Eis que a batalha de Winterfell, esperada por tantos, oficialmente chega! “The Long Night”, título que é dado a este terceiro episódio da última temporada de Game of Thrones, mostra-nos uma das batalhas mais épicas desta série.
Não sei se se recordam mas a última vez que se ouviu falar na Longa Noite e em que houve uma batalha em Winterfell (não, não estou a incluir a batalha dos Bastardos), foi exatamente o mesmo acontecimento que neste episódio. O inverno caiu em Winterfell ([where the] winter fell).
Há tanto para descrever numa coisa que é tão geral – e eu só consigo falar de Game of Thrones se falar sobre o episódio inteiro, reagindo pelo meio. Os primeiros minutos até são bastante calmos e percebe-se porquê: está tudo a preparar-se para a batalha. Parece um filme de suspense: sabemos que os mortos estão ali mas não os vemos em lado nenhum… *aquele arrepio*
Eis que Melisandre chega no seu cavalo, pronta para causar furor em Winterfell e com um exército!……
Ah wait, onde está o exército que ela disse que ia trazer?! You had one job…
Felizmente para ela, tem um talento que lhe vale por um exército. Num momento visualmente impactante, ela mete as mãos na foice de um dothraki e ilumina todas as foices da tribo, liderada por Jorah Mormont.
Pormenor que considero interessante: quando ela passa por Grey Worm, diz-lhe “Valar Morghulis” ao que ele responde “Valar Dohaeris” que significam nada mais nada menos “all men must die” e “all men must serve” – cuja tradução já conheciamos de outras temporadas e que me parece basicamente o destino e a missão respetivamente dos Unsullied.
Et voilá, os dothraki estão todos entusiasmados com as suas armas flamejantes, por isso avançam para o escuro e até Ghost os acompanha! Vemos ao longe montes de luzes a correr pelo terreno fora e depois começamos a deixar de ver as luzes e de os ouvir…
1ª reação: “Olha pronto, já foram todos mortos… Mais não sei quantos para o exército dos outros!“, até que vemos alguns a voltar aos poucos. Um cavalo aqui, outro ali, um Jorah além e MUITOS OLHARES ASSUSTADOS. E pronto, penso e digo alto “está tudo lixado.”
E atenção que, infelizmente, não estava errada. Os mortos vêm lançados, metem-se no meio de toda a gente, e na confusão não se percebe quem ataca quem, quem morde quem, o que torna a batalha ainda mais realista porque está literalmente tudo a acontecer ao mesmo tempo.
Dany não está para esperar e aparece no seu belo Drogon queimando ali uma boa quantidade de wights, sempre acompanhada de uma bela musiquinha de heroína que nos faz ter uma réstia piiiiiquena de esperança. Jon junta-se à festa com Rhaegal para ajudar, até avistar os White Walkers, tudo para ser quase abalroado por uma tempestade de gelo ENORME.
*The cold never bothered me anyway”
Arya percebe que o caso está a ficar mal parado e manda Sansa para a cripta, dando-lhe a sua faca. Stick’em with the pointy end, diz à irmã quando esta confessa que não sabe usar a arma. Que nostalgia lembrarmo-nos de Jon a dizer isto a uma mini Arya na primeira temporada depois de lhe dar a Needle!
Algo muito importante neste episódio e que foi trazendo algum dinamismo foi o foco em várias personagens que estavam a lutar pela sobrevivência: Jaime, Brienne, Jorah, The Hound, Berric, Gendry, Podrick, Tormund, Sam e Edd… que infelizmente é o primeiro a morrer depois de salvar Sam.
Temos momentos também na cripta que mostram os que simplesmente não podem fazer nada sem ser manterem-se em segurança. Sansa chega lá e tem logo Varys, Tyrion, Gilly e Missandei a olhar para ela. Tyrion aproveita para beber uns copos porque se sente inútil…
Os Unsullied realmente são os que mais se estão a sacrificar pelo pessoal. São eles que protegem a retirada enquanto todos entram para o castelo. São inclusive eles que protegem Melisandre no momento em que é preciso pegar fogo às trincheiras para os mortos não passarem, noutro momento super bonito visualmente.
Faltava falar de Theon que ficou encarregue de proteger Bran, do estilo remissão dos seus pecados. Ele tenta realmente voltar a pedir perdão ao que Bran diz algo igualmente importante “tudo o que fizeste trouxe-te até agora. Onde pertences. A casa.” o que faz parecer que todos os actos das nossas personagens levaram aquela batalha e que nada é por acaso. Bran, Bran…
Diz que se vai embora, faz warg nos corvos e é ai que percebemos que afinal o Night king e o Icy Viserion também se vieram juntar à festa. De repente, sob o comando dele, os mortos começam a empilhar-se para apagar o fogo e criarem uma ponte e pensamos “OMG COMO É QUE ELES SÃO TÃO INTELIGENTES?”
(E onde está o wildfire quando precisamos dele……..)
Enquanto o Sandor frita a pipoca (ou quase, falta o milho) com o fogo, Arya dá numa de badass com a sua nova arma, começando a dar cabo deles todos.
Berric diz ao Cão que precisam dele e ele responde “We’re fighting with Death! We can’t beat Death” e o Berric vira-se e diz “Tell her that!” apontando para Arya que, mais tarde, vai ser mesmo quem vai derrotar a morte. After all, ela estava ansiosa para ver a cara da mesma… Achei este pormenor mesmo interessante.
E DEPOIS UMA DAS MELHORES MORTES (e das mais sad) DO EPISÓDIO. LADY MORMONT!!! Tinha de ser esta miúda a matar um gigante right in the eye (no mesmo sitio e da mesma maneira que na batalha dos bastardos), morrendo logo a seguir. EVERYONE SHOULD FEAR LADY MORMONT, tenho dito! RIP.
Claramente que o budget deu para três dragões e muito menos, isto porque o que vemos neste episódio é maioritariamente piruetas com dragões. Não que me esteja a queixar. Todos os momentos com eles são maravilhosos. Há até várias situações em que eles andam a luta uns com os outros o que nos deixa muito entusiasmados.
A lista de abatidos continua… Percebemos que Berric vai de vela quando ele usa a sua arma para salvar arya e para impedir que os mortos cheguem a ela e ao The Hound.
Logo após a morte dele, calham na mesma sala que Melisandre (que pontaria) e elas reconhecem se da terceira temporada e recordam-se das palavras que trocaram.
Segundo a feiticeira, Arya tinha trevas dentro dela e viu nela vários olhos a fecharem-se…“Brown eyes, green eyes… and blue eyes” fazendo uma pausa qb longa antes de dizer esta última cor. E que se iriam reunir novamente.
Dito e feito. Mas todos nos pensávamos que os olhos azuis já tinham sido fechados quando Arya cortou a garganta a Littlefinger.
Meli tambem lhe diz que Berric foi ressuscitado com um motivo e que o tinha acabado de cumprir. E depois sai-se com esta……… “WHAT DO WE SAY TO THE GOD OF DEATH”. NOT TODAAAAAAAAAAAAAAAAAAAY.” Miss you Syrio! Arya sai disparada, quase como se percebesse a mensagem subliminar.
Continuamos na saga dos dragões com viserion a causar destruição, Jon a tentar impedir, Dany a meter-se, o Night King cai do dragão e quando Dany vê o NK no chão sozinho, apercebe-se que tem de dizer o Dracarys mais badass que já disse até então.
Vemos o Night King a arder mas claro que não acreditamos que é ali o fim do mesmo. O NK sai ileso e ainda manda aquele sorriso como quem diz “who are you messin’ with b****?” .
Jon não descansa e persegue-o até que ele ergue todos os mortos que estavam fora da muralha, transformando-os em wights só para manter a distância de Snow. Assim fica fácil! Já não trocam olhares intensos como dantes, temos saudades.
Só que isto dos mortos tem o seu quê. Edd é agora um wight. Lady Mormont também. Todos os Unsullied… isto faz com que os sobreviventes fiquem ainda mais em desvantagem do que antes. Começam a ressuscitar das criptas (teoria certa *din din din*) e a atacar por todos os lados.
IT’S A MESS IN WINTERFELL.
Dany meanwhile salva Jon mas distrai-se e Drogon é atacado pelos mortos. Numa tentativa de se livrar daquelas sanguessugas, sai disparado, deitando-a ao chao MAAAAAAAAS JORAH IS THERE FOR THE RESCUE. FRIENDZONE ALWAYS WIN!
Bran continua na sua paz. Todos lutam. Sansa e Tyrion trocam olhares e a música começa a dar (parece imenso o Light of the Seven) e o som da batalha começa a desvanecer.
O rasto de destruição permanece. Enquanto vemos todos a tentar sobreviver, temos Jon que vê Sam em apuros e não o ajuda porque está focado em chegar a Bran.
E temos Theon que vai aguentando o barco em Godswood naquela que foi uma “pista” no segundo episódio da primeira temporada. Ai se o meistre Luwin sabe…
O Night King chega e Bran chama Theon e diz-lhe “You’re a good man. Thank you”. QUE BONITO mas ao mesmo tempo “WHAT! ESTÁS A DIZER QUE ELE MORRE E QUE JÁ SABIAS?”
Theon vai atacar o night king mas acaba por ser morto… Redimiu-se pelo menos. Night King aproxima-se de Bran num momento muito tenso até que…
Arya chega por trás, o NK percebe-a e agarra-a, ela deixa cair a espada e ZAAAS, ESPETA LHE A CATSPAWN MESMO NO SITIO ONDE ELE FOI CRIADO!! QUE TWIST INCRÍVEL. ARYA A MAIOR BADASS DE WINTERFELL E ARREDORES!
Ela já tinha mostrado este truque numa luta com Brienne, btw.
Pode-se dizer que Arya finalmente fechou os olhos azuis. Mas… ficamos na mesma. Afinal quem é o Night King e o que é que ele queria?
Com a morte do NK, os wights e white walkers desvanecem-se. Até mesmo Viserion, o que é uma pena que não tenha voltado ao normal porque continuo a querer um dragão para o Tyrion. Bran reage como se nem se tivesse passado nada.
Jorah infelizmente já não sobrevive aos ferimentos, sacrificando-se pela Khaleesi O QUE É SUPER TRISTE PORQUE ELES SÃO AMIGOS DESDE A PRIMEIRA TEMPORADA E ELE SEMPRE A PROTEGEU E MORREU DA MELHOR MANEIRA.
Como eu disse, o inverno caiu. Em Winterfell. Outra vez. Melisandre segue o seu caminho, retira o seu colar, transforma-se em velha e… cai morta.
EEEEEEEE é isto. Um episódio de muitas emoções, algumas mortes (umas acertei, outras não e ainda bem que não) e agora é altura de reconstruir Winterfell, perceber o que sobra do exército e seguir em frente para Kings Landing. E sim o ghost está vivo.
Estão a perceber que este episódio foi gravado durante 55 noites seguidas? Aconselho muito que vejam o making off do mesmo!