Sonic The Hedgehog foi adiado porque os efeitos visuais foram refeitos. Em Fevereiro de 2020, finalmente chegou aos cinemas e, embora as expetativas não estivessem muito altas depois disto tudo, até proporcionou um serão divertido e descontraído!
Para mim, ao anunciarem que ia haver um filme sobre o Sonic, deu-me aquela vontade de voltar a pegar na minha Playstation 2 e jogar Sonic Heroes, que era o jogo que eu tinha desta personagem. Para muitos, deve ter dado vontade de tentar ligar as Megadrive e voltar a jogar também. Resumidamente, a personagem do Sonic diz muito às pessoas nascidas nos anos 80 e 90 e, quando o primeiro design do Sonic em live action surgiu, de certa forma assustou os fãs fazendo com que as suas críticas tenham sido ouvidas e a decisão de fazer o redesign foi tomada.
E ainda bem que a Paramount tomou esta decisão porque o filme que nos apresentam agora, faz com que pensemos a toda a hora o quão terrível teria sido se continuasse com o design antigo – muita coisa não resultaria.
Começamos por entrar no mundo do Sonic (e passamos lá pouco tempo) para perceber os motivos da fuga dele para a Terra. Já sabem aquela frase que diz que com grandes poderes… mais gente a querer roubá-lo! Embora seja um ponto fraco do filme realmente não termos um pouco mais do mundo do ouriço, avançamos para a sua solidão na Terra onde ele conhece todos mas ninguém o conhece.
Mas há um dia em que é descoberto devido à explosão que criou com os raios do seu corpo e claro, quem é que temos a investigar o caso? Doutor Robotnik.
Quero falar já do elenco. Ben Schwartz traz-nos um Sonic muito divertido que, embora não nos deixe a rir às gargalhadas, mostra a pinta que o ouriço já tinha dos jogos, combinando muito bem a voz com as expressões que ele vai tendo consoante a situação com que se depara – podemos adiantar que há uma bucketlist por trás disto tudo!
Quanto a Jim Carrey, percebo que possa haver um sentimento de exagero, porém gostei de ver o ar mais “maluco” do mesmo porque me fez lembrar efetivamente a personagem que ele interpreta. Claro, aqui não tem um bigode farfalhudo e não tem outras caraterísticas mas contrói uma boa base para o que pode vir aí numa possível sequela. Ele traz-nos momentos muito divertidos – concordo que às vezes, lá está, há uns que possam ser cortados – mas regra geral, entrega-se bem ao papel, quase lembrando os seus papéis anteriores como em The Mask.
James Marsden até tem uma boa química com Sonic mas não se destaca muito no filme, o que é bom, visto que o mesmo é sobre a personagem e não sobre o humano que o ajuda a ultrapassar tudo.
Os efeitos visuais até surpreenderam, depois de tudo o que aconteceu com o filme e agora sim, temos um Sonic parecido ao dos videojogos. Tirando a personagem em si, acho que neste aspeto não há grandes críticas a apontar. Claro, não são maravilhosos mas para o que era esperado, até compensou o tempo de espera.
O argumento é simples, não há grande construção de narrativa com sentimento como houve no Detetive Pikachu, nem houve também a criação de todo um mundo mais fantasiado, mas acho sinceramente que foi um bom ponto de partida para futuras histórias. Não contou muito, podia ter contado um bocadinho mais mas também não caiu na tentação de nos entregar tudo de mão beijada já.
Em suma, fiquei bastante entusiasmada para ver uma futura sequela visto que este filme acabou por me surpreender pela positivo. É o filme ideal para verem com os vossos amigos, em casa ou no cinema, com umas boas pipocas a acompanhar!