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Only the Brave: Para o fogo, tudo é combustível

by Beatriz Silva
Only The Brave

Em Portugal, viveram-se momentos de agonia em que vimos inúmeras aldeias a arder e pessoas a morrer encurraladas. Juntámo-nos para dar valor àqueles que se meteram e metem-se constantemente à frente do monstro que queima tudo por onde passa para salvar o máximo número de pessoas que conseguissem, mesmo que isso implicasse perderem a sua. Os bombeiros, seja qual for a dimensão do fogo, estejam eles onde estiverem, são heróis.

E são eles que são retratados no filme Only the Brave, baseado na história dos Granite Mountain Hotshots que se puseram à frente do fogo inúmeras vezes mas, infelizmente, ao combater o incêndio de Yarnell Hill em 2013 morreram 19 bombeiros desta força especial, antes chamada de Brigada 7.

Apenas Brendan McDonough (Miles Teller) sobreviveu para contar a história dos seus colegas, que o acolheram numa das fases mais difíceis da sua vida, em especial Eric Marsh, o super intendente da brigada (Josh Brolin), que foi quem lutou para que eles conseguissem a certificação de força especial.

Faziam parte daquela comunidade mais 18 bombeiros: Jesse Steed (James Badge Dale), Andrew Ashcraft (Alex Russell), Travis Carter (Scott Foxx), Robert Caldwell (Dylan Kenin), Dustin DeFord (Ryan Busch), Grant Mckee (Sam Quinn), Chris MacKenzie (Taylor Kitsch), Sean Misner (Kenny Miller), Wade Parker (Ben Hardy), John Percin Jr. (Nicholas Jenks), Anthony “Baby-G” Rose (Jake Picking), Joe Thurston (Matthew Van Wettering), Travis Turbyfill (Geoff Stults), William Warneke (Ryan Jason Cook), Clayton Whitted (Scott Haze), Kevin Woyjeck (Michael McNulty) e Garret Zuppiger (Brandon Buch).

Sabemos que o fogo está lá e que é o principal inimigo destes 20 homens mas o que importa neste filme é tudo o que está ao redor: desde o treino deles com simulações do que era estar numa situação de pânico em que se tinham de abrigar em poucos segundos, a passar pelo trabalho em campo (como controlavam o fogo, etc) e o que vinha depois do trabalho que eram as suas famílias que ficavam aliviadas de eles voltarem mais um dia são e salvos a casa, sabendo que no dia a seguir, se iria repetir o sentimento de angústia e incerteza.

Temos vários momentos em que vemos a interação deles com as mulheres mas a relação que se destaca mais é Amanda Marsh (Jennifer Connelly), mulher de Eric, porque acompanhamos a maneira como ela lida com a profissão do marido e com o passado dele.

I’ve had to learn to live my life without needing you, and now you’re pissed at me? 

Joseph Kosinski fez um bom trabalho ao pegar numa história tão dolorosa num filme que pode ser considerado de guerra como é de história, por toda a intensidade e emoção que esta história tão real e próxima de cada um de nós traz. O fatídico dia 30 de Junho de 2013 foi uma das grandes perdas de bombeiros a seguir do 11 de Setembro nos EUA. É um filme que retrata como é que a vida de tanta gente está na mão de tão poucos e como o que importa não é o que está à frente deles, mas sim quem está ao seu lado, a lutar com eles.

É um filme intenso e que puxa a lágrima ao canto do olho, principalmente quando no final mostram os actores e as pessoas que eles interpretaram ao som de Hotshots e, como tal, deve ser visto, por simbolizar uma das catástrofes da Natureza e como é que isso pode tirar tanta coisa em tão pouco tempo.

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