Justice League é o mais recente filme de super heróis do universo da DC que conta com Batman, Wonder Woman, The Flash, Cyborg e Aquaman. Prevê-se que seja um sucesso de bilheteiras mesmo que divida opiniões sobre a qualidade do filme.
Quando analisamos os filmes recentes da DC, destacamos a desilusão que foi o sombrio Batman vs Superman, percebemos a intenção em Suicide Squad de explicar bem as personagens mas ainda assim não correu bem, mas admiramos Wonder Woman que trouxe esperança para o futuro deste universo no cinema, apesar de o final também não ter sido uma maravilha.
Justice League chega agora aos cinemas e as opiniões dividem-se no que toca a um dos filmes mais esperados do ano. Vamos lá ver, não é um filme mau, proporciona-nos duas horas de entretenimento e as personagens têm todas os seus momentos de spotlight. Um filme “bom” para acompanhar com pipocas.
Mas também não nos vamos iludir: não é um filme espetacular e creio que muitas pessoas já estavam à espera disto. Os trailers aumentavam um pouco as expetativas mas à semelhança do que aconteceu com o trailer de Star Wars: The Force Awakens, o mesmo já anunciava as cenas com mais acção e piada.
O filme começa com um reminder de que o super herói preferido de todos (Superman) morreu e mostra como todos tentaram seguir em frente após este acontecimento, exibindo grandes cartazes de luto pelas cidades com o símbolo do seu fato, que representava a esperança. Como ele próprio disse quando estava vivo: “A esperança é como a chave do carro. Podemos perdê-la, mas se procurarmos melhor, está mais perto do que pensamos”
Com o kryptoniano morto surge uma nova ameaça: Steppenwolf, general de Darkseid (Deus de Apokolips), volta à Terra para recuperar as Mother Boxes, separadas e distribuidas pelos Homens, Atlantes e Amazonas, que contêm o poder para ele dominar o mundo. Face a isto, Bruce Wayne aka Batman (Ben Affleck), junta-se a Diana Prince (Gal Gadot) para recrutarem pessoas com “capacidades especiais” de modo a formarem uma liga da justiça.
Com o desenrolar da acção, temos oportunidade de conhecer as personagens novas (que vão ter, posteriormente, filmes sobre cada um deles):
– Arthur Curry/Aquaman (Jason Momoa) mostra-nos algumas das coisas que ele é capaz de fazer debaixo de/com a água (e não, ele não fala com os peixes) e é desvendado um pouco do passado dele, mas nada de significativo, porque esperamos que seja abordado mais tarde no filme a solo desta personagem. Momoa traz também um lado bárbaro ao Aquaman, o que dá um toque bom às cenas em que ele aparece, especialmente quando está com o resto da Liga.
– Victor Stone/Cyborg (Ray Fisher) é a personagem que cria menos empatia connosco talvez porque desde que ele apareceu, sempre se pôs muito à margem a desconfiar, principalmente devido à revolta que tem por ele ser mais um robô do que homem depois do acidente que teve. Apesar disso, as capacidades dele são bastante curiosas e dá vontade de tentar perceber que evolução é que ainda podem vir a ter.
– Barry Allen/Flash (Ezra Miller) é a pessoa que desperdiça a sua vida a visitar o pai na prisão mas que precisa de fazer amigos e, por isso, alinha rapidamente quando Bruce o chama para a acção. É a personagem que dá ali um break na tensão e seriedade da Liga, sendo o mais comic relief.
Apesar disto, tende a ser exagerado que ele seja o homem mais rápido do mundo (na verdade, o Superman consegue acompanhá-lo) mas também o mais medroso.
Quanto ao Batman, nota-se que já há um cansaço desta personagem para continuar com isto e embora a Wonder Woman consiga estar a um nível superior – e sendo a única mulher do grupo, faz falta a Patty Jenkins aqui ao barulho.
E o fato do Batman já é algo que me assola a mente desde o último filme em que ele aparece… Porque é que ele parece mais gordo que musculado? Ele mal se mexe ali dentro. E o fato do Flash que parece um Iron Man modificado? Adiante
Quanto ao “vilão” nem sei o que diga. O CGI deixa muito a desejar e não há nada de entusiasmante. É quase como se ele fosse um peão do verdadeiro vilão que nunca aparece e isso quebra logo uma grande parte do filme. Nem Ciáran Hinds, actor que interpreta Steppenwolf, consegue safar a situação.
Apesar das piadas ligeiramente forçadas, ao estilo “ah, que funny” mas que no segundo a seguir já lá vai, Justice League tem uma coisa que considero bastante positiva em filmes deste género, que é a acção, havendo momentos com potencial para mais. Mesmo assim, não fui fã de alguns efeitos que punham, como por exemplo, a representar a velocidade do Flash, que por acaso corria de uma maneira bastante estranha.
No geral, como já tinha referido, é um filme agradável à vista para os fãs da DC e médio para os fãs da Marvel e embora não acrescente muito à Warner Bros, uma coisa é certa: vai fazer furor nas bilheteiras.