A trilogia The Kissing Booth chega agora ao seu final, com o terceiro filme. Desde 2018 que a saga faz sucesso na Netflix, com a desastrada Elle e o seu romance com Noah a derreterem e fazerem palpitar os nossos corações de adolescente. Mas será que a história teve o fim merecido? E terá a trilogia mantido a fasquia? As dúvidas ficaram.
Não é segredo que adoro uma boa comédia romântica – e quando The Kissing Booth chegou à Netflix em 2018 era o filme perfeito para a minha alma adolescente. Fresco, leve e divertido, com personagens cliché mas ao mesmo tempo facilmente encantadoras e com quem nos identificamos e ainda capaz de nos arrancar umas boas gargalhadas.
Fomos aqui apresentados a Elle (Joey King), Noah (Jacob Elordi) e Lee (Joel Courtney), as principais personagens que vamos acompanhar ao longo desta trilogia. Elle e Lee são os melhores amigos desde crianças, e têm uma lista de regras que (guess what?) inclui não se apaixonarem pelo irmão do melhor amigo. Mas a maior paixoneta de Elle é, justamente, o irmão de Lee, Noah. Ao descobrir que essa paixoneta é correspondida, Elle lança-se numa série de peripécias para esconder o romance de Lee.
E claro que resumidamente, estas peripécias são suficientes para fazer de The Kissing Booth um filme que vale a pena espreitar – e tanto pedimos, que tivemos direito à sequela em 2020. Como qualquer dilema americano de adolescentes, passamos pelos amores e desamores, e pelo término do liceu e entrada na universidade. Em The Kissing Booth 2, temos novas personagens, um dilema amoroso para Elle e Noah, e a grande decisão entre Harvard ou Berkeley – que fica pendente até 2021.
O último filme que marca a história de Noah, Elle e Lee foi gravado ao mesmo tempo que The Kissing Booth 2 e centra-se no grande verão antes da ida de Elle e Lee para a universidade. É um verão de grandes decisões e emoções para todas as nossas adoradas personagens, e o filme peca por não ter aproveitado isso suficientemente bem.
A história resume-se ao último verão na casa de praia dos pais de Lee e Noah, que vai ser vendida, numa lista que Elle e Lee fizeram em crianças, e numa série de cenas quase aleatórias o suficiente para parecerem um trabalho de patchwork.
The Kissing Booth 3 resulta num filme forçado, quase desnecessário, e completamente desconjuntado. Nada comparável com a química que se fazia sentir entre os actores nos dois primeiros filmes da trilogia, que aqui é inexistente. Talvez a terceira instância beneficiasse com um melhor desenvolvimento de personagens, além de mudar o foco para a difícil decisão de Elle escolher uma escola.
O final embaraçoso do filme, seis anos depois, é o limite. Definitivamente, não foi o final esperado para The Kissing Booth, que, considerando a agradável surpresa que nos foi dada em 2018, merecia muito mais.