A série original da STAR, Only Murders in the Building, chega à Disney+ no dia 31 de agosto e vai deixar qualquer fã de mistério e crime a querer descobrir quem é o culpado!
Se formos olhar para a tradução da série em português, “Homicídios ao Domicilio”, mais parece que vamos acompanhar uma empresa de assassinos que vão cometendo uns homicídios aqui e ali a pedido. Por isso, vou-me manter com o título original Only Murders in the Building porque tendo em conta o contexto da história, não acho que seja a tradução em português seja realmente a mais fiel.
Vamos então até prédio Arconia, situado em Nova Iorque, onde conhecemos em separado três residentes desse prédio: Charles, um ex-ator que vive sozinho e não gosta muito de conviver com pessoas; Oliver, um ex-realizador/produtor que vive na sombra dos seus espetáculos falhados; e Mabel, uma rapariga recém chegada mas que traz mais bagagem do que poderiam imaginar. Quando ocorre um homicídio no prédio, os três vizinhos acabam por perceber que gostam do mesmo podcast de crime e assim nasce uma bela amizade… e um novo trio de detetives prontos a encontrarem o assassino.
Já todos conhecem a dinâmica entre Martin Short e Steve Martin no que toca à comédia, tendo já feito alguns filmes juntos como o “Father of the Bride” ou os “Three Amigos” e sendo reconhecidos também individualmente neste género. Selena Gomez é o terceiro elemento, voltando a aparecer no grande ecrã passados 2 anos, desde que fez o filme com Woody Allen, “Um Dia de Chuva em Nova Iorque” (depois disso ela só deu voz a algumas personagens).
Os três juntos acabam por ter uma interação que me surpreendeu porque não estava à espera que corresse tão bem. Claro que não é uma comédia de chorar a rir, nem acho que isso faria sentido sinceramente mas, inevitavelmente, também eu fui tentando resolver o crime através das suas pistas. E acredito que a Selena Gomez pode vir a ter boas oportunidades no mundo da representação depois desta série.
Gostei também do que fizeram a nível do som, seja com a banda sonora e com a música que dá vida ao genérico mas que é bastante utilizada durante algumas cenas, assim como o efeito do som no sétimo episódio (não vou dar spoilers) que faz com que fiquemos totalmente imersos apenas na representação dos atores.
Embora esta crítica tenha só como referência oito dos dez episódios, o que significa que o final para mim também está totalmente em aberto, posso dizer que vi a série num ápice. Cada episódio tem 30 minutos (que parecem ligeiramente mais longos) em que, quando chegamos aos últimos minutos, queremos logo ver o próximo episódio para saber o que vai acontecer a seguir.
É uma série leve e divertida e com um bom mistério à mistura, mas tudo em doses equilibradas que vocês têm mesmo de acrescentar à vossa watchlist!
*nota dada com base em 8 episódios*