Um cenário de zombies com um assalto à mistura? Claro que queremos! Army of the Dead é a nova aposta de Zack Snyder depois de ter estado nas bocas do mundo com o recém lançamento do seu director’s cut de Justice League.
Verdade seja dita, é impossível ficarmos fartos de filmes que nos tragam zombies e cenários que podem muito bem vir a ser um futuro próximo (mas esperemos que não, não é?). No fim de tudo, o que realmente interessa é se esses filmes têm um fator diferenciador para que não seja apenas mais um a ficar perdido na inúmera lista de filmes do mesmo género.
Ainda há pouco tempo na Netflix, e nomeado para um Óscar, tivemos Love and Monsters que primou pelo seu lado mais divertido e pelos efeitos visuais. Para “competir” com este filme, Zack Snyder apostou num hibrido que colocou as expetativas do público em altas e conseguiu estar à altura, na minha opinião.
Tudo começa quando a cidade de Las Vegas é o primeiro lugar a ficar infestado de zombies e, com um estilo de genérico bastante engraçado (ao som de “Viva Las Vegas!), vamos conhecendo algumas das personagens principais, como é que elas sobrevivem e o que vão perdendo pelo caminho. Inevitavelmente essa cidade passa a ser uma zona de quarentena, sendo encerrada. Até que um grupo de mercenários recebe uma proposta de trabalho que consiste num assalto que ninguém conseguiu concretizar até então. A liderar a equipa temos o icónico Dave Bautista, que precisa de arranjar pessoas que tenham determinadas caraterísticas ou que serão um bem essencial na missão.
O elenco é composto por atores mais conhecidos e outros que se calhar se vão revelar uma boa novidade. Temos então Raúl Castillo (que entrou recentemente em Wrath of Man), Ella Purnell, Theo Rossi, Matthias Schweighöfer, Nora Arnezeder, Hiroyuki Sanada, Garret Dillahunt, Tig Notaro, Omari Hardwick, entre outros. O bom de termos um grupo tão diversificado a nível de elenco e personagens é que acabamos por ter interações muito engraçadas entre as mesmas, devido ao contraste das mesmas. Dizer mais do que isto vai fazer com que revele spoilers e não é a minha intenção.
A nível de história, tenho de admitir que pensar que este filme tem 2 horas e meia assustou-me tanto quanto me entusiasmou. É certo que o Zack não consegue simplesmente reduzir o que tem para contar e talvez tivesse de o fazer no início do filme e em determinados detalhes a meio do mesmo. Contudo, o filme entretém muito, nunca me deixou aborrecida e fez com que quisesse saber o que acontecia a seguir com as personagens.
Quem não é fã do estilo do Zack Snyder, provavelmente não se vai sentir encantado com algumas escolhas que o realizador fez. Mas apesar disso, os efeitos estavam bem conseguidos na maioria das vezes e a caracterização dos zombies também acabou por correr melhor do que esperava e a cinematografia também acabou por funcionar bastante bem.
Army of Dead é então o filme perfeito para comerem com umas belas pipocas em casa no sofá (visto que a sua estreia em Portugal acontece só na Netflix) sozinhos ou em boa companhia. É também o filme que pode mudar o paradigma visto que nos Estados Unidos estreia em grande escala nos cinemas e no streaming, o que pode facilmente tornar-se no futuro da maioria das produções cinematográficas que virão a seguir.