Home FilmesCinema “Shazam!” – Uma versão “Big” de Super-Herói

“Shazam!” – Uma versão “Big” de Super-Herói

by João Borrega

A nova aposta da DC recai sobre um menino de 15 anos num corpo de super-herói em “Shazam!”, um filme pronto para deliciar os fãs.

Desde a estreia de “Man of Steel” (2013) que a DC teve dificuldades em criar o seu próprio universo cinematográfico, em busca do sucesso que a Marvel tem obtido na última década. Com filmes que dividem fãs e que não agradam a uma grande parcela dos críticos, os únicos grandes éxitos residem em “Mulher-Maravilha” (2017) e “Aquaman” (2018).

Desta vez, sob a supervisão de uma nova chefia, a DC apresenta-nos em “Shazam!” a história de Billy Batson, um rapaz de 15 anos, orfão, que vive numa procura incessante de encontrar a sua mãe enquanto vai fugindo de casas de adopção.

Ao ser adoptado por uma nova família, Billy decide proteger de bullys Freddy Freeman, um dos seus irmãos adoptivos. Devido a esta acção altruísta, The Wizard Shazam (Djimon Houndson) decide ceder os seus poderes de super-herói a Billy.

Este fica então com o poder de se transformar num super-herói ao proferir a palavra “Shazam”, reconhecendo que irá necessitar da ajuda de Freddy para descobrir o que fazer com os seus poderes e perceber qual o seu lugar no Mundo.

Primeiro que tudo, terá de ser dito que “Shazam!” é incrível. Resulta enquanto filme de super-heróis, tal como uma comédia ao estilo de “Big” (1988). Tal como em “Aquaman”, a DC volta a abraçar e a injetar o tom da banda-desenhada no grande ecrã, pretendo somente entreter a audiência e transmitir uma boa mensagem.

No que toca ao elenco que compõe o filme, é de se reconhecer o óptimo desempenho de Zachary Levi (Shazam). Com um brilho nos olhos e um sorriso fácil, Zachary consegue encantar a audiência a fazer-se passar por um rapaz em corpo de homem. A química entre os trio de actores principais é impagável, seja entre as duas crianças como de Levi com o seu irmão mais novo.

Toda a dinâmica da família adoptiva é onde reside o coração do filme. É neste contexto que a audiência consegue criar empatia para com as personagens, todas elas tão distintas, com pequenas características que os define, mas que deixam a sua marca no espectador.

Apesar de ser um filme de super-heróis, a escala do mesmo é muito menor àquilo que já presenciamos noutros momentos. Porém, o realizador David F. Sandberg (“Lights Out” e “Anabelle 2: A Criação do Mal”) demonstra que tem um condão para realizar uma boa comédia, conseguindo espalhar um pouco da sua magia terrorífica nalguns momentos do filme.

Apesar de todo o divertimento e encanto que o filme proporciona, existe um elemento do mesmo que é um seu ponto fraco. Esse elemento menos positivo reside em em Mark Strong e no seu vilão Thaddeus Sivana. Apesar de ter poderes incríveis e dos mesmos serem várias vezes momentos altos do filme, a personagem em si não tem grande profundidade e os seus motivos para ser vilão não passam de uma birra de uma criança de 10 anos quando lhe é negado um doce. Apesar do espectáculo que nos oferece, não chegue a ser um vilão que ficará na memória do espectador.

Contas feitas, “Shazam!” sabe perfeitamente aquilo que pretende ser – um filme de super-heróis, recheado de comédia brilhante e adocicado com um encanto a que não estamos habituados nos filmes deste género. Com o mero propósito de entreter, “Shazam!” fará as delícias dos miúdos e graúdos que se deixarem encantar.

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