A RTP2 transmitiu a oitava cerimónia dos Prémios Sophia, que decorreu no Casino Estoril. Estes prémios são uma homenagem ao que se faz na área do cinema em Portugal. Apresentados pela Academia Portuguesa de Cinema, têm o nome da poetisa e escritora portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen.
A noite passada, no dia 17 de setembro de 2020, foi transmitida a cerimónia dos Prémios Sophia 2020. A gala foi apresentada pelas atrizes Ana Bola e Joana Pais de Brito.
“A Herdade”, o filme de Tiago Mendes que causou furor em festivais internacionais de cinema, arrecadou sete galardões (num total de quinze nomeações), nomeadamente o sophia de melhor filme, melhor realização, melhor argumento original, melhor montagem, melhor fotografia, e também com destaque para as interpretações femininas, com Sandra Faleiro (melhor atriz) e Ana Vilela Costa (melhor atriz secundária).
Paulo Branco, o produtor do filme, subiu ao palco, porém, não aceitou levar o prémio e, em vez disso, teceu algumas palavras sonantes acerca da necessidade do trabalho em equipa:
“(…) Não levo o prémio, levarei para o ano se alguma coisa mudar entre nós todos. “Não vamos a lado nenhum se for assim. Não podemos exigir às instituições se entre nós não mudarmos completamente a maneira como nos olhamos uns aos outros. Há espaço para tudo, para os maus, para os medíocres e para os bons (…)”.
Para além de “A Herdade”, o outro filme que também deu que falar entre os vencedores foi “Variações”, de João Maia, que venceu igualmente sete prémios, com destaque para melhor performance masculina – Sérgio Praia e, adicionalmente, para Filipe Duarte (que, infelizmente, faleceu no passado mês de abril) na categoria de melhor ator secundário.
Em adição aos prémios que venceu pelo seu trabalho em “A Herdade”, Tiago Guedes partilhou ainda a vitória com Tiago Rodrigues na categoria de melhor argumento adaptado por “Tristeza e Alegria na Vida das Girafas”.
No que toca ao prémio de melhor documentário, foi entregue a Jorge Pelicano por “Até que o Porno Nos Separe”. Já “Diamantino”, filme protagonizado por Carloto Cotta, triunfou na categoria de melhor caraterização.
O prémio carreira foi entregue a Alfredo Tropa, António-Pedro Vasconcelos e Fernando Matos Silva, enquanto que Ricardo M. Leite, da Escola Superior de Media Artes e Design, recebeu o sophia estudante.