Pam & Tommy é uma das grandes apostas para o início do mês de fevereiro na Disney+ e não vai deixar ninguém indiferente aquela que foi a cassete que revolucionou o mundo da internet e da pornografia.
Todos conhecem a Pamela Anderson, a famosa atriz de Baywatch, e certamente muitos terão acompanhado o seu casamento com Tommy Lee nos anos 90, que aconteceu apenas 96 horas depois de se conhecerem. Mas algo marcou-os de uma forma inesperada, que foi toda a polémica à volta da sex tape roubada da casa do baterista que deu que falar.
Passo a informar desde já que esta crítica não tem spoilers e que não devem ver esta série com crianças, apesar da sua estreia na Disney+. Há cenas de sexo, de nudez, entre outras e, como tal, o alerta tem de ser deixado.
A série é inspirada então no roubo dessa cassete mas consegue ir muito para além disso, porque nos mostra um pouco da vida de Pam e Tommy e de toda a sua relação mas claro, também do que eles poderão ter sentido na altura quando a cassete viralizou (à moda dos anos 90, quando a Internet ainda era uma incógnita) e as consequências do ato de Rand, especialmente para Pamela, como mulher e com uma carreira pela frente. Os primeiros episódios prendem-nos logo e vão deixar o espetador a sofrer com os episódios semanais. Mas digo-vos que vale muito a pena esperar!
Há episódios mais longos do que outros mas todos têm um ritmo muito bom, sem aqueles momentos aborrecidos quando se está a contar uma história, mas sim daqueles que nos trazem igualmente uma boa dose de entretenimento.
Mas temos de falar dos grandes destaques desta série: os seus protagonistas. Lily James e Sebastian Stan estão estrondosos nas suas interpretações. Já sabemos que ambos são atores talentosos mas o que nos entregam aqui é maravilhoso de se ver porque levam o seu próprio talento a outro nível, desaparecendo para assumirem os papéis de Pamela e Tommy.
Como dizia, Lily James transforma-se completamente em Pamela Anderson, seja na aparência como na própria maneira de se assemelhar a Pamela na forma de falar, maneirismos e expressões. Toda a maquilhagem merece um grande aplauso porque, para que Lily se torne em Pamela, teve de se sentar na cadeira às 3h e meia da manhã, estar lá quatro horas para depois sair completamente diferente com um visual que tem de durar, pelo menos, 10 horas de gravações, como os atores nos contam em várias entrevistas.
No que toca a Sebastian Stan, a energia que ele nos entrega com o seu Tommy é contagiante. Podem até não aprofundar muito a personagem dele mas sem dúvida que nos sentimos contagiados pela mesma, querendo ver mais do que Sebastian tem para nos dar. É, para mim, a performance da carreira dele até ver! E a química dos dois é incrível, ninguém diria que estavam a representar outras pessoas porque flui tudo tão naturalmente, que podia nem ser uma minissérie mas sim um documentário.
Seth Rogen e Nick Offerman também são parte integrante da série e também se destacam em papéis mais secundários e Craig Gillespie, com o seu trabalho de realização, entrega-nos mais uma vez uma história real empolgante e inebriante, como já o tinha feito em I, Tonya ou até mesmo em Cruella (embora não fosse real).
Não me vou alongar mais até porque esta série é mesmo daquelas que têm de ter a experiência completa, sem grandes informações do que se passou ou do que virá. Está mais do que recomendada e sem dúvida que ninguém vai ficar indiferente tanto a Lily James e a Sebastian Stan, como também a esta história. Chega amanhã, dia 2, à Disney+ e conta com episódios todas as semanas.