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Revisitando: Harvey (1950)

by Pedro Almeida

Revisitando a época de 1950, no fundo do baú, encontramos um dos filmes infantis mais desconhecidos do público. Concebido pelo realizador Alemão Henry Koster, e escrito pela vencedora de um Pulitzer Mary Chase, “Harvey” é um filme sobre a amizade de um homem de seu nome Elwood P. Dowd (James Stewart) e de um coelho imaginário chamado Harvey.

Elwood é um homem de meia-idade que vive com a sua irmã Veta (Josephine Hull) e com a sua sobrinha (Victoria Horne), que afirma ter um coelho como amigo mas que ninguém consegue ver mesmo tendo 2 metros de altura. Ele explica que Harvey é um “Puca”, uma criatura mística da mitologia Céltica. No entanto, como ninguém consegue ver o coelho, todos os conhecidos de Elwood e da sua família, acham-o um louco, e tentam interná-lo no hospício da cidade.

Este filme foi uma verdadeira surpresa para mim. Descobri-o quando explorava uma coleção antiga de DVDs. Por curiosidade, decidi vê-lo e foi uma excelente surpresa.

1950: Movie still of American actors James Stewart (1908 – 1997) and Peggy Dow (L) in the therapeutic bathing room, in a still from director Henry Koster’s film, ‘Harvey’. The other woman is probably actor Minerva Urecal. (Photo by Hulton Archive/Getty Images)

O guião é muito bom, com mensagens escondidas, um excelente desenvolvimento do carácter psicológico dos personagens, especialmente daqueles que convivem com Elwood e com o Harvey. Aos poucos fui sentindo este filme parecido com o “12 Angry Men (1957)”, que apesar de ser uma estrada completamente diferente, a forma como a narrativa e a atuação do James Stewart foram se desenvolvendo, parecia que estava prestes a ver o Elwood a tentar convencer (e a conseguir em alguns casos) cada um dos que duvidaram de si, a converterem-se ao Harvey. Elwood seria o Jurado número 8, que também tentara convencer a mesa de que a sua teoria era real. Apesar de isto parecer algo que só um adulto compreenderia, este filme é um excelente divertimento para ver com a família, especialmente com os mais novos. Tem uma bonita mensagem para partilhar com as crianças.

Nas componentes técnicas, este é um filme a preto e branco, com uma banda sonora simples, cenários também minimalistas e que apresentam o cotidiano de uma cidade.

Veredito final:
Toda esta criatividade rendeu uma indicação aos Óscares de Melhor Ator para James Stewart e um prémio de melhor atriz coadjuvante para Josephine Hull. É um filme muito bem avaliado pela crítica e pelo público. É com certeza um “must watch” para qualquer um, que fará recordar os bons momentos da infância. É super leve, divertido e entretém muito.

8/10

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