Fallout, a adaptação do videojogo homónimo, regressa agora com a sua segunda temporada à Prime Video e os primeiros 6 episódios vão deixar-te a pedir por mais!
Esta crítica é SEM spoilers!
Embora a série tenha 8 episódios, já pude assistir então aos primeiros seis e uma coisa vos garanto: a qualidade mantém-se incrivelmente boa. O que é difícil para as adaptações de hoje em dia aguentarem com uma segunda temporada igualmente boa em comparação com a primeira.
Em abril de 2024 escrevia que “A série é maravilhosa no que toca à parte técnica!” e mantenho o que disse, exatamente pelas mesmas razões. Todos os cenários construídos para contar-nos esta história, todas as paisagens que representam Wasteland, toda a caracterização dos ghouls (e não só), a cinematografia e efeitos visuais estão impecáveis.
Mas tenho de vos preparar para uma casa: não vejam estes episódios enquanto comam! Embora não ache que tenha mais violência do que a primeira temporada, há momentos que te vão deixar enjoado/a se fores mais sensível, especialmente porque parecem reais!
Em 2024, acompanhámos de perto a aventura de três personagens: a Lucy, o Ghoul/Cooper Howard e o Maximus, cujas histórias acabaram por se cruzar e, algumas, até mesmo continuar.

Em relação à Lucy (Ella Purnell), continua a ser das personagens que mais gosto porque mesmo com tudo o que já viu na superfície, comparado com a vida que tinha nos vaults, ela não muda os seus valores e tenta sempre fazer as coisas da melhor forma e com justiça, mesmo quando se calhar passa alguns dos seus limites pessoais e tudo apenas para encontrar o seu pai, que ela sabe que não é a melhor pessoa do mundo ou pelo menos a pessoa que ela cresceu com.
Também não ajuda apenas poder contar com o Ghoul (Walton Goggins) que vê as coisas de uma forma totalmente distinta, não fosse ele já andar nisto há 200 anos, mas que, incrivelmente, se tornou a minha personagem preferida mesmo com todas as suas dualidades. Isto porque a segunda temporada dá-nos bastante mais contexto do seu passado como Cooper Howard, com todas as decisões que teve de tomar, contra quem teve de ir e que, de certa forma, acaba por justificar as suas atitudes no presente, seja com Lucy, seja com qualquer pessoa. Mas no fundo, ele parece-me estar a ganhar traços da Lucy, porque também tenta, algumas vezes, fazer a coisa certa, sem nunca desfocar do seu objetivo.

Quanto ao Maximus (Aaron Moten), infelizmente é a personagem que menos me interessa. Mesmo com o maior foco que se começou a dar à Brotherhood, acho sempre que essa história acaba por se perder no meio de tanta coisa que está a acontecer com outras personagens. Acredito que ele vai desempenhar um papel fundamental na reta final da história de Fallout, seja ela qual for, mas ainda agora estamos a começar a ver verdadeiramente isso.
Também é muito bom ver que, mesmo com tudo o que se passa à superfície, não nos esquecemos do que está a acontecer no Vault 31, com o Norm, e nos Vaults 32 e 33.
Duas coisas que adoro realmente nesta série: em primeiro lugar, o facto do logótipo do Fallout se ajustar aos acontecimentos em cada episódio. Acho mesmo maravilhoso quando as séries têm a atenção ao detalhe, especialmente quando não há propriamente um genérico. Em segundo lugar, a maneira como todos os episódios acabam com uma música que te deixam a bater o pé, a trautear, a aplaudir ou até mesmo a refletir. A música aqui, ao longo dos episódios, também acaba por ter um momento fundamental, porque acompanha algumas cenas importantes e alguns momentos com mais ação e vão jogando com cortes abruptos quando necessário e até mesmo com as próprias letras das músicas.
Estou bastante curiosa para ver como é que esta temporada vai terminar. Não sei se vai terminar de forma a que tenhamos uma possível terceira temporada mas espero que sim, porque a história ainda tem muito pano para mangas!
Já está disponível o primeiro episódio na Prime Video. Os seguintes episódios da série serão lançados semanalmente até ao final da temporada, a 4 de fevereiro de 2026.
