A Netflix lança hoje mais uma série de comédia daquelas que se vêem bem rápido e de seguida, em que acompanhamos Isla Gordon, a irmã mais nova da família cujo negócio é ser dona de uma das maiores equipas de basquetebol – os Waves – e que, por obra do destino (aka um escândalo com o irmão mais velho), acaba por se tornar presidente da equipa.
Começo já por dizer que não, os Waves não existem! Mas é notório que existe uma semelhança com os Los Angeles Lakers ou até mesmo com a história de Jeanie Buss, entre outras coisas que vão acontecendo e que podem cruzar-se com a realidade.
Temos Kate Hudson a protagonizar a série e, deixem-me que vos diga, fiquei bastante surpreendida! Tinha saudades desta Kate, a que nos conquistou em How To Lose a Guy in 10 Days, ou até mesmo em You, Me and the Dupree, entre tantos outros filmes que fez nos inícios dos anos 2000.

Embora tenha aparecido na série Truth Be Told em 2021, a verdade é que não a tinha visto em mais nada desde a sua aparição em Glass Onion: A Knives Out Story. Ela é a leveza de Running Point. É uma mulher empoderada, que sabe do que fala, mas que muitas vezes tem de se retrair perante os irmãos, ser uma mulher que gosta de basquetebol mas que nunca é ouvida ou considerada, nem mesmo quando se torna presidente.
E até mesmo quando as odds parecem estar do lado dela, há sempre uma reviravolta na série que vão exigir um outro lado da personagem. Quase fiquei a achar que a série não ia ter fim, tantas foram, mas no lado positivo, estava realmente entretida e ficava a ver uma segunda temporada se já a houvesse. Isto muito graças ao ritmo da série que está perfeito. São episódios de meia hora que parecem ter bem menos tempo e chegamos ao fim dos mesmos a querer efetivamente ver mais.

Temos caras conhecidas como o Justin Theroux, o Max Greenfield ou até mesmo a Brenda Song que tornam a história muito interessante, mas também nomes como Jay Ellis (Top Gun: Maverick), que é o treinador dos Waves mas também Scott MacArthur (Suncoast) e Drew Tarver (Ghosts), os outros irmãos de Isla.
Em algumas partes, esta série fez-me muito lembrar Ted Lasso com muito mais leveza, porque para além de saber quando não se levar a sério, há momentos com a equipa e a dinâmica entre os personagens que nos transporta para a série da Apple TV.
Sou muito honesta: precisava de ver algo leve para os dias de azáfama que tenho tido e esta série foi a cereja no topo do bolo porque não só me permitiu rir, como estar entretida do início ao fim e, numa fase em que não tenho visto tantas séries, esta ter-me conseguido agarrar já foi muito bom sinal e mostra que as comédias voltaram e querem ficar bem firmes.