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I Am Not Okay With This T1: Uma boa surpresa

by Beatriz Silva

I’m Not Okay With This é a mais recente série original da Netflix, estreada no passado dia 26 de fevereiro. Foram muitas as expetativas criadas para esta série é dos produtores de Stranger Things e do realizador de The End of the F***in World. A primeira temporada conta com 7 episódios.

Começo esta crítica por referir que após ter visto a série, falei com outras pessoas que apresentaram opiniões opostas sobre a mesma: houve os que gostaram muito e os que esperavam mais do que a série entregou. Eu estou no meio.

“I’m Not Okay With This” apresenta-nos Sydney, a adolescente protagonista desta história: uma rapariga solitária, que ainda não sabe lidar bem com as perguntas que ficaram sobre o mais suicídio do seu pai, e que discute com a mãe por coisas como ter de tomar conta do irmão mais vezes do que o esperado.

É amiga de Dina desde que se mudaram as duas para cidade e cria do nada uma relação com o seu vizinho Stanley Barber, com o qual nunca tinha falado. Tirando estes dois alicerces, Sydney não se dá muito a conhecer mas tudo o que se passa na vida dela vai despoletando reações de medo, de confusão, de vergonha e de raiva que acabam por se transformar em situações estranhas que, por sua vez, levam à descoberta dos seus super poderes.

© Courtesy of Netflix

Sou honesta, ver os primeiros episódios estava a ser complicado devido às inúmeras semelhanças a The End of the F****n World principalmente. Não estava a conseguir não fazer comparações com a mesma porque gostei bastante dela. Mas não é só com essa série que se encontra semelhanças, também Stranger Things é uma referência e filmes como Carrie e The Breakfast Club.

Com isto, não quero dizer que é porque o argumento não é cativante ou assim, foi apenas não querer ver esta série como uma junção de várias mas sim como algo separado, algo original. Acabei por dar o benefício da dúvida, porque eu tinha realmente expetativas altas para a série, até porque lá está, é impossível não haver essas semelhanças tendo em conta que os produtores das séries mencionadas são os mesmos. Assim que consegui aceitar, comecei a conseguir ver mais facilmente.

Não fiquei totalmente convencida com Sophia Lillis, apesar de gostar imenso de vários trabalhos dela, sendo o mais recente IT. Não foi tanto do seu papel em si, mas o que realmente me incomodou foi o voz off. As reações que esperava da protagonista naquele momento e que eram possíveis de observar através da sua representação, de certa forma não se espelhavam totalmente na fala que ela tinha, especialmente na entoação.

Contudo, a sua interação com Wyatt Oleff, que foi seu colega também em IT, acabou por compensar visto que trabalham muito bem juntos e proporcionaram alguns momentos muito engraçados ao longo desta 1ª temporada.

A série também acaba por falar de tudo um pouco: poderes, bullying, homossexualidade, morte de um familiar, questões de aparência, entre outros, tudo coisas que de certa forma representam a vida de Sydney ou que podem trazer à tona os seus poderes incontroláveis e que trazem algumas consequências. O restante argumento vai-se construindo à medida que as coisas se vão passando e tem potencial para se tornar algo mais grandioso, porque para esta primeira temporada já trouxe uma pitada de sobrenatural, de mistério, de terror, drama e comédia.

© Courtesy of Netflix

Não querendo dar spoilers, o final deixou-me boquiaberta porque de todas as razões que tinha encontrado para ela aparecer ensanguentada mal começa a série, a que aconteceu realmente nunca me passou pela cabeça porque nunca achei que iriam por aí. Mas foi esse final que me fez ficar entusiasmada para o que aí vem porque sinceramente, foram 7 episódios de vinte minutos mas nos quais se sentiu muito aquela necessidade de ter algo mais para ver, visto que foi abordado tão pouco em tão pouco tempo, tanto a nível de outras personagens, como até da personagem principal.

Acho que lá está, se são fãs de The End of The F****n World e de Stranger Things, deviam ver esta série porque são bastantes as semelhanças nos assuntos e da maneira como os trata. É uma série também muito fácil e rápida de se ver, porque em 2 horas e pouco têm tudo despachado. Não acho que esta temporada tenha sido o créme de lá créme mas acredito que, visto que é baseada em comics, ainda tenha muito para dar.

Algumas semelhanças:

  • End of The F****n World – protagonista, que comunica em modo voz off, sem muitos amigos. Ela faz um amigo que não sabe bem o que sentir por ele e que também não tem muitos amigos
  • Stranger Things:
    • Cena com super poderes no supermercado como a Eleven
    • Like de Stanley como Dustin fez
  • Carrie na cena inicial e final
  • The Breakfast Club no castigo

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