Baseado no famoso livro com o mesmo nome da Colleen Hoover, “It Ends With Us” conta-nos a história de Lily Bloom (Blake Lively), uma jovem de 23 anos que acabou de se mudar para Boston para abrir a sua loja de flores, o sonho da sua vida. Durante este processo, acaba por encontrar Ryle Kincaid (Justin Baldoni) onde, num jogo de amores e “Flirts” variados, acaba por se envolver com o mesmo.
Esta minha análise/crítica do filme vai se basear inteiramente no filme, visto que nunca li nenhum livro da escritora, especialmente este, nem vi nenhum trailer sobre o filme. E onde é que isto é importante? É importante no facto que eu não sabia nada sobre o que ia acontecer no filme, o que fez a minha reação ser um bocado atrapalhada consoante o gênero de filme que estava a assistir.
Assim que coloquei os pés no cinema, esperava ver um filme da espécie do “After” ou talvez “50 sombras de Grey”. Os posters, comentários e reações de amigos, fizeram-me levar a este pensamento. Mas, como é óbvio e provavelmente você que já viu o filme ou é fã deste tipo de obras e está-se a rir completamente de mim e sabe, eu estava completamente errado.
O filme apesar de se inspirar na qualidade dos filmes que referi acima, é com certeza impactante no tema abordado. Eu com certeza saí do cinema com um murro no estômago. Embora não tenha saído satisfeito, com certeza foi um tema que nunca pensei ter visto neste tipo de filmes. E para completar este choque, mal saí do cinema e comentei com amigos sobre o mesmo, eles revelaram-me que esta é uma história que aconteceu com a escritora. O que só me fez levar mais um soco no estômago.
Justin Baldoni and Blake Lively star in IT ENDS WITH US.
Mas falando mais criticamente acerca do filme, os principais erros do longa é com certeza a pressa que o realizador (Justin Baldoni aka Ryle Kincaid) tem em demonstrar certas cenas. O filme começa logo com este erro, e para mim dos mais cruciais: o 1º ato começa extremamente atrapalhado sem explicar nada com nada, e apresenta o relacionamento dos nossos “protagonistas” da pior forma possível.
Um pontapé na cadeira demonstrando logo a agressividade do sujeito, foi o suficiente para a personagem da Blake Lively ficar logo interessada nele enquanto fazia o luto do seu pai (isto tudo nos primeiros 5 minutos do filme). Apesar do filme tentar dar explicações como, a perda de um paciente do neurocirurgião para explicar a raiva causada, nada fará explicar como é que duas pessoas em luto (de diferentes formas) conseguem ter logo pensamentos “a la” After, em menos de 1 minuto.
No entanto, a partir do 2º ato a coisa consegue melhorar. Honestamente, é aqui que o filme começa realmente. Durante estes momentos, o filme entra a passo lento a explicar aos poucos e por meio de falas e conversas entre personagens, a verdadeira história que iremos assistir. Ficamos a conhecer o primeiro amor de Lily, Atlas (Brandon Sklenar), que volta a aparecer na vida dela colocando o confronto de amor na vida de Lily.
Blake Lively and Brandon Sklenar star in IT ENDS WITH US.
Redescobrindo um amor esquecido e amando o seu, agora, marido Ryle, Lily entra num confronto consigo mesmo. Apesar disto, o próprio guião “ajuda” a protagonista a tomar uma decisão acertada, visto que a agressividade de Ryle vista no primeiro ato volta a atacar, mas desta vez, ataca Lily. Aqui começou o meu choque perante a narrativa da coisa.
O filme no geral acaba por ser mais impactante, para mim, por causa do tema e da narrativa presente, mas especialmente pelo efeito surpresa que o mesmo causou em mim. Todavia, o mesmo comete imensos erros, pecando muito no inicio que depois não se compensa por inteiro no restante filme. É mais um filme mediocre, com uma parte técnica aceitável especialmente na parte da sonorização onde encontramos uma banda sonora bem composta, com talentos como: Harry Styles, Conan Grey, Ed Sheeran, Cigarettes after Sex e… a grande amiga da Blake Lively, Taylor Swift.
