Vermin: A Praga é um filme francês que estreou no dia 14 de março de 2024, e é a primeira longa-metragem do realizador Sébastien Vanicek. E é uma estreia onde há de tudo. Sustos, gritos, aranhas aterradoras, e ainda uma imensa sensação de claustrofobia que nos acompanha ao longo do filme inteiro.
Num enorme e degradado prédio de habitação social de uma cidade dos arredores de Paris, repleto de atividade duvidosa, a nossa personagem principal Kaleb (Théo Christine), ganha a vida a vender ténis contrafaccionados, e é um apaixonado por animais exóticos – tendo, inclusive, um quarto cheio deles. Em visita a um vendedor clandestino, Kaleb compra uma aranha que veio do Médio Oriente, ignorando a velocidade a que se reproduz, e o poder do seu veneno. Portanto, tem tudo para correr bem quando Kaleb coloca a aranha numa velha caixa de ténis no seu quarto, certo?
O que se segue é um lockdown total do edifício, cinco amigos presos, e uma série de moradores a servir de incubadoras de aranhas, já para não falar dos gritos e das péssimas decisões do grupo. No fundo, todos os ingredientes que precisamos para aterrorizar o comum espectador – e se tiver medo de aranhas, ainda melhor.
Vermin tira, sem dúvida, algumas páginas a fitas já conhecidas como Aracnofobia e REC, aproveitando o fator nojento da infestação de aranhas e a sensação claustrofóbica de não ter por onde fugir das ditas. Os grandes planos destes aracnídeos monstruosos vão certamente fazer a pele arrepiar, e as formas criativas de ataque acrescentam uma camada de diversão horrível à experiência.
Onde Vermin brilha verdadeiramente, no entanto, é na sua capacidade de equilibrar os sustos com um surpreendente desenvolvimento das personagens. Preocupamo-nos com os residentes presos no edifício, e ficamos genuinamente investidos na sua luta pela sobrevivência.
Vermin acaba por ser uma receita perfeita para passar um bom bocado, e ter alguns sustos. É um filme exclusivo que podes ver na FilmTwist – certifica-te apenas de que não comeste nada recentemente e prepara-te para espantar aranhas imaginárias muito depois dos créditos finais.