Wonka é o filme de origem de uma das personagens mais queridas do cinema, o famoso chocolateiro Willy Wonka. Com Timothée Chalamet como protagonista, o filme estreia hoje, dia 7 de dezembro, nos cinemas.
Confesso que nunca tive grande nostalgia pelos filmes do Willy Wonka ou do Charlie e a Fábrica de Chocolate, mas sempre achei interessante todo o conceito à volta do chocolate, não fosse eu uma eterna fã do mesmo!
Como tal, não ia com as expetativas lá em altas, e se ia era só mesmo pura curiosidade de ver como é que o Chalamet se iria sair como Wonka, uma vez que acho que até faz bastante fit com a personagem.
Fiquei muito surpreendida com o que vi. Não sei se todos irão gostar deste filme mas acho que pelo menos o vão apreciar. Digo isto, porque como tem o factor musical, se calhar muitos de vocês irão ficar fartos de todas as músicas e coreografias a fazer lembrar a Broadway mas acho genuinamente que é isso que traz magia ao filme e que nos deixa um sorriso ao longo do mesmo.
Toda a utilização de cores durante o filme também o torna visualmente apelativo, porque sempre que temos algo relacionado com Willy Wonka, é colorido: seja o teu figurino, os chocolates, os cenários com os chocolates na loja, e para mim quase que as cores representam aqui o sonho do mesmo a tornar-se realidade. Tanto que noutras personagens e cenários onde já não há sonhos nem esperança, vemos cores mais neutras e até mesmo escuras, o que cria aqui um contraste interessante.
© 2023 Warner Bros. Ent. All Rights Reserved.
Também gostei de todas as músicas ao longo do filme e vão ficar surpreendidos por perceber quantas delas vos vão ficar na cabeça. Ajudam-nos principalmente a definir o ambiente do filme mas também a perceber o que é que as personagens estão a sentir, seja positivo como negativo.
Timothée Chalamet brilha como Willy Wonka. É certo que em alguns momentos em que está a cantar e a dançar, acaba por ter sempre a mesma expressão mas todos os outros momentos consegue captar bem os trejeitos de outros Wonkas que já conhecemos, assim como a própria extravagância da personagem.
O elenco também está maravilhoso. Adorei a caraterização assustadora da Olivia Colman como Mrs Scrubbit e a relação que Wonka vai criando com os seus amigos Noodle (Calah Lane), Lottie (Rakhee Thakrar), Piper (Natasha Rothwell), Abacus (Jim Carter) e Basil (Simon Farnaby). E claro, o cartel do Chocolate composto por Slugworth (Paterson Joseph), Prodnose (Matt Lucas) e Fickelgruber (Mathew Baynton) também está maravilhoso – os atos musicais com eles são uma delícia de se ver!
Mas temos de falar de Hugh Grant como Oompa Loompa que não é que estivesse mal a caraterização, mas acabou por ficar super estranho. Ainda assim, é um bom elemento para comic relief ao longo do filme, juntando-se à lista de outros momentos em que o humor está on point.
Para além disto tudo, a realização de Paul King está maravilhosa, assim como toda a cenografia e cinematografia, mas gostei especialmente do simbolismo que é dado ao chocolate neste filme e a mensagem de que os nossos sonhos tornam-se um bocadinho mais fáceis de realizar se tivermos as pessoas certas ao nosso redor!
Não é por ser sobre chocolate que este é o filme perfeito para este Natal. É mesmo por tudo o que disse até agora e que fazem com que o filme valha a pena ver!
