Tudo tem um fim e Ozark não é diferente. A série prepara-se agora para encerrar mais um capítulo com a primeira parte da 4ª e última temporada, com 7 episódios, que são lançados esta sexta-feira, dia 21 de janeiro, na Netflix.
Acho que a pergunta que vamos todos querer ver respondida é efetivamente se a família Byrde se consegue safar depois de 3 temporadas bastante intensas. Se a vemos ver respondida nesta primeira parte? Todos sabemos que não, porque a mesma serve para preparar o caminho para o grande desfecho.
Não tinha visto Ozark até ao final da 3ª temporada, nem sequer até ao fim da 1ª temporada. Mas comprometi-me a ver, agora que a série vai acabar e agora sim, percebo todas as nomeações para prémios, especialmente no que toca ao ponto da representação que é onde esta série encontra a sua maior virtude na envolvência toda deste drama policial criado em 2017.
Não me cabe a mim falar das 3 temporadas que ficaram para trás, porque isso já podem ler em Ozark O dinheiro é, na sua essência, a medida das escolhas de um homem, onde vão encontrar uma crítica sem spoilers mas que demonstra bem que quando se começa a ver esta série, é muito complicado parar.
Mais uma vez, temos uma representação muito boa de Laura Linney como Wendy Byrde que vai ganhando destaque de temporada para temporada, destaque esse ganho gradualmente e não de uma forma repentina, porque vamos vendo uma evolução na sua personagem e na maneira como ela encara a sua situação e a da sua família. Se analisarmos bem o primeiro episódio da 1ª temporada e o primeiro da 4ª temporada, percebemos que é uma Wendy totalmente diferente.
Claro, Jason Bateman continua a provar que este papel de Martin Byrde foi mais do que merecido, assim como o de realizador de alguns episódios, tendo em conta que até foi ele que realizou o primeiro desta nova temporada. Há que começar da melhor maneira não é? Toda a dinâmica que ele tem com Laura é fantástica de se ver porque são os dois grandes atores e ver este casal em cena é sempre um ponto alto.
E não me posso esquecer da Julia Garner que tem sido uma surpresa constante com a sua Ruth Langmore, tanto que nem a vejo como uma personagem secundária nesta série porque tem ganho tanto destaque que já se tornou mesmo numa das personagens principais, tendo ela própria um grande desenvolvimento ao longo destes 5 anos.
Nesta 1ª parte, nota-se que estamos a preparar o terreno para o desfecho que chegará, esperamos nós, no final de 2022, especialmente depois do final do último episódio da 3ª temporada. Na mesma, vamos percebendo que há alguns padrões que se repetem com algumas personagens (com os filhos dos Byrde, por exemplo) mas também há algo que a série nos habituou a dar sempre que é novas narrativas, seja das personagens que tão bem conhecemos ou de personagens novas. Por isso é que acho que no fundo, está tudo pensado, caso contrário esta temporada não teria mais 4 episódios do que o habitual nas outras temporadas de Ozark, que são 10 episódios. Por isso, acho que isto vai dar espaço à série para preparar o final e dar aos fãs da série as respostas que procuram.
Se a 4ª temporada vai ser a melhor temporada da série? Como podem perceber, ainda não vos consigo dar essa resposta. Mas estar à altura da temporada antecessora, vai ser um trabalho árduo que esta primeira parte mostra que provavelmente vão conseguir, pelo menos, manter a qualidade que a série nos tem vindo a entregar.