Skyscraper surge como o novo filme do Verão (que teima em chegar) e pode-se comparar o filme a Die Hard, excepto que não é Bruce Willis o protagonista mas sim Dwayne Johnson, que tem protagonizado diversos filmes como “Jumanji: Welcome to the Jungle” e “Rampage”.
*Em tom de brincadeira, no final do filme, referi que este seria o tipo de situação que Dwayne Johnson, com os seus mega músculos, sobreviveria, porque não havia melhor pessoa para interpretar este papel do que ele. Dá intensidade e ritmo às cenas e é mesmo isto que acaba por safar o filme.
A narrativa foca-se no enorme arranha-céus construído em Hong Kong, a que dão o nome de Pearl. É um edifício altamente tecnológico e inclui um parque de 30 andares com uma esfera no topo que o criador, Zhao (Chin Han) considera que é a 8ª Maravilha do Mundo devido aos monitores de alta definição presentes nela (e, realmente, é espetacular).
Will Sawyer (Dwayne Johnson), que perdeu uma perna enquanto agente do FBI, é agora consultor de segurança e acaba por ser contratado via recomendação de um amigo para verificar os sistemas deste edifício que é o mais alto do mundo.
Este emprego permite que Will, a sua mulher Sarah (Neve Campbell) e os seus filhos gémeos sejam os primeiros a ficar hospedados no Pearl no 96º andar.
Tudo parece estar a correr bem até que o ex-agente é assaltado e levam-lhe o tablet que continha o acesso a toda a tecnologia do edifício e que só podia ser ativado por ele, fazendo com que seja incriminado pelo incêndio que os inimigos de Zhao criam dentro do Pearl.
Há apenas um problema: a família de Will encontra-se precisamente um andar acima do que começa a arder, ficando encurralada devido aos sistemas de segurança que foram desativados.
Desesperado para salvar a sua família enquanto é perseguido pela polícia, Will nem pensa duas vezes e decide entrar no edifício em chamas. Para isso, usa uma grua e o gancho da mesma, numa cena que corta a respiração mas que por outro lado é surreal. Surreal no sentido de que é ridiculo o trabalho todo que ele tem para algo que é literalmente impossível como saltar o espaço entre a grua e uma janela partida.
E a verdade é que todo o processo de salvamento se torna parvo devido aos diferentes métodos que Will adopta para se salvar, em que tudo se resume basicamente ao uso da fita adesiva – não, não estou a brincar.
O mais interessante disto tudo é que Sarah nem precisa necessariamente de ser salva, ela vai vendo as adversidades e ultrapassando-as, sempre com os seus filhos atrás. Mas sendo Will a pessoa que melhor conhece o sistema do edifício, vai ser a peça fundamental para tirar dali a família sem nenhuma mazela e ainda salvar Zhao dos terroristas. Se isto não é um herói multitasking, não sei o que é.
O filme no seu todo serve o propósito: dá-nos acção e momentos intensos, de cortar a respiração e de, no meu caso, ter algumas vertigens, mas desafiar as leis da física não é suficiente para se tornar num filme espetacular.
Em suma, há que reforçar que Dwayne Johnson e Neve Campbell são mesmo a grande razão para se ver o filme, não só pela dedicação como pelo carisma dos dois – e pelas cenas que eles têm juntos, algumas que acabam por fazer todo o sentido no desfecho.
É um bom filme para se ir ver no Verão, não para relaxar, mas para ter uma tarde bem passada e com alguma ação.