Home Especial Mês do Amor Top 15 – Músicas Românticas que ficaram Populares em Filmes

Top 15 – Músicas Românticas que ficaram Populares em Filmes

by The Golden Take

Todos os casais têm uma música que em algum momento marcou a sua relação. Seja a música que estava a tocar aquando do primeiro beijo ou a balada dramática que levou à separação depois de uma discussão no carro… Para celebrar o mês dos namorados e dos solteiros a equipa elegeu um lista com as baladas mais românticas que ilustraram cenas icónicas dos grandes filmes de Hollywood.

15- It Must Have Been Love – Roxette (Pretty Woman)

It Must Have Been Love“, dos Roxette, é uma música com uma história insólita. Começou como música de~Natal (com o título  “It Must Have Been love… Christmas for the Broken Hearted“) porque a editora da banda achava que era uma boa maneira de entrar no top alemão. Contudo, numa simples audição, o realizador do filme fez com que se tornasse num marco da música mundial.

Com um baixo orçamento para a banda sonora e com grande parte gasto no tema que dá título ao filme, a produção teve de ir à procura de bandas e músicas menos evidentes. Na escolha de tais músicas, o realizador Garry Marshall ficou rendido à power ballad de Natal e pediu ao duo se poderia refazer de maneira a enquadrar com o filme, algo que a banda aceitou prontamente, visto que a escolha coincidiu quando esta estava em estúdio.

Após retirarem todos os efeitos natalícios e com algumas alterações na letra, It Must Have Been Love teve direito a “entrar” com grande destaque numa cena do filme! Este foi um tremendo sucesso e catapultou a música para número 1 em todo o mundo, contudo nunca saiu em nenhum álbum da banda até esta lançar um best of.

 

14- Love Is All Around – Wet Wet Wet (Four Weddings and a Funeral)

Love is All Around” é um daqueles casos rarosem que coisas feitas à pressa às vezes dão resultado. Escrita em 10 minutos, produzida em 30, os The Troggs tentavam combater o ritmo alucinante com que os Beatles faziam singles. Estes queriam não ser apenas uns one hit wonder depois do estrondoso sucesso de Wild Thing.

A música teve sucesso relativo, mas o grande boom de popularidade desta aconteceu 27 anos depois, naquilo que é também um caso raro na música… uma cover melhor do que o original. Os Wet Wet Wet foram convidados para fazer uma música para o filme Four Weddings and a Funeral e foi-lhes pedido que fizessem uma cover do catálogo da editora responsável pela banda sonora. Originalmente a banda queria I Will Survive, mas o vocalista da banda Marti Pellow propôs Love is All Around, porque era mais desconhecida e poderia ganhar mais protagonismo do que uma cover de uma música que todos conhecem. 

Não poderia estar mais certo. Muitos ainda pensam que é um original da banda. A música esteve 15 semanas no primeiro lugar do top UK. Até hoje, só há uma música de banda sonora com mais semanas no top: Bryan Adams com (Everything I Do) I Do It For You com apenas mais uma semana no top.

 

13- My Heart Will Go On – Céline Dion (Titanic)

Quem nunca fez a famosa brincadeira de abrir os braços e cantar a música do Titanic?

Neste top destacamos essa canção como uma das mais românticas e que protagonizou um dos momentos mais icónicos na história do cinema. Esteve mais de 16 semanas no topo da Billbord 200 e a música foi uma verdadeira estratégia de marketing para impulsionar, ainda mais, o famoso filme do diretor James Cameron.

Foi vencedora do Oscar para a melhor música original e arrecadou, ainda, quatro grammys: “Record of The Year”, “Best Female Pop Vocal Performance”, “Song of The Year” e “Best Song from a Motion Picture”.

A verdade é que nem todos apreciam a canção. A protagonista do filme, Kate Winslet, não a tolera. Com a explosão de notoriedade que o filme e a música ganharam a atriz confessa que tinha pânico de que, sempre que entrasse em algum lugar, começassem a tocar a música.

12- Secret Garden – Bruce Springsteen (Jerry Maguire)

Secret Garden é considerada por muitos uma das melhores baladas de The Boss. A música acompanhou o romance entre Tom Cruise e Renée Zellweger no filme Jerry Maguire de 1997.

“Secret Garden” conta-nos a história de uma mulher que é bastante reservada nas suas relações. Se o galanteador demonstrar o seu valor, ela irá abrir a porta do seu coração. No entanto, guardará sempre um espaço só para ela, o seu Jardim Secreto (“Secret Garden”).

Incrivelmente esta grandiosa música foi posta de lado pelo próprio Bruce no seu álbum de 1992, “Human Touch“, sendo lançada apenas em 1995 no greatest hits de Bruce porque a editora queria uma música nova que justificasse o investimento dos fãs… Mas esta só se tornou conhecida por ser utilizada no filme em 1997. É caso para dizer que à 3ª foi de vez!

11- She’s Like The Wind – Patrick Swayze (Dirty Dancing)

Quando She’s Like the Wind aparece em Dirty Dancing, é das coisas mais estranhas do cinema porque vemos o intérprete desta numa cena ao mesmo tempo que o ouvimos como tema de fundo… 

A música foi originalmente gravada para o filme Grandview de 1984 que, tal como Dirty Dancing, contava com Patrick Swayze no papel principal, mas o realizador deste vetou-a, argumentando que pouco ou nada tinha a ver com o mesmo. 

Swayze, mesmo após a rejeição, decidiu mudar a letra e melhorar o arranjo final… Mas ficou posta de parte até 1987.

Após inúmeros problemas de realização e contratempos (alguns deles surreais), Dirty Dancing estava quase pronto, faltando apenas a banda sonora. Não dá para imaginar mas a cena final do filme foi gravada sem música… Esta urgência fez com que Swayze arriscasse em mostrar a sua música ao realizador, que, com tão pouco tempo confiou no ator e aprovou-a sem ouvir. O produtor ficou tão espantado com a música que até a destacou uma cena do filme.

A música foi o 3º single da banda sonora de Dirty Dancing, que foi uma das responsáveis por esta ter ficado entre as mais vendidas de sempre! 

10- City of Stars – Justin Hurwitz (La La Land)

Composta e orquestrada por Justin Hurwitz,City of Stars” mostrou desde cedo ser algo de especial. Numa fase muito prematura de La La Land, Justin mostrou várias músicas (apenas acompanhado por um piano) que iriam compor o filme a uma audiência restrita e quando tocou a música, provocou uma onda bastante positiva a quem a ouviu!

A música rapidamente tornou-se o tema central, chegando ao ponto de aparecer 3 vezes no filme: a primeira vez é cantada por Ryan Gosling, a segunda em dueto com Emma Stone e por fim a terceira com a atriz a cantar sozinha…

A produção ficou fascinada por ambos quererem gravar a música no set em vez de previamente num estúdio. O único problema é que Gosling não sabe assobiar. Como tal, o assobio que ouvimos é de Hurwitz em pós produção.

Num ano com músicas tão marcantes, City of the Stars conseguiu ganhar o Oscar a Justin Timberlake com Can’t Stop The Feeling! e Lin-Manuel Miranda com How Far I’ll Go (música principal do filme Vaiana) o que por si só é um feito marcante.

9- She – Elvis Costello (Notting Hill)

Notting Hill coloca no centro da narrativa a história de Anna Scott (Julia Roberts) e William Thacker (Hugh Grant) e uma luta constante para tentar equilibrar dois estilos de vida antagónicos.

She, talvez a música mais famosa do artista, iria ser a canção que deixaria uma marca impagável no filme e na memória de milhões de amantes desta comédia romântica. A música não é um original de Elvis Costello, sendo um cover de uma música de Charles Aznavour de 1974.

Elvis Costello conta, na sua autobiografia, que em 1989 a atriz Julia Roberts pediu para poder figurar num dos seus videoclipes, mas que acabou por não haver seguimento ao seu pedido. Por obra do destino, os seus caminhos cruzaram-se 10 anos mais tarde!

8- As Time Goes By – Dooley Wilson (Casablanca)

Casablanca é, sem margem para dúvidas, um dos melhores filmes de todos os tempos.

Dooley Wilson (Sam), o pianista residente do Rick’s Café, apresenta uma versão inesquecível da música que reaproximou Rick Blaine (Humphrey Bogart) e Ilsa Lund (Ingrid Bergman) após vários anos desencontrados. As Times Goes By era a música predileta do casal quando tiveram o seu momento romântico, em Paris, antes da guerra.

Ainda que muitos fãs pensem que a música foi especialmente criada para o filme “Casablanca”, a verdade é que a música foi composta para um musical da Broadway, chamado “Everybody’s Welcome”, de 1931.

A mensagem da música não poderia ser mais especial. Relembra-nos que são as pequenas coisas que tornam a vida rara e distinta. São os pequenos gestos que fortalecem e consolidam as relações.

7 – Kiss From a Rose – Seal (Batman Forever)

Kiss from a Rose foi escrita quase uma década antes do seu lançamento, quando o jovem Seal dava os primeiros passos na sua carreira musical. Totalmente diferente de tudo o que fazia, o cantor sentia vergonha de apresentar a balada a alguém e assim esta ficou “na gaveta” até 1994.

Com um contrato que o obriga a lançar um álbum novo nesse ano, Seal encontra-se num autêntico bloqueio criativo… é então que ganha coragem e apresenta Kiss From a Rose ao produtor Trevor Horn.

Apesar de ser uma versão rudimentar, Trevor adorou o que ouviu e empenhou-se em tornar a música numa balada de excelência. Esta para além de desbloquear todo o processo criativo, transformou Seal, que passou de um cantor de dance music para um cantor de Soul (mudando inclusivamente a imagem deste)

A música não teve êxito comercial merecido… Mas a Warner (que era a discográfica de Seal nos EUA) procurava uma música romântica para uma cena de Batman Forever entre Val Kilmer e Nicole Kidman.

Trevor faz uma autêntica acção publicitária para ser esta a música escolhida…e conseguiu, pelo menos com os executivos, pois o realizador Joel Schumacher não a quis no filme…mas em contrapartida esta foi adicionada à banda-sonora e deixou Seal gravar novo video-clip ao pé do Bat-signal!

Seal e a sua balada ganharam 3 Grammys e seria o natural candidato a Óscar… mas devido ao facto da musica já ter saído num álbum do artista anteriormente ao filme, ficou invalidada.

Filmes que nos dão Música #3: Kiss From a Rose – Seal

6 – Shallow – Lady Gaga (A Star Is Born)

Um dos filmes mais surpreendentes do ano de 2019 ofereceu-nos uma das baladas mais marcantes dos últimos tempos: Shallow.

Lady Gaga juntou-se com o famoso produtor britânico Mark Ronson e apenas em 4 horas escreveram e produziram a música que viria a ganhar o Óscar de “Best Achievement in Music Written for Motion Pictures (Original Song)”.

A música acaba por ser um momento marcante do filme, acompanhando a evolução da relação dos dois protagonistas e materializando as suas preocupações e expectativas.

5 – Unchained Melody – The Righteous Brothers (Ghost)

Quando pensamos em Patrick Swayze, Demi Moore e barro pensamos também na banda sonora que acompanhou essa memorável cena no filme Ghost de 1990.

A música não foi uma produção original composta especialmente para o filme pois já havia sido lançada há muitos anos, em 1955, num filme chamado Unchained.

Com a presença no filme Ghost a música voltou a ganhar destaque nos charts. Curiosamente foi a segunda vez que Bill Medley, vocalista dos The Righteous Brothers, viu uma das suas músicas a ganhar notoriedade num filme protagonizado por Patrick Swayze – a outra música seria I’ve Had The Time of My Life do filme Dirty Dancing.

4 – Iris – Goo Goo Dolls (City of Angels)

Mais do que um ator, Nicholas Cage é um meme. Em City of Angels é caracterizado por um santo que desce à terra para ajudar os humanos na transição entre a vida e a morte.

A presença da música “Iris” no filme City of Angels catapultou a banda para a fama e alargou a sua base de fãs. É uma das músicas mais famosas mundialmente onde um dos instrumentos principais é um bandolim.

Curiosamente, Iris passou a ser uma música regularmente usada nas festas de casamento. Ficou especialmente conhecida por ser a música escolhida para a primeira dança no casamento de Avril Lavigne e Deryck Whibley (vocalista dos Sum 41) o que pode explicar a curta duração do mesmo, tendo terminado 4 anos depois.

3 – Whitney Houston – I Will Always Love You (The Bodyguard)

Original de Dolly Parton de 1974, esta música esteve quase a ser vendida a Elvis Presley. Só não o foi porque o rei só dava 50 por cento dos direitos da música e de tudo relacionado com ela e ambas estariam ao mesmo tempo nos tops.

Já em 1991, quando Whitney Houston aceita ser actriz principal do filme The Bodyguard, o seu contrato engloba também 4 temas para a banda sonora deste. Lawrence Kasdan ( Guionista e produtor do filme) escolheu “I’m Every Woman” , já Whitney queria o tema “What Becomes of The Brokenhearted” de Jimmy Ruffin originalmente lançado em 1966. Com os direitos destas músicas tratados para serem usados no filme, Clive Davis (mentor de Whitney) constata que a sua escolha tinha sido usada um ano antes no filme “Fried Green Tomatoes” e com medo que estragasse qualquer sucesso comercial da música, foi pedido à actriz para escolher outra… Sem ideias, esta pede a Kevin Costner se se lembra de alguma musica, ao que este responde prontamente “I Will Always Love You”.

Desta vez, a versão teve o aval de Dolly Parton, porque ao contrário de 1974 esta versão não chocaria com a original, mas durante as negociações, Dolly aconselha Whitney a ouvir a versão de Linda Ronstadt. Segundo a cantora country, esta versão de 1975 da música tem muito mais a ver com Whitney que a sua.

A outra guerra foi com Clive Davis, que queria que “I’m Every Woman” fosse o primeiro single, mas a persuasão de Costner e Houston fizeram que “I Will Always Love You” fosse o primeiro single e assim fez-se história!

  • O segundo single mais vendido de sempre durante 5 anos, ficou apenas atrás de “We Are The World”. Em 97 perde o segundo lugar para “Candle in The Wind” de Elton John.
  • O álbum da banda sonora foi o mais rápido de sempre a vender 1 milhão de unidades ( demorou 4 dias) e ainda hoje é a mais vendida de sempre.
  • Whitney Houston ganhou os Grammys de Álbum do ano e Melhor Vocalista pop feminina.

Ficando 14 semanas em primeiro lugar do top americano, a música bateu o anterior recorde que era 11 semanas. A música por não ser original, não pôde concorrer aos Óscares, onde venceria facilmente.

Ah, e Dolly recebeu 6 milhões de dólares em royalties…

2 – I Don’t Want to Miss a Thing – Aerosmith (Armageddon)

Um asteroide está em rota de colisão com a terra! Quem é que vamos chamar para resolver o problema? Uma equipa que trabalha numa petrolífera! Este é o mote para um filme de 1998 que foi o que mais receita gerou em Hollywood durante esse ano.

Mais marcante que o argumento só mesmo a banda sonora. Os Aerosmith, no auge da sua carreira, contribuíram de forma substantiva para a promoção de um blockbuster que, só por si, já contava com um elenco recheado de estrelas.

Inicialmente a música era para ser entregue aos U2 mas com a seleção de Liv Tyler (Filha de Steven Tyler – Vocalista dos Aerosmith) para o papel de protagonista feminina, a escolha passou para os Aerosmith. Coincidência?

A banda sonora do filme foi, inclusive, durante algum tempo a banda sonora mais ouvida nos Estados Unidos e em 2008 chegou mesmo a ser considerada a música de amor favorita dos americanos.

1 – Take My Breath Away – Berlin (Top Gun)

E o primeiro lugar do nosso top vai para Berlin com Take My Breath Away! Este tema arrebatou corações em 1986 e, pelos vistos, os da equipa do The Golden Take também, visto que faz parte do top de todos os membros desta família!A vitória para além de surpreendente é também inquestionável!

O que também surpreende é que esta música esteve quase para não acontecer… Após as primeiras visualizações do filme era notório que havia pouca envolvência do casal principal. Foi pedido que Tom Cruise e Kelly McGillis voltassem para gravarem uma cena que tivessem mais intimidade. Ao princípio a atriz estava reticente porque já estava a trabalhar noutro projecto e já tinha pintado o cabelo de outra cor… Contudo, acabou por aceitar quando realizador disse que iriam apenas usar silhuetas… e assim a cena pedia uma balada à altura!

Escrita pela dupla Giorgio Moroder e Tom Whitlock (Também responsáveis pelo tema “Danger Zone”, o outro hit de Top Gun), o primeiro viu nos Berlin a banda ideal para capitalizar o tema.

Os Berlin estavam juntos há 13 anos e um dos hábitso era John Crawford (teclista da banda) escrever e compor as músicas, por isso quando Giorgio abordou a banda, este mostrou-se logo reticente. Para o teclista, o fundamental era criar músicas que os músicos sentem e não algo criado para um momento, ainda para mais sem ser elaborado por os próprios.

Giorgio tenta então persuadir Terri Nunn, a vocalista que procurava a todo o custo ter relevância no panorama de Hollywood (a cantora fez audições para ser a princesa Leia em StarWars) e agradava a ideia de trabalhar com um produtor (Giorgio) que já tinha registos com Blondie e David Bowie. 

Ao contrário das músicas da época, o som de sintetizador desta tem uma linha bem diferente, quase como uma melodia por si só. Este som estranho fez com que a voz de Terri Nunn conseguisse destacar do resto da música, este factor é preponderante para tornar a música intemporal e não tão “agarrada” aos 80’s… incrivelmente é quase um improviso, pois a linha original foi apagada por engano e o responsável por este erro foi Giorgio e ainda bem, pois segundo este o improviso resultou…e de que maneira!

Os Berlin ficariam famosos mundialmente com este tema, tornando-os mesmo “imortais” no mundo da música. Conquistaram o Óscar e foram nº1 nos dois lados do Atlântico, algo bastante raro na altura!

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