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Talk To Me – Crítica Filme

by Pedro Almeida

“Talk To Me”, dos realizadores Danny e Michael Philippou, é o mais recente filme de terror que tem dado o que falar nos festivais de cinema por todo o mundo. Sendo falado como um dos melhores filmes de terror do ano, esta longa metragem afirma-se como um terror diferente do que se tem visto atualmente, um filme que tem recebido muitos elogios por parte da crítica e dos fãs.

O filme segue um grupo de amigos que descobrem uma mão embalsamada que permite comunicar com os espíritos. Viciados no sobrenatural, um deles vai longe demais e abre a porta para o mundo espiritual macabro.

A partir deste momento, a maior parte das vezes que se fala destes realizadores, o público poderá só se lembrar da contribuição dos mesmos para o género de terror com este filme. No entanto, se recuarmos uns anos, é possível lembrarmo-nos deles como os responsáveis pelo canal “RackaRacka”, onde eram produzidos vídeos com algum conteúdo violento sobre diversos temas mas principalmente, sobre o Ronald McDonald.

É exatamente por estes caminhos que podemos encontrar uma certa beleza na realização simples mas apelativa dos estreantes irmãos Philippou. As suas influências nos seus antigos vídeos são notórias e deixam-me ainda mais entusiasmado com o futuro destes dois no cinema, pois para além da recriação de momentos perturbadores e agonizantes, eles conseguem proporcionar um guião fixo e linear.

Apesar de existirem vertentes onde algumas coisas podem aparecer só para favorecer o guião, se formos pelo lado lógico e realista, encontramos sempre um caminho e uma desculpa para justificar isso. Momentos em que personagens precisam de se encontrar com outras, mas na cena a seguir já aparecem conversas sem necessidade de explicar ao espetador todo o contexto pode parecer uma má ideia mas neste tipo de filmes é o mais acertado a fazer.

Assim como a categoria sugere, o terror precisa de ser representado por sustos ou até a representação do medo nos personagens que depois irão influenciar o espetador, mas apesar de essa ser uma visão genérica da categoria inserida, é de mencionar que temos enfrentado uma fase onde nem sempre isso acontece nos filmes de terror, e que neste filme é representado com boas ideias e com gentileza e sem rodeios.

Os personagens do filme foram uma surpresa agradável, empurrando apenas o desenvolvimento para aqueles que realmente importam e que constroem o caminho desde o início do filme até ao final. Personagens secundários aparecem apenas para ajudar a construir um momento explícito sem a necessidade de uma motivação super profunda e um passado imensamente trabalhado. Algo que ajuda o filme a ser mais “leve” no que toca à sua duração e ao tempo entre as cenas.

Resumindo, o filme “Talk To Me” é uma experiência inspiradora para os filmes de terror, sendo candidato a um dos melhores do ano. Uma boa estrada para os irmãos Danny & Michael Philippou brilharem em Hollywood e apresentarem ainda mais boas histórias e bons retratos como têm feito na última década no seu canal de Youtube.

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