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Hijack – Crítica Série

by João Borrega

A Apple TV volta a fazer das suas, oferecendo-nos Hijack, uma série que deveria ser bem mais valorizada do que está a ser.

Acompanhamos Idris Elba no papel de Sam Nelson, um negociador que se encontra num voo de 7 horas do Dubai para Londres, de modo a reconquistar a sua ex-mulher. Porém um grupo sequestra o avião e só ele consegue arranjar a solução para poder salvar as 216 pessoas a bordo.

Com cada episódio a simbolizar 1 hora de voo, Hijack é uma tensão constante, à medida que vamos vendo Elba a arranjar soluções para sabotar o plano dos sequestradores.

Menos focada em ação, esta é uma série terra-a-terra nas alturas. De forma até inesperada, a série é repleta de excelentes efeitos visuais e uma banda sonora que nos coloca à beira do sofá completamente vidrados.

No que toca a performances, todos os outros membros oferecem sólidas interpretações nos seus respetivos papéis. Mas é Idris Elba que mostra estar no seu ambiente natural, ao ser uma presença forte a transportar toda a série sem o mínimo de dificuldade.

A série divide-se entre os acontecimentos no avião e os processos de ajuda em terra, e é nesta divisão que a série perde um pouco o seu ritmo. Não é que não seja interessante os acontecimentos em terra, mas não são tão excitantes como o que está a ocorrer no avião.

Porém o derradeiro ponto fraco de Hijack são os seus últimos 10 minutos, que se revelam como um pensamento posterior e totalmente desenquadrado da restante série.

No fim de tudo, Hijack é uma surpreendente sólida aposta por parte da Apple. Os momentos na terra não chegam a convencer, mas os momentos nas alturas é do mais entusiasmante que a panóplia de apostas de streaming tem para oferecer este ano.

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