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The Haunting of Bly Manor: Do pior para o melhor episódio

by João Borrega

Mike Flanagan conseguiu outra vez. Depois do tremendo sucesso que foi “The Haunting of Hill House”, e depois de vários sucessos no grande ecrã como o recente “Doctor Sleep”, Flanagan voltou ao formato televisivo para nos dar “The Haunting of Bly Manor”, um género de sucessor a Hill House. 

Apesar de permanecer o criador desta nova levada de episódios terroríficos, Flanagan apenas realiza um único episódio – o primeiro -, dando a atmosfera e impulso inicial para a história e as pegadas pelas quais os outros realizadores têm de seguir. 

Apesar das suas semelhanças aparentes, Bly Manor é totalmente diferente de Hill House. Enquanto que é mais focada em aterrorizar o espectador a cada oportunidade que tem, Bly Manor é um drama sombrio, um romance gótico, um slow-burn que compensa em termos de personagens e de atmosfera aquilo que lhe falta em termos de terror propriamente dito. 

Em Bly Manor, Flanagan está mais preocupado em mostrar que a realidade é, muitas vezes, mais traumatizante que fantasmas e maldições. Esta é uma história sobre perda, amor, saudade, remorso. Apesar de não ser tão consistente e coerente como Hill House, continua a ser uma excelente entrada na filmografia de Flanagan

Depois de ver a temporada completa, decidi reunir todos os episódios de Bly Manor e fazer uma contagem dos mesmos, do menos bom para o melhor de todos. Nenhum dos episódios é mau por si, mas claramente que existe uma discrepância entre cada episódio e gostaria de dar a minha opinião sobre o assunto. 

Portanto, comecemos. E, atenção, avizinham-se spoilers de Bly Manor. Caminhem com cuidado. 

(Podem ler a crítica à série aqui: The Haunting of Bly Manor: Romance Gótico em Bom)


9º lugar – The Romance of Certain Old Clothes (episódio nº8)

Realizado por Axelle Carolyn, o penúltimo episódio é aquele que mais se destaca em todos os aspectos dos seus companheiros. Com o intuito de contar as origens da maldição que reside na mansão, este episódio vai a séculos anteriores e, com uma fotografia a preto e branco, conta uma história de época sobre poder e amor triangular entre duas irmãs. 

Apesar de nos dar respostas sobre o que existe na mansão e, especialmente, sobre  a Senhora do Lago, a verdade é que o episódio em si cobre pouca história e mastiga o seu enredo até chegar a uma conclusão. Como um fantasma, o episódio 8 arrasta-se um pouco e deixa a desejar na sua execução. 

THE HAUNTING OF BLY MANOR (L to R) CATHERINE PARKER as PERDITA and KATE SIEGEL as VIOLA in episode 108 of THE HAUNTING OF BLY MANOR Cr. EIKE SCHROTER/NETFLIX © 2020

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