“Ratched” é a nova série de Ryan Murphy na Netflix, depois de ainda este ano já termos tido “Hollywood” também da sua autoria. Desta vez, a série é protagonizada por Sarah Paulson, com quem já trabalhou em “American Horror Story”.
A série é inspirada no livro e no filme de “One Flew Over the Cuckoo’s Nest”, visto que acaba por explorar o passado da personagem já conhecida de Mildred Ratched, interpretada aqui por Sarah Paulson.
Vou essencialmente falar do primeiro episódio que acredito que é o que vos vai fazer continuar a ver esta série ou talvez vai simplesmente fazer com que vocês percebam que não é a vossa onda.
“Ratched” passa-se perto dos anos 50 e logo nos primeiros minutos acontece um homicídio sem grandes explicações, percebemos o porquê mas não sabemos mais nada. Também conhecemos logo o assassino e mais tarde percebemos qual vai ser o seu destino. Passamos a conhecer Mildred a chegar à cidade de Lucia e a candidatar-se para ser enfermeiro no hospital psiquiátrico de referência, pioneiro em experiências que envolvem a mente humana e que vai receber o “homicida do Clero”, o Edmund Tolleson, sendo que ele vai ser importante para a narrativa da série (e o ator Finn Wittrock também já trabalhou com Sarah e Ryan em “American Horror Story”).
Percebemos rapidamente que embora não vamos concordar com algumas ações de Mildred, que as vamos perceber ao longo da série. Acho que a Sarah Paulson foi bem escolhida para este papel porque confere seriedade, mistério e é difícil de ler no sentido em que ficamos sem perceber logo ao início se ela tem uma pontada de bondade ou se é realmente má (para quem não conhece o filme). E os outfits dela são demais, especialmente o vestido amarelo que utiliza logo no primeiro episódio.
Para além de Mildred e Edmund, existem outros personagens que vão ter desenvolvimentos ao longo dos oito episódios da série como a enfermeira chefe Betsy Bucket (Judy Davis), o Dr. Hanover (Jon Jon Briones) ou ainda o governador George Wilburn (Vincent D’Onofrio) e Gwendolyn Briggs (Cynthia Nixon), fazendo com que a narrativa se expanda para além de Mildred mas estando sempre relacionada com a mesma.
Os figurinos, a cenografia e acima de tudo as cores fortes que utiliza (especialmente quando ela passeia no corredor do hospital e as luzes mudam para verde) para mostrar o mood em que a personagem está ou enquadrada na cena em si, o que a meu ver dá logo um misticismo à série.
Mas é como digo, o primeiro episódio não é muito preenchido de acontecimentos, tem algumas coisas mas não tem um fator WOW. Porém, acho que ajuda muito a prender quem gosta de uma série virada mais para o mistério, crime e drama e pelo menos, deixou-me com vontade de continuar a ver para perceber se realmente é mais uma boa produção de Ryan ou se ficou pelo caminho.
Estreia dia 18 de setembro na Netflix.