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Ratched: Sarah Paulson volta a destacar-se numa série de Ryan Murphy

by Beatriz Silva

“Ratched” é a nova série de Ryan Murphy na Netflix, depois de ainda este ano já termos tido “Hollywood” também da sua autoria. Desta vez, a série é protagonizada por Sarah Paulson, com quem já trabalhou em “American Horror Story”.

A série é inspirada no livro e no filme de “One Flew Over the Cuckoo’s Nest”, visto que acaba por explorar o passado da personagem já conhecida de Mildred Ratched, interpretada aqui por Sarah Paulson.

Vou essencialmente falar do primeiro episódio que acredito que é o que vos vai fazer continuar a ver esta série ou talvez vai simplesmente fazer com que vocês percebam que não é a vossa onda.

“Ratched” passa-se perto dos anos 50 e logo nos primeiros minutos acontece um homicídio sem grandes explicações, percebemos o porquê mas não sabemos mais nada. Também conhecemos logo o assassino e mais tarde percebemos qual vai ser o seu destino. Passamos a conhecer Mildred a chegar à cidade de Lucia e a candidatar-se para ser enfermeiro no hospital psiquiátrico de referência, pioneiro em experiências que envolvem a mente humana e que vai receber o “homicida do Clero”, o Edmund Tolleson, sendo que ele vai ser importante para a narrativa da série (e o ator Finn Wittrock também já trabalhou com Sarah e Ryan em “American Horror Story”).

RATCHED (L to R) SARAH PAULSON as MILDRED RATCHED and JON JON BRIONES as DR. RICHARD HANOVER in episode 101 of RATCHED Cr. COURTESY OF NETFLIX © 2020

Percebemos rapidamente que embora não vamos concordar com algumas ações de Mildred, que as vamos perceber ao longo da série. Acho que a Sarah Paulson foi bem escolhida para este papel porque confere seriedade, mistério e é difícil de ler no sentido em que ficamos sem perceber logo ao início se ela tem uma pontada de bondade ou se é realmente má (para quem não conhece o filme). E os outfits dela são demais, especialmente o vestido amarelo que utiliza logo no primeiro episódio.

Para além de Mildred e Edmund, existem outros personagens que vão ter desenvolvimentos ao longo dos oito episódios da série como a enfermeira chefe Betsy Bucket (Judy Davis), o Dr. Hanover (Jon Jon Briones) ou ainda o governador George Wilburn (Vincent D’Onofrio) e Gwendolyn Briggs (Cynthia Nixon), fazendo com que a narrativa se expanda para além de Mildred mas estando sempre relacionada com a mesma.

Os figurinos, a cenografia e acima de tudo as cores fortes que utiliza (especialmente quando ela passeia no corredor do hospital e as luzes mudam para verde) para mostrar o mood em que a personagem está ou enquadrada na cena em si, o que a meu ver dá logo um misticismo à série.

Mas é como digo, o primeiro episódio não é muito preenchido de acontecimentos, tem algumas coisas mas não tem um fator WOW. Porém, acho que ajuda muito a prender quem gosta de uma série virada mais para o mistério, crime e drama e pelo menos, deixou-me com vontade de continuar a ver para perceber se realmente é mais uma boa produção de Ryan ou se ficou pelo caminho.

Estreia dia 18 de setembro na Netflix.

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