Home FilmesCinemaPredator: Badlands – Crítica Filme

Predator: Badlands – Crítica Filme

by Miguel Revel

Nos últimos anos a saga Alien tem vindo a dividir os fãs com filmes como “Alien: Covenant” ou a série “Alien: Earth”. Mas por sua vez, a saga Predator tem conseguido reavivar e unir a sua base de fãs com o premiado nos Emmys “Prey” e a animação “Predator: Killer of Killers”. Ambos estreados na Disney+, mas acima de tudo, ambos criados por Dan Trachtenberg, agora a fundo na saga Predator, mas já aclamado por “10 Cloverfield Lane” e o episódio Playtest de “Black Mirror”, e que apresenta neste final de ano “Predator: Badlands”.

A receita consiste em apresentar algo nunca antes feito na saga, com personagens sólidas e uma história que misture aventura e thriller. “Prey” é o mais antigo na cronologia, antes de todos os outros filmes da saga, nas grandes planícies americanas onde viviam os povos nativos em 1700. “Killer of Killers” atravessa 3 épocas com a Escandinávia do séc. IX, o Japão feudal e a batalha do Pacífico na Segunda Guerra Mundial.

© 20th Century Studios

Por sua vez, “Predator: Badlands” foi inicialmente desenvolvido como o primeiro filme da saga a fazer do Predator o herói em vez do vilão, numa história que o colocaria a matar nazis na Segunda Guerra Mundial. Mas Trachtenberg considerou que faltava um ângulo único ao filme, o tal elemento de nunca antes visto. Portanto, manteve o protagonista como herói mas mudou o cenário para o futuro num outro planeta, situando Badlands algures 300 anos à frente de qualquer outro filme da saga Predator, mas bem no meio da cronologia da saga Alien. Posicionando potencialmente este protagonista no centro de um futuro filme Alien vs Predator, contra o vilão de “Alien: Romulus” se a Disney e a 20th Century Studios assim desejarem.

“Predator: Badlands” tem no seu centro a história de um jovem Predator que quer provar ao irmão que está ao nível dos membros do seu clã e que para isso vai enfrentar o maior predador do planeta mais perigoso. Chegado ao destino descobre que a tarefa vai ser mais complicada e terá a ajuda de uma robô sintética da Weyland-Yutani, danificada durante uma tentativa de capturar a maior espécie predadora do planeta. O enredo parece simples, mas é o desenvolvimento do arco emocional das personagens e os cenários que os rodeiam, que elevam este “Predator: Badlands” a uma aventura de qualidade e com uma escala que merece ser experienciada no cinema.

© 20th Century Studios

A dupla protagonista de Dimitrius Schuster-Koloamatangi e Elle Fanning funciona muito bem num dueto improvável vindo de duas culturas tão diferentes que o confronto de perspetivas dá lugar tanto a humor como a reflexões sobre o modo de vida do clã, que apesar de uma tecnologia tão avançada continua a viver sob tradições tão arcaicas. E é nisso que Dan Trachtenberg revela os seus pontos fortes. Estamos perante um realizador que entende o que a saga Predator precisa, entre o que o público quer agora, e o que resistirá à passagem do tempo e a múltiplas sequelas, prequelas e spin-offs que os produtores desejarem.

7.5/10

Related News

Leave a Comment

-
00:00
00:00
Update Required Flash plugin
-
00:00
00:00