Home FilmesCinema “Maleficent: Mistress of Evil”: Angelina Jolie continua a ser o ponto alto do filme

“Maleficent: Mistress of Evil”: Angelina Jolie continua a ser o ponto alto do filme

by The Golden Take

Cinco anos depois da estreia do primeiro filme de Maléfica, chega agora aos cinemas a sequela, “Maléfica: Mestre do Mal” (Maleficent: Mistress of Evil) que conta novamente com Angelina Jolie e Elle Fanning.

Se no primeiro filme, tínhamos a história inspirada no famoso conto de “A Bela Adormecida” com a maldição do sono de Aurora lançada por Maléfica, agora temos algo completamente diferente porque já passámos essa fase.

Desta feita, temos Aurora (Elle Fanning), rainha de Moors, que aceita o pedido de casamento de Prince Phillip (cujo ator já nem é o mesmo do primeiro filme), unindo assim dois reinos, e vemos Maléfica a não concordar muito com a ideia mas a dar o benefício da dúvida ao rei e rainha de Ulstead, John (Robert Lindsay) e Ingrith (Michelle Pfeiffer). A rainha consegue esmiuçar tanto Maléfica que faz com que ela se irrite e lance os seus poderes. Na sequência destes acontecimentos, o rei é amaldiçoado e claro, toda a gente acredita que foi a Mestre do Mal, tentando derrubá-la de vez.

Nota-se que Maléfica 2 evoluiu muito mais a nível de efeitos especiais com paisagens e criaturas bem feitas e com uma banda sonora boa a acompanhar os dois lados da história. O essencial, diria, para criar aqui o aspecto mais mágico da história.

A própria Angelina Jolie mostra que, mesmo passados 5 anos, ainda é a melhor escolha para interpretar a personagem principal. O seu tom mais sarcástico em alguns momentos e a sua elegância nos movimentos quando Maléfica lança os seus poderes encaixam muito bem na representação da atriz, o que ajuda a puxar este filme para cima.

Não é dos melhores papéis de Michelle Pfeiffer e também não é das melhores vilãs de sempre mas para o filme que é, fez o que lhe competiu, mas os motivos da própria acabam por ser tão fracos que fazem com que o argumento por si só fique pobre. Eram precisos argumentos mais fortes.

Elle Fanning continua a interpretar Aurora com a doçura e inocência que lhe estão associadas, mas sinto que a história deste filme exigia outro tipo de representação por parte da jovem atriz, tanto a nível pessoal, visto que ela já não é a Aurora de há 5 anos, mas também na sua relação com Prince Phillip (Harris Dickinson).

A história realmente ficou mais aquém, visto que houve alguns momentos que não tiveram muita “lógica” e inclusive na parte em que ficamos a saber quem é efetivamente Maléfica… continuamos na ignorância de certa forma porque acaba por não ser explorado a fundo. Num dos momentos finais em que vemos concretamente o quão poderosa ela é,  continuamos sem perceber totalmente a dimensão disso, o que é pena, porque teria sido um ângulo bastante interessante – vou explicar assim porque falar muito mais seria dar spoilers.

Provavelmente é uma sequela que não precisava de ser feita, especialmente tanto tempo depois em que quase já não nos lembramos do que aconteceu no primeiro filme e com isto, e até percebo, as críticas podem revelar-se cépticas em relação a este. Mas visto que acima de tudo é um filme da Disney que está pensado para os mais novos, se eu tivesse menos uns anos, provavelmente ia gostar mais do mesmo – embora a parte final do filme não seja tão adequada.

Quando digo que é para os mais novos, baseio-me especialmente num facto: teoricamente e segundo a história que conhecemos, a Maléfica é a vilã e aqui de certa forma a personagem é construída para sentir um amor enorme por uma humana, que a fim ao cabo é a “espécie” que a quer derrubar e tudo está predisposto para que se resolva num instante e à base do amor. Porque afinal de contas, não seria um final feliz sem isso.

A verdade é que se calhar não vai chegar tanto às pessoas mais velhas, embora a Disney faça sonhar qualquer pessoa de qualquer idade, mas vai entreter os mais novos porque é um filme repleto de aventuras. Quero acreditar que é o encerrar desta história porque não vale a pena continuar a espremê-la mais, porém, já se devia saber que nem sempre isso acontece.

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