Home Novidades “Parasite”, de Bong Joon-Ho, triunfa no Festival de Cannes

“Parasite”, de Bong Joon-Ho, triunfa no Festival de Cannes

by João Pedro

Pelo segundo ano consecutivo, a Palme d’Or do Festival de Cinema de Cannes foi atribuído a uma produção asiática. Em 2018, o prémio foi entregue a “Shoplifters” e, agora, o vencedor homenageado foi “Parasite”, de Bong Joon Ho.

Este ano, o Festival de Cinema Cannes testemunhou um momento histórico. O júri, liderado por Alejandro G. Inarritu, atribuiu a Palme d’Or a “Parasite” e, desta feita, Bong Joon-ho tornou-se o primeiro realizador Coreano a alcançar o feito.

A longa-metragem retrata o drama das desigualdades sociais. “Muito obrigado, Sinto-me muito honrado, sempre me inspirei muito no cinema francês, agradeço a Henri-Georges Clouzot e Claude Chabrol”, afirmou Bong Joon-ho.

The Grand Prix, o segundo prémio do júri, foi entregue a Mati Diop, por “Atlantics”. Baseado num documentário que Diop concebeu em 2009, “Atlantics” aborda o tema em torno dos refugiados.

Antonio Banderas triunfou na categoria de Melhor Ator pela sua performance em “Dolor y gloria”, de Pedro Almodóvar. Adicionalmente, Emily Beecham recebeu o prémio de Melhor Atriz pelo seu trabalho em “Little Joe”, de Jessica Hausner.

The Jury Prize, que simboliza essencialmente o terceiro lugar da competição, foi compartilhado por “Les Miserables” (Ladj Ly) e “Bacurau” (Kleber Mendonca Filho e Juliano Dornelles). Por conseguinte, perante um ano com tamanhas produções de qualidade, o júri optou por premiar o máximo de filmes possível. Adicionalmente, foi também criado um prémio “menção especial” para “It Must Be Heaven”, de Elia Suleiman.

Numa decisão um tanto ou quanto surpreendente, o prémio de Melhor Realização foi entregue aos irmãos Dardenne, por “Young Ahmed”, um retrato sobre a radicalização de um adolescente muçulmano.

Relativamente à categoria de argumento, a vencedora foi Celine Sciamma, que escreveu “Portrait of a Lady on Fire”. O filme, cujo o enredo gira em torno de um romance lésbico, foi dos mais aclamados do festival.

No que toca à Camera d’Or, foi entregue a “Our Mothers”, de Cesar Diaz. A longa-metragem foi exibida na seção independente da Semana Internacional da Crítica.

Inarritu, o presidente do júri, foi um dos seis cineastas que constituíram o painel de nove personalidades. Por conseguinte, os restantes realizadores presentes foram Pawel Pawlikowski, Kelly Reichardt, Robin Campillo, Yorgos Lanthimos e Alice Rohrwacher, com o painel a ser preenchido pela atriz Elle Fanning, a autora Enki Bilal e a atriz Maimouna N’Diaye.

De entre os vinte e um filmes na competição principal, surgiram também “Once Upon a Time … in Hollywood”, de Quentin Tarantino, “The Dead Don’t Die” de Jim Jarmusch, “A Hidden Life” de Terrence Malick, “Frankie”, de Ira Sachs “Frankie”, “Matthias & Maxime”, de Xavier Dolan, “Sorry We Missed You”, de Ken Loach, “The Whistlers”, de Corneliu Porumboiu e “Mektoub, My Love: Intermezzo”, de Abdellatif Kechiche.

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