Para acabar o ano de 2020 em grande, a equipa do The Golden Take escolheu os 10 melhores filmes do ano. E claro, demos menções honrosas!
10- Da 5 Bloods
““Da 5 Bloods” é o tipo de confusão que apenas um génio demasiado emocional, com um turbilhão de ideas dentro dele, conseguiria fazer.”
Da 5 Bloods: uma guerra interminável
9- Ma Rainey’s Black Bottom
“Sem dúvida que Ma Rainey’s Black Bottom é um filme que devem espreitar na Netflix, nem que seja pelas interpretações maravilhosas de Boseman e David, assim como de Michael Potts, Glynn Turman e Colman Domingo e pelo rumo que as personagens deles levam durante 90 minutos e o final que é dado às mesmas. E acreditem quando digo que ainda podemos vir a ter muitas surpresas com este filme nos prémios deste ano, por isso, preparem-se!”
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8- Listen
“Para bom português, meias palavras não bastam, um filme baseado em factos reais também é necessário! E o “Listen” não poderia ser melhor exemplo de um drama vivido por uma família portuguesa emigrada no Reino Unido.
Quem é que não reconhece a história de uma família de imigrantes portugueses que tentam iniciar uma vida em Inglaterra à procura de melhores condições e os serviços sociais decidem retirar a guarda dos três filhos, por considerarem que sofrem danos emocionais?
Está é uma longa-metragem da atriz e realizadora portuguesa, Ana Rocha de Sousa, que retrata a realidade pura e dura do desespero dos pais que se veem envolvidos num dilema e em protocolos do sistema de adoção forçada, sem qualquer fundamento. O grande desafio é encontrar uma forma de provar que são capazes de cuidar das suas crianças, antes que seja demasiado tarde…”
7- Mank
“Num resumo geral de um texto que já vai longo, aconselho vivamente que vejam “Citizen Kane” antes ou depois de verem “Mank”, nem que seja para estarem mais enquadrados na história. Contudo não é obrigatório porque embora estejamos a tentar perceber a inspiração por detrás do bom argumento do clássico, não estamos a desconstrui-lo. Isso fazemos ao ver o filme de 1941. Estamos a conhecer um pouco mais de Herman e, porventura, a dar-lhe o reconhecimento pelo argumento que desenvolveu através de uma interpretação fantástica de Gary Oldman que pode valer-lhe, à semelhança da sua personagem, o reconhecimento nas cerimónias de prémios.”
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6- Tenet
“(…) Christopher Nolan cria um enredo elaborado que introduz conceitos que alteram a definição da linearidade da passagem do tempo, mas que se cinge às regras que estabelece para si mesmo. Através da atenção ao pormenor e da colocação deliberada de pequenos detalhes ao longo do filme, Nolan cria uma história (quase sempre) consistente e deixa também um puzzle para os fãs mais dedicados descobrirem e solucionarem.”
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5- Little Women
“Este filme dá-nos imediatamente vontade de devorar o livro e acredito, sem ter visto muitas das adaptações, que é uma das melhores que já foi feitas à obra no cinema. Sem dúvida que é um filme a ver por todo, mas cuidado com as lágrimas que vão cair sem esperarem bem que isso aconteça!”
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4- 1917
“1917 é sobre a humanidade, os horrores da guerra, a camaradagem e, muitas das vezes, a familiaridade que existe nas trincheiras. É uma história de sobrevivência num ambiente desenhado para matar. É uma mensagem de esperança num território condenado ao desespero.”
Podem ler mais em: “1917”: Proximidade em Tempos de Guerra
3- Jojo Rabbit
“Efetivamente, “Jojo Rabbit” quer atribuir a crença de que há sempre uma oportunidade de redenção, e que a melhor maneira de acabar com o mal é permitir que a bondade prevaleça.
Não importa se esta crença é totalmente verdadeira ou não (e não me cabe a mim discutir sobre isso). O importante é não desistir, e termos fé no nosso percurso, tal como Rosie diz a Elsa a certa altura: “You keep living, that is how you beat them”. ”
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2- The Trial of the Chicago 7
“Durante o filme e muito graças à realização e argumento, nunca conseguimos retirar os olhos do ecrã. Se tiverem aquele pensamento de que só vão ver um pouco agora e o resto mais tarde, esqueçam, vai ser muito complicado não continuarem a ver. Fiquei muito surpreendida porque a primeira aventura como realizador de Aaron Sorkin foi em “Molly’s Game”, enquanto só o tínhamos visto como argumentista em “Social Network”, “Moneyball” e “Steve Jobs”, entre outros, e aqui acaba por ter uma realização impecável e essencial, tendo sido até mesmo utilizadas imagens dos eventos reais.”
Podem ler mais em: The Trial of Chicago 7: O julgamento em que não conseguimos desviar o olhar
1- Soul
“Soul” é uma aventura comovente, que celebra a vida e a experiência humana. Docter aborda profundamente a ideia de que, em conformidade com as expectativas da sociedade, perdemos a alegria infantil e até o prazer de viver. Embora não represente o soco emocional de “Inside Out” e “Up”, há muita beleza (e alma) na aventura de Joe e 22.”
Podem ler mais em: Soul: Uma epopeia que explora o sentido da experiência humana
Menções honrosas
Uncut Gems
“Para um filme com mais de duas horas, o ritmo é extremamente importante. Em termos de história, diminui ligeiramente durante um período, mas a energia nunca se esvai. De certa forma, reflete o personagem principal e permite que pessoas apaixonadas, como uma versão ligeiramente fictícia de Kevin Garnett, encaixem perfeitamente.”
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The Lighthouse
“Por fim, a interação entre Dafoe e Pattinson é simplesmente mais envolvente do que as tentativas de The Lighthouse em convencer os espectadores a questionarem o que é real ou imaginário. O problema é que o filme gasta muitos esforços nesta tentativa, e acaba por negligenciar cada vez mais alguns temas a que se propôs abordar.
Desta feita, quando volta a existir a abordagem sobre a ideia de que os personagens estão travados numa luta por poder, isso exalta mais um pensamento secundário do que propriamente uma grande conclusão”
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