os momentos de mais ação, seja nas interações com Ewya, seja eles a irem de um lado para o outro ou em lutas entre clãs. Nós ficamos vidrados nisso. Eu estava ali na cadeira do cinema sem saber para onde olhar primeiro porque o filme é visualmente maravilhoso.
Para mim, Avatar é isto.

Quanto à história neste terceiro filme, também temos momentos bem emotivos. Depois do que aconteceu no segundo filme, vemos aqui como é que a família Sully lida com o luto, cada um à sua maneira, e como isso é tão diferente em cada um deles.
E se em The Way of Avatar conhecemos o clã Metkayina, agora conhecemos o clã Mangkwan, ou o clã das Cinzas, liderado por Varang, a nova vilã da história. E eu até gosto do contraste de termos o clã Omaticaya, onde a família Sully está inserida, e de um lado os seus aliados e de outro os seus inimigos. Até porque com a questão toda dos Na’vi estarem em guerra uns com os outros mas também com os humanos, as coisas começam a escalar, embora ache que ainda não temos a pintura completa.
Especificamente quanto à Varang (Oona Chaplin), acabei por gostar dela porque tem aquele sentimento de adoramos odiá-la, para além de que o melhor de tudo foram as interações com a Neytiri. Ainda assim, acredito num futuro potencial dela como vilã, aqui sinto que só tivemos um cheirinho.

Também gostei que se tivessem dedicado mais ao desenvolvimento de algumas personagens. Se no segundo filme tivemos Kiri e Lo’ak a brilhar, aqui continuam a ter os seus momentos no grande ecrã, assim como Spider e o General Quaritch, sem esquecer o nosso casal favorito: Neytiri e seu Jake. E claro, também temos momentos bem tristes que o realizador descreveu como sendo pior que o Titanic.
A banda sonora continua incrível e a acompanhar muito bem tudo o que vemos a acontecer e depois também temos o facto de que vai ser sempre um filme que é revolucionário dentro daquilo que nos apresenta em tecnologia no cinema.
Por isso, recomendo que aproveitem estes últimos dias antes do Natal para irem ver este filme em família ou com os vossos amigos. Vale bastante a pena, porque às vezes mais vale feito e bem feito do que perfeito!
