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Wonder Woman 84: Uma lufada de ar fresco antes do ano terminar

by The Golden Take

A super heroína mais adorada da DC está de regresso aos grandes ecrãs após dois adiamentos ao longo do ano. Será que Wonder Woman 84 traz esperança para os tempos que correm perto da época natalícia?

(pode conter alguns spoilers)

Quando o primeiro filme de Wonder Woman estreou em 2017, já tinha sido um sucesso tremendo, sendo considerado um filme que trazia esperanças ao universo da DC em modo longa-metragem. Gal Gadot encantou-nos logo em “Batman vs Superman” e provou que foi muito bem escolhida para o papel no seu primeiro filme. Tivemos também Patty Jenkins a surpreender-nos na realização mas só houve uma coisa na qual o filme pecou: a construção do vilão.

Parece que Patty ouviu o público e resolveu a questão em Wonder Woman 84. Viajamos desta vez até aos anos 80, significando que Diana teve muitas vivências ao longo dos anos mas Steve Trevor esteve sempre no seu coração.

Neste filme, conhecemos Barbara Minerva, uma mulher que trabalha no mesmo museu de Diana Prince, que passa super despercebida aos olhos dos colegas mas que acaba por se tornar amiga da mulher maravilha que arrasa em cima de saltos altos. Quando uma pedra chega ao museu depois de um assalto, as coisas complicam-se e é aí que somos apresentados a Max Lord, o dono de uma empresa, conhecido especialmente por anúncios de televisão.

© 2018 Warner Bros. Entertainment Inc.

Sem abordar muito mais a história, gosto sempre de começar por falar dos atores. Gal Gadot continua a provar que é a Mulher Maravilha que queríamos e nem sabíamos, apresentando sempre muita classe enquanto Diana Prince e muita garra enquanto Wonder Woman.

O único problema (que não considero bem problema) é que a Patty tanto nos ouviu que a heroína da história acabou por ficar ofuscada nos acontecimentos pela Barbara de Kristen Wiig que vai surpreendendo com a sua evolução até se tornar Cheetah e claro, o grande vilão deste filme, Max de Pedro Pascal, que tem brilhado ao longo do ano em The Mandalorian e aqui não foi excepção, entregando-nos uma performance intensa e emocionante.

© 2018 Warner Bros. Entertainment Inc.

Quanto a Chris Pine, gostei que ele tivesse regressado, veio dar aqui o lado mais comic relief ao filme, é importante para a Wonder Woman mas tirando isso, não consigo dizer que tenha sido uma prestação maravilhosa por parte dele, apenas que cumpriu.

Patty Jenkins por sua vez continua a demonstrar que sabe agarrar esta super heroína e trabalhá-la bem dentro deste universo, contando com uma grande ajuda por parte da cinematografia e figurinos que nos transportaram para os anos 80 em beleza e que fizeram novamente um óptimo trabalho no que toca a caraterizar a Wonder Woman para depois Patty fazer magia com os ângulos e cenas que vão desde o mais emocional à cena com mais ação (faço já menção à cena inicial do filme que adorei!).

Quanto aos efeitos visuais, achei que os do primeiro filme no que toca aos poderes da Wonder Woman estavam melhores do que os deste filme. Ainda assim não consigo ficar chateada com isto porque penso sempre que pronto, queriam mostrar mais dela e às vezes não é possível que pareça tão real quanto queremos.

© 2018 Warner Bros. Entertainment Inc.

A nível de argumento, gostei muito de toda a envolvência com a pedra e com o mote de “cuidado com o que desejas, há sempre algo em troca” e souberam trabalhar muito bem este tema com as personagens. Podia haver tendência para descarrilar para outros caminhos, mas mantiveram o seu foco no objetivo, mais envolto no vilão, e levaram a bom porto com direito a uma mensagem especial no fim.

Com o facto da temática contar muito com a interpretação de Max Lord, isto acabou por fazer com que o foco passasse a não estar tanto na Diana Prince como já referi, mas mais nele, porque queríamos ver no que ia dar as suas artimanhas e como é que isso ia afetar, e afetou, as personagens ao seu redor.

Contudo, acho que o trailer mostrou demasiado da acção, sendo que eu esperava que houvesse muito mais do que existiu, ao mesmo tempo que nos trocou as voltas no que seria mesmo a história.

© 2018 Warner Bros. Entertainment Inc.

O filme é uma lufada de ar fresco, nem que seja por estrear no final do ano quando já achávamos que não íamos ter mais blockbusters após Tenet. Uma pessoa ri-se, uma pessoa chora, uma pessoa fica contente por ter ido ao cinema. Não acho que tenha sido extraordinário, até porque ainda me falta uma coisa essencial que é conhecer mais dos poderes da Wonder Woman ou, pelo menos, vê-los melhor espelhados e explicados no filme mas vê-se bem e aconselho a que vejam no cinema, sempre com segurança claro!

PS: Dei esta nota porque sei que ainda não é o filme que tanto quero ver desta heroína mas que para lá caminha!

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