O terceiro episódio desta sétima temporada de Game of Thrones, “The Queen’s Justice“, começa a abrir as cortinas para o que virá nos próximos episódios. A rainha teve a vingança que queria mas as coisas começaram a chamuscar para os lados de Dragonstone.
O tão esperado encontro entre o fogo e o gelo
É neste episódio que vemos, finalmente, o encontro entre Jon Snow e Daenerys Targaryen! Na verdade, todos estávamos à espera que o encontro corresse de outra maneira mas também acredito que ninguém ficou desiludido. Logo que Jon chegou à baía de Dragonstone, é recebido por alguns elementos dothraki, por Tyrion e por Missandei que é confrontada por Sir Davos quando este lhe diz que não reconhece o sotaque dela, nem mesmo quando ela lhe diz de onde vem. Sabemos que em Game of Thrones nada é dito por acaso e isto provavelmente, poderá ser uma pista para o futuro.
Os convidados são os únicos a assustarem-se quando um dos dragões lhes passa mesmo por cima da cabeça mas para os restantes já é super normal isto acontecer. Claro, um dragão gigante quase nos arranca a cabeça mas vamos só ignorar isso…
Enquanto eles sobem as escadas para o castelo, Varys decide meter lenha na fogueira e confrontar Melisandre que se esconde num penhasco assim que Jon e Sir Davos chegam. Ela explica ao Aranha o porquê de o fazer e quando ele lhe diz que é melhor ela não voltar mais a Westeros, ela diz-lhe:
“I will return, dear Spider, one last time, I have to die in this strange country, just like you.”.
Estão a imaginar a reacção encavacada com que ele ficou, certo? Priceless.
Chegou a altura de Jon e Daenerys se conhecerem cara a cara: ela imponente no trono e toda bossy a mandá-lo ajoelhar-se e ele sem estar armado e estando muito receoso, manteve uma postura firme até ao fim.
O melhor desta parte é que teve a sua parte cómica também: quando Missandei começa a dizer os nomes todos de Daenerys, Jon olha muito confuso para Sir Davos que apenas diz que ele é o Jon Snow e é o Rei do Norte. You know nothing, Sir Davos.
Houve uma certa frase que despoletou a atenção do público: “I’m the last Targaryen”. Com tantas pessoas a quem podia ter dito isto, disse-o a Jon, a pessoa que mais provavelmente é sobrinho dela – rimos todos por dentro, admitam. Anseio pelo momento em que eles descubram que são da mesma família porque claramente… o feitio é o mesmo!
Apesar da Khaleesi não acreditar em Jon e na conversa dele sobre os White Walkers, Tyrion acredita porque Jon foi avisado inúmeras vezes para não ir ao encontro de Daenerys mas… ali estava ele. E claro que Tyrion teve uma mãozinha ao fazer com que Dany deixasse o bastardo extrair o que quisesse de vidro de dragão porque, a seu ver, tal como ninguém acreditava que os dragões dela existiam (porque teoricamente estavam extintos), tinha de se repensar aquilo em que se acreditava.
Mas ela não está totalmente convencida e as coisas começam a ficar negras para o lado dela em termos de aliados, principalmente depois de Euron ter capturado Ellaria Sand e a filha e Yara Greyjoy, derrubando a frota de ferro aliada de Khaleesi.
O presente para Cersei
Euron chega a Kings Landing e é aplaudido pelos habitantes enquanto traz as suas prisioneiras acorrentadas, que acabaram por sofrer o mesmo que Cersei na sua Walk of Atonement: cuspiram nelas, atiraram-lhes comida e chamaram-nas de assassinas e vadias. Que eloquentes.
Ao entregar o presente a Cersei, Greyjoy faz questão de picar mais uma vez Jaime ao dizer à rainha que ele lhe deu o que nenhum homem lhe podia dar – justiça. Vê-se logo que isso agrada imenso a Cersei que fica logo com outro entusiasmo na segunda visita do Rei das Ihas de Ferro, quase admitindo que se ia casar com ele em breve.
E o destino de Ellaria foi mais óbvio do que se pensava e mais doloroso do que Cersei sofreu quando a cobra lhe matou a sua única filha Myrcella. Das inúmeras ideias que teve, sendo uma delas esmagar o crânio às duas como o Montanha tinha feito com Oberyn, a escolha foi simples… Com um beijo a Tyene Sand, envenenou-a. E a vingança foi deixar Ellaria viva para poder ver a sua filha a morrer e a apodrecer naquela cela, sem poder fazer nada. Apesar de sabermos que ela merecia um bocadinho isto, é impossível não ficar com o coração nas mãos ao ver esta cena.
Se a Cersei não é a rainha da bitchness, então não sei, porque Vingança é o nome do meio dela. E está mais uma vez a provar que é melhor não se meterem com ela e que já se está a ralar para o que pensam dela, quando deixa que a sua empregada veja que é Jaime quem está no quarto com ela.
Os lobos começam a reunir-se
Sansa está finalmente a assumir o controlo das suas acções e começa a provar que nasceu para comandar. Melhor do que tudo, começa a mostrar que sabe pensar por ela própria, quando ironicamente faz de Littlefinger gato sapato ao “rejeitar” os conselhos dele.
Mas de uma coisa ela não estava à espera. Quando a chamam ao portão de Winterfell, toda a gente de certeza que pensou “Oh meu deus, é a Arya!! É agora!” mas não. Era Bran Stark, e Sansa já não o via desde que ela foi para Kings Landing com o seu pai na primeira temporada. Long time no see. A primeira reacção dela é de choque, como quem não acredita no que os próprios olhos estão a ver, mas logo de seguida abraça-o fortemente e aí ele é que não tem reacção nenhuma. You stupid!!
Nem foi só aqui. Bran está muito “distante” até mesmo quando está a tentar explicar à irmã o que significa ser o Corvo de Três Olhos. Mas acho que Sansa só se mostra verdadeiramente assustada quando Bran lhe diz que lamenta tudo o que lhe aconteceu ali na casa deles mas que ela estava muito bonita na noite do seu casamento com Ramsay. Ora, ele não estava lá como é óbvio mas é aí que ela percebe verdadeiramente o que ele queria dizer com o facto de “ver tudo”.
Acabaste de te reencontrar com a tua irmã! Podes parar de ser creepy?
Mas… A cura do grayscale afinal era esta?!
Temos uma breve cena em Old Town em que vemos Jorah a ser examinado depois da operação que Sam lhe fez. Tudo indica que ele está curado mas que, muito provavelmente, Sam está em apuros. O meistre libera Jorah, que diz ao Tarly que o seu único lugar é com a Khaleesi, visto que foi ela que o impediu de se matar e que é para lá que vai. Sam consegue safar-se de expulsão porque fez um procedimento que muitos grandes meistres não conseguiram fazer e é algo de que ele se deve orgulhar. Mas a recompensa dele foi fazer cópias de manuscritos.
Podia ser pior, Sam. Patience, my young padawan.
A tomada do Casterly Rock… e de Highgarden
As últimas cenas do episódio são intensas. Daenerys está à volta do mapa a discutir com Varys, Missandei e Tyrion sobre a derrota dos seus aliados e teme pelos Unsullied que se dirigem a Casterly Rock, ao mesmo tempo que diz que quer pegar nos dragões e atacar Euron.
Mas Tyrion começa a contar-lhes uma história sobre o seu pai, em modo de narração enquanto vemos as cenas da batalha. Começa por explicar que o pai construiu uma fortaleza impenetrável… mas que deixou a construção dos esgotos a seu cargo. E como o anão gostava muito de ter mulheres no quarto mas ele não deixava, criou uma passagem que dava a uma das torres dentro do Castelo. E foi assim que o exército da Khaleesi entrou e tomou a fortaleza mas depressa se aperceberam que os soldados Lannister não estavam todos lá e que a frota de Euron estava a destruir os barcos dos Unsullied.
“My sister’s army fight for her out of fear. The Unsullied will be fighting for something greater. They will be fighting for freedom and the person who gave it to them. They will be fighting for you” – Tyrion Lannister
A par e passo, Jaime cavalga em direcção a Highgarden e conquista a terra das rosas facilmente porque eles não estavam preparados para a batalha. Olenna Tyrell estava nos seus aposentos quando Jaime entra e sabia bem que chegara a hora da morte dela mas opta por perguntar coisas como se os seus soldados lutaram bem e como é que Jaime a ia matar. Pelo meio expressou o seu ódio por Joffrey e chamou a atenção do Lannister para o controlo que a sua irmã já tinha sobre ele.
Segundo Jaime, Cersei pensou em várias maneiras para Olenna morrer, mas ele fez com que ela mudasse de ideias e a sentença final foi veneno. Ela bebeu de um trago o vinho que o continha e depois começou a falar da morte de Joffrey e acaba de uma maneira muito insólita e que faz Jaime roer-se por dentro e de certa forma arrepender-se de não querer que ela sofresse.
Ela faz a revelação de que foi ela que orquestrou tudo para matar o rei e que quer que Cersei saiba disso. Olha que bela maneira de morrer mesmo à queen. Esta Olenna nem à beira da morte vacila, que mulher! *Mic drop*
A promo do episódio 4, “Spoils of War”, já nos dá um pouco disso mesmo, de spoilers. Para a semana, saberemos se Daenerys decide ir avante com o ataque com os dragões, se Jon sempre é prisioneiro dela e qual será o próximo passo de Cersei, agora que as coisas começam a ficar negras para o lado dos Targaryen.