Army of Thieves é a prequela sobre Ludwig Dieter, o arrombador de cofres de Army of the Dead, filme recente de Zack Snyder e tem estreia marcada na Netflix.
Depois de nos termos embrenhado num assalto a um casino na cidade de Las Vegas em pleno apocalipse zombie em Army of The Dead, é a vez de conhecermos o passado do misterioso arrombador de cofres que garantiu “com humildade” ser capaz de abrir o cofre altamente difícil conhecido como Götterdämmerung.
Para isso, recuamos um pouco no tempo (seis anos, mais concretamente) para conhecer Sebastian (Matthias Schweighöfer), que vive em Munique e tem um trabalho monótono, até que uma misteriosa mulher chamada Gwendoline (Nathalie Emmanuel) o contrata para arrombar 3 cofres legendários, construídos por Hans Wagner (sim, é o criador do cofre que Dieter foi convidado a arrombar em Army of the Dead) juntamente com um bando composto por Korina (Ruby O. Fee), Brad (Stuart Martin) e Rolph (Guz Khan).
Até ver esta prequela, não sabia que queria conhecer mais um pouco desta personagem. A maneira como Zack Snyder a aproveitou para fazer o argumento de Army of Thieves mostra sinceramente que não é preciso termos grandes efeitos (tirando os fantásticos efeitos que vamos vendo das fechaduras dos cofres) nem grande alarido para sermos entretidos. Acima de tudo, Zack focou-se nas personagens, criando uma analogia entre os cofres à própria mensagem do filme que vai fazendo com que criemos empatia com algumas delas.
Desta vez, a realização ficou a cargo de Schweighöfer que aproveitou muito bem as cenas na Europa, onde o filme se passa, a cinematografia, explorando a par e passo toda a beleza e paixão da sua personagem pelos cofres mas sendo também o maior foco dele nos atores. O filme acaba por misturar os géneros de drama, crime, ação com uma pitada de comédia e monta aqui a narrativa para o futuro que já conhecemos.
Adorei ver Nathalie Emmanuel neste registo e confesso que fiquei logo curiosa após vê-la a falar no Tudum da Netflix sobre como foi preparar-se para este papel fisicamente e acreditem, ela é uma grande badass. Mas realmente, os elogios têm de ir principalmente para Matthias que voltou a agarrar muito bem este papel.
Apesar de ter gostado de conhecer mais sobre esta personagem, não sei se teria feito um filme com duas horas porque não só não havia tanto para esticar na narrativa mas também porque acaba por não ser muito memorável. Contudo, e falando honestamente, não vejo qualquer problema nisso porque acho que nem o tenta ser. Foram umas horas bem passadas a ver um filme somente sobre assaltos (tendo em conta que o surto de zombies ainda estava no início), mas acima de tudo sobre pessoas que querem ser lendas por terem arrombado estes cofres e não somente pelo dinheiro.
Acho que foi uma prequela boa para conhecermos pelo menos uma das personagens do filme que dividiu a crítica. Se era necessária? Talvez não. Se é um bom filme para verem no fim de semana de estreia? Claro que sim.
Estreia dia 29 de outubro na Netflix.