Depois de uma fase conturbada, os fãs estão sedentos de algo novo. The Fantastic Four: First Steps foi então o filme escolhido para dar início à Fase 6 da Marvel, mas será que conseguiram cumprir com as expectativas?
É certo que estamos sempre de pé atrás, e acho que foi por ter as minhas expectativas tão bem moderadas para este filme que acabei por gostar dele. Mas não vou negar que pode dividir opiniões, porque a Marvel optou por introduzir estas novas personagens no universo cinematográfico de uma forma mais emocional.

Quando digo isto, é porque me parece mesmo que há uma intenção clara de mostrar estas personagens como grupo, como o Quarteto Fantástico mas principalmente como família. São poucas (ou nenhumas, quiçá) as vezes em que são referidos os nomes de super-heróis individuais. Falamos principalmente da Sue Storm (Vanessa Kirby), do Reed Richards (Pedro Pascal), do Ben Grimm (Ebon Moss–Bachrach) e do Johnny Storm (Joseph Quinn).
Claro que temos superpoderes, mas o foco aqui está nas lutas diárias desta família depois de ganharem os poderes e agora com um novo membro a caminho. E em como tentam resolver tudo em conjunto, porque são, precisamente, um quarteto.
A única coisa de que senti mais falta foi realmente de um maior contexto para o Galactus (Ralph Ineson) e a Silver Surfer (Julia Garner), porque não temos um grande aprofundamento dessas personagens. Mas não acho que isso prejudique a qualidade do filme, até porque já estou habituada a que os vilões da Marvel não sejam tão impactantes como eu gostaria. Percebemos a ameaça, que é grande, mas, ainda assim, senti que podíamos ter visto mais sobre como os Fantastic Four vão ser integrados no universo. Eu tenho uma ideia, mas não sou eu que escrevo os argumentos dos próximos filmes.

Os efeitos visuais eram aquilo que mais temia, e acabei por achar que estão bem conseguidos, tanto nos poderes das personagens principais como na Silver Surfer e, especialmente, no Galactus. Por isso, para mim, já foi uma vitória. Conta também com uma banda sonora envolvente, que ajuda a mergulhar ainda mais na ação e a justificar o IMAX (embora eu dispensasse o 3D).
O elenco foi muito bem escolhido porque todos têm uma química incrível em ecrã, e espero ver muito mais deles em breve. Achei, genuinamente, que cada um teve a sua oportunidade de brilhar aqui, mas vão brilhar ainda mais no futuro.
A Fase 6 da Marvel pode ser muito promissora, se eles assim o quiserem. Não é o início mais espalhafatoso que muitos provavelmente esperavam, mas acho que é bastante sólido — até porque começamos uma nova fase com personagens novas. Por isso, é tudo o que podíamos esperar.
Estreia dia 24 de julho nos cinemas.
