Fallout era uma das séries mais aguardadas do ano, especialmente pelos fãs dos videojogos homónimos, e chegou finalmente à Prime Video com 8 episódios. Será que conseguiu superar as expetativas e, quiçá, tornar-se uma das melhores adaptações de videojogo?💥
A premissa parece simples: 200 anos depois do apocalipse, os habitantes dos cofres antinucleares da Vault Tech desconhecem o mundo infernal cheio de radiação que os seus antepassados deixaram à superfície. Lucy, é uma dessas habitantes, e calha ser super otimista na mudança que o povo dela significa para a América.
Até que a sua natureza pacífica e idealista é posta à prova quando é forçada a vir à superfície para salvar o seu pai. Será que está preparada para enfrentar o que a espera?
Já temos visto coisas muito boas da Amazon Prime e esta série não fica nada atrás. Eu nunca joguei os videojogos, porque a verdade é que nunca me despertaram muita atenção, mas esta série parece-me que consegue agradar os fãs dos mesmos, assim como conquistar todos aqueles que não jogaram.
Lucy (Ella Purnell) é sem dúvida a personagem que tem o maior desenvolvimento em termos de arco narrativa. De um rapariga que vivia numa ilusão em segurança no cofre até uma menina que vê os seus valores a terem de ser postos de lado para sobreviver. Ainda assim, no final de cada ação/decisão que toma à superfície, consegue sempre tentar fazer a escolha certa, mesmo que a estejam sempre a enganar.
Quanto ao Ghoul (Walton Goggins), ele assume-se como uma personagem cruel e sem escrúpulos para chegar a um fim e embora não saibamos qual é o propósito dele, conseguimos criar compaixão por ele ao espreitar, em flashbacks, o seu passado como humano, um ator chamado Cooper Howard, com a sua mulher que trabalhava para a Vault Tech e com a sua filha.
Depois temos o Maximus (Aaron Moten) que, na minha opinião, a par e passo com a Irmandade, é das personagens/”fação” que menos me agarrou. Conseguimos entender o que o Maximus sente mas se calhar por não termos muito desenvolvimento da própria Irmandade, acabamos por não sentir tanto a ameaça que ela pode representar, seja para quem lhes desobedece, seja para quem se mete no caminho deles.
A série é maravilhosa no que toca à parte técnica! Todos os cenários do cofre e até mesmo no Deserto estão incríveis, os efeitos visuais também, toda a caraterização dos ghouls e não só, a cinematografia… uma produção fantástica que merece ser vista num ecrã com qualidade! Eu não estava à espera que a série fosse tão “violenta” mas os efeitos colocados em cada morte/ferida estavam impressionantes, fazendo mesmo parecer que era real.
No final dos oito episódios, é interessante ver como é que o passado das personagens se ligam e como é que elas se podem continuar a cruzar no futuro, mas a verdade é que fica tudo por descobrir. Para quem não jogou os videojogos, os primeiros episódios vão ser maioritariamente para desenvolvimento e agarra verdadeiramente a partir do terceiro episódio, mas é sem dúvida uma série que merece ser vista!
Atualização: A série foi renovada para a segunda temporada!