A primeira temporada de Nobody Wants This mostrou-nos que é possível os opostos atrairem-se e de que maneira. A segunda temporada, mostra-nos que é possível esses opostos terem uma relação com altos e baixos mas saudável.
O que mais gosto nesta série é que é super fácil de devorar mas também dá-nos o olhar sobre uma relação que podia ser verdadeira: com desafios diários, gestos românticos e como lidar quando os objetivos que são tão diferentes são um fator importante no futuro da mesma.
E sinceramente, eu adorei ver este lado do Noah e da Joanne. O quanto o mundo deles é diferente individualmente e a forma como conseguem juntá-los em algo bonito mas também muito desafiante. E sim, apesar de ter gostado bastante desta nova perspectiva, sinto que houve coisas que podiam ter sido mais exploradas, como a questão do podcast que acabou por ser mais deixada de lado esta temporada.

Mas também não foi isto que me fez gostar menos desta temporada porque percebi que o foco aqui era mostrar realmente como é que os Noanne (sim, dei-lhes um nome, deixem-me) acabam por ultrapassar os obstáculos juntos e eles próprios evoluem tanto na relação deles como também individualmente graças um ao outro, tal como é na vida real.
Adoro a Kristen Bell e Adam Brody juntos, eles têm muita química no grande ecrã e fazem-nos sentir cada emoção deles: a felicidade de um novo amor, as más quando discutem e até mesmo as mais confusas, deixando-nos a refletir na própria vida. E sim, eu própria me sinto inspirada quando oiço o Rabbi Noah Roklov, é inevitável.
Mas há outras personagens que acabaram por brilhar também nesta temporada, em conjunto com o casal principal, mas também de forma individual que são a Morgan, o Sasha e a Esther. São personagens que merecem ser faladas, porque acabaram por ter uma evolução bastante interessante para uma possível terceira temporada. Não fui fã ao início da narrativa da Morgan mas depois conseguiram compensar.
(Ah, e adorei os cameos desta temporada!)

É mesmo curioso como é que séries destas mais viradas para a comédia nos conseguem pôr a rir sim, mas também a refletir e a chorar. Talvez porque todos nós conseguimos identificar-nos com uma situação ou com um traço de personalidade das personagens e isso é o que nos ajuda a criar empatia pelas mesmas.
No início, disse que o que mais gosto desta série é por ser tão fácil de devorar mas, ao mesmo tempo, também tenho pena disso porque vi os 10 episódios de enfiada e não me apercebi sequer que tinha chegado ao último e fiquei a querer mais. Mas também acho que o facto dos episódios serem curtos e não perderem muito tempo com trivialidades é o que nos deixa agarrados e ainda bem.
Acredito que esta pode mesmo tornar-se uma série de conforto para muitos. Para mim, tornou-se sem dúvida, por isso recomendo muito que vejam na Netflix!

