O ano de 2020 está a chegar ao fim e como tal, está na altura de olhar para trás e escolher as melhores séries deste ano. Escolher apenas 10 não foi fácil para a equipa do The Golden Take, mas vejam até ao fim e descubram quais foram as nossas menções honrosas!
10- The Last Dance
“The Last Dance tem uma montagem excelente que nos cativa e foi uma aposta ganha quando a ESPN decidiu antecipar o seu lançamento (estava previsto sair apenas em junho) devido ao Covid-19, aproveitando o facto de grande parte da população estar confinada. A série teve o condão de, por breves momentos, nos fazer esquecer que todos os desportos estavam parados, dando-nos emoção, angústia e ansiedade e acrescentando a personalidade dos intervenientes. Só temos pena de sentirmos que há coisas que Jordan não quer divulgar ou não aprovou sobre os outros.”
Podes ler mais em: The Last Dance: A era dourada dos Chicago Bulls, segundo Michael Jordan
9 – After Life (Temporada 2)
“Desengane-se o espetador que espere encontrar uma produção polida ao estilo de Hollywood e um elenco repleto de caras conhecidas do pequeno ecrã. Encontramos um guião simples, mas rico e transparente, sem subterfúgios ou tentativas de mudanças radicais do rumo da história, After Life é uma verdadeira personalização de uma série dramática.”
Podes ler mais em: After Life T2: Como encontrar esperança numa vida mundana
8 – I Am Not Okay With This
“A série também acaba por falar de tudo um pouco: poderes, bullying, homossexualidade, morte de um familiar, questões de aparência, entre outros, tudo coisas que de certa forma representam a vida de Sydney ou que podem trazer à tona os seus poderes incontroláveis e que trazem algumas consequências. O restante argumento vai-se construindo à medida que as coisas se vão passando e tem potencial para se tornar algo mais grandioso, porque para esta primeira temporada já trouxe uma pitada de sobrenatural, de mistério, de terror, drama e comédia.”
Podes ler mais em: I Am Not Okay With This T1: Uma boa surpresa
7 – Rick and Morty (Temporada 4)
Rick and Morty não é uma série que chame a atenção de todos mas sem dúvida que faz as delícias de quem gosta das aventuras deste avô e neto(s), trazendo-nos episódios com humor inteligente e super atuais (mesmo se formos a ver daqui a uns anos) e, para além disto, é super engraçado perceber como é que os títulos dos episódios têm sempre alguma referência a algum filme.
6 – The Crown (Temporada 4)
“Não consegui tirar os olhos de Emma Corrin e das semelhanças que a mesma tem com Diana e nota-se que houve uma preparação dela para interpretar uma pessoa que era tão querida do povo, o que se torna por si só uma enorme responsabilidade. (…) Embora tenhamos tido momentos com os restantes filhos da rainha, nomeadamente Andrew e Edward (porque Anne até vai aparecendo bem mais), o foco nesta temporada é mesmo o príncipe Charles, interpretado por Josh O’Connor e, tal como não conseguia tirar os olhos de Emma, também não conseguia desviar o olhar da interpretação de Josh nesta temporada e como estes dois atores resultaram muito bem em ecrã.”
Podes ler mais em: The Crown: Uma quarta temporada repleta de emoções
5 – The Haunting of Bly Manor
“Portanto, é justamente por ser menos horripilante e mais romântica que a sucessora de The Haunting of Hill House é tão promissora. Além da atmosfera geral aterradora, estamos perante uma série concisa, sem pontas soltas e prendendo o espectador do princípio ao fim. Assim, é seguro dizer que The Haunting of Bly Manor é o regresso do romance gótico à televisão… mas em bom.”
Podes ler mais em: The Haunting of Bly Manor: Romance Gótico em Bom
4 – What We Do In The Shadows (Temporada 2)
“Resumindo, What We Do In The Shadows merece ser vista e merece acima de tudo que seja divulgada por nós, espectadores. Quem a viu, sente que tem um tesouro bem guardado e que é só seu. Pode não ombrear na popularidade com outras séries de comédia nomeadas, mas a sua nomeação dá a entender que caminhos para outras séries de comédia longe do convencional possam ser desbravados e esta é só a ponta do iceberg.”
Podes ler mais em: What We Do In The Shadows: 10 razões para veres esta série
3 – Better Call Saul
“Para uma série que é literalmente derivativa, Better Call Saul tem sido surpreendemente original ao longo das suas cinco temporadas, algo que quebra a regra universal de que spin-offs têm de ser sempre piores que as séries de onde nasceram. Better Call Saul tornou-se em algo muito maior: não só é uma série que segue firmemente as passadas do seu antecessor, como também é um comentário a Breaking Bad, e um “companion show” fiel.”
Podes ler mais em: Better Call Saul: um oposto polar de Breaking Bad
2 – The Mandalorian (Temporada 2)
“The Mandalorian não é um acaso do destino. Não é um toca e foge. É uma série criada com confiança, por contadores de histórias que estão ao seu melhor nível. Agora, o amor só se intensifica, e já nem dá para voltar atrás. É uma bomba relógio que não queremos que expluda tão cedo.”
Podes ler mais em: The Mandalorian T2: Por um Punhado de Força
1 – The Queen’s Gambit
“O próprio argumento é fantástico porque, embora não percebamos muito de xadrez, vamos aprendendo aos poucos as jogadas existentes ao mesmo tempo que Beth e a ver os jogos que decorrem durante a série (a própria atriz aprendeu a jogar).
Embora sejam sete horas de uma minissérie em que vemos uma rapariga a desenvolver o seu talento num jogo de xadrez, acreditem que vale a pena darem uma oportunidade à mesma, nem que seja para verem o trabalho de Anya Taylor-Joy e como Scott Frank nos consegue deixar entusiasmados com o jogo de tabuleiro.”
Podes ler mais em: The Queen’s Gambit: Em cada jogada, Anya Taylor-Joy surpreende
Menções honrosas
Normal People
“O trabalho de realização também ajuda muito, tornando toda a série muito intimista, mas eles estão incríveis. Seja nos momentos mais sensuais entre os mesmos, como os eróticos (foi contratado um diretor de intimidade, creio que é assim que se chama, para estes momentos) assim como os maus momentos familiares ou amorosos, nas amizades… Daisy e Paul merecem todos os elogios e mais alguns por nos fazerem sentir tudo aquilo que as suas personagens estavam a passar.”
Podes ler mais em: Normal People: Um romance épico e uma produção fantástica
The Undoing
“Com apenas dois episódios de série, consigo reconhecer que sim há uns toques de Big Little Lies – com um homícidio e um grupo de mães que de alguma maneira estão envolvidas em alguma parte da história. Porém tive aquela sensação de que sabia qual o rumo que a história ia tomar, especialmente se já tivermos visto muitos filmes/séries de thrillers e crimes.”
Podes ler mais em: The Undoing: As primeiras impressões do novo thriller da HBO
The Great
“The Great é ‘absolutely great’! Criada por Tony McNamara (nomeado ao Óscar de Melhor Argumento Original por “The Favourite”), esta série retrata a subida ao poder de Catarina, a Grande, num registo maioritariamente satírico, extremamente perspicaz e inteligente.
Mesmo fugindo à verdade histórica (todos os episódios vêm acompanhados de “*ocasionalmente uma história verídica”) “The Great” é realista na sua criação de uma corte russa à beira da revolução, numa altura em que ventos de mudança chegam da Europa. E não só de humor a série é feita, pois episódios sobre a guerra e a varíola tomam contornos dramáticos igualmente fortes.
A destacar ainda as excelentes performances de Elle Fanning e Nicholas Hoult nos papéis de Catarina e Pedro, mas também da estrela em ascensão Phoebe Fox, no papel da serva Marial e do restante elenco secundário. Há por fim que salientar a componente estética sublime desde a direção de fotografia, ao guarda-roupa, direção artística e caracterização. ”
Dark
“Dark é o nome perfeito para esta série, ao ilustrar o tom e a estética de um thriller que brinca com o tempo. Uma palete de cores saturada, que absorve o brilho de todas as cenas, e que preenche todos os episódios com uma noção de medo e ansiedade.”
Podes ler mais em: Dark: O Homem pode fazer o que quer, mas não pode querer o que quer
F1: Drive to Survive
“Drive to Survive procura sempre um equilíbrio entre a emoção da velocidade e o intenso ambiente que se vive nos bastidores da Fórmula 1.
A série é meticulosamente montada, com cada episódio a focar-se num piloto ou equipa, o que permite ao espetador acompanhar as diferentes realidades que se vivem no desporto.
Drive To Survive é uma oportunidade única para conhecer algumas das figuras mais emblemáticas do desporto e uma excelente desculpa para ver os guerreiros do asfalto a desafiarem os limites dos carros.”