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Harry Potter e a Pedra Filosofal: Livro vs. Filme

by João Pedro

Nenhuma adaptação de livro para filme decorre na perfeição, todavia, existem muitos fãs de “Harry Potter” que consideram que “The Philosopher’s Stone”, o primeiro livro da saga, foi, de entre as sete, a adaptação cinematográfica que mais se aproximou desse estado de imaculada concepção. 

“Harry Potter and The Philosopher’s Stone” honrou a integridade do primeiro livro da saga do jovem feiticeiro da cicatriz em forma de raio. Sem o sucesso almejado nesse primeiro projeto, os restantes filmes nunca poderiam ter sido concebidos. Todavia, como não poderia deixar de suceder, o filme faz algumas alterações quando comparado ao material original. 

O Rapaz Que Sobreviveu 

O filme começa com a chegada de Harry a Privet Drive. Consequentemente, tudo o que sucede antes desse acontecimento no livro, acaba por ser omitido no filme.

No início do romance, Minerva McGonagall observava Vernon Dursley sob a forma de gato (o seu “Animagus”), antes do seu encontro com Dumbledore e Hagrid. Embora este acontecimento tenha sido omitido no filme, acaba por ser mencionado quando McGonagall expressa algumas objeções ao deixar Harry sob os cuidados de Dursley, quando afirma que “os viajou o dia todo”.

Dumbledore usa o Deluminator cinco vezes no filme, todavia, no livro, usa-o doze vezes. Assumindo que o número de lâmpadas na rua é o mesmo, sobram sete luzes apagadas no filme, efetuando assim uma referência clara ao Sete, um número simbólico em “Harry Potter”.

No filme, também não é efetuada a explicação sobre como Hagrid conseguiu a mota que surge no início. Todavia, no livro, Hagrid dá a resposta a essa pergunta (foi o “jovem Sirius Black”). 

No filme, quando Albus Dumbledore deixa Harry Potter à porta de casa dos Dursley, diz-lhe: “Boa sorte, Harry Potter”. No livro, apenas diz: “Boa sorte, Harry”. 

 

Visita ao Jardim Zoológico

No romance, quando quando Dudley conta os seus presentes, afirma que só existem trinta e seis, ou seja, menos dois que no ano anterior, embora Petunia (a sua mãe, e tia de Harry) mostre o presente que ele perdeu. No filme, é Vernon quem conta os presentes, e enquanto que a contagem permanece em trinta e seis, Dudley recebeu apenas trinta e sete presentes “no ano passado”, ao invés de trinta e oito.

Os Dursley não queriam que Harry fosse com eles ao jardim zoológico, mas acabam por ter de o levar porque não havia ninguém disponível para ficar com ele. 

No livro, os Dursley e Harry vão ao jardim zoológico com Piers Polkiss, um amigo de Dudley, contudo, ele não surge no filme.

No momento em que cai para dentro do tanque, Dudley nunca fica lá preso. Além disso, no livro, a cobra é uma jiboia do Brasil, para onde vai depois da fuga, sendo que agradece a Harry da seguinte forma: “Thanks, amigo”.

“Tu és um feiticeiro, Harry!”

Harry fica no segundo quarto de Dudley, onde geralmente estão guardados os brinquedos que o rapaz nunca usa. 

Por conseguinte, de modo a fugirem às cartas que chegam com cada vez mais frequência a Privet Drive, e que são endereçadas a Harry, os Dursleys decidem ir para um hotel aleatório, onde acabam também por receber um enorme aglomerado da mesma correspondência. Só nessa altura é que Vernon decide ir para uma cabana, onde chegam através de um barco a remos. 

Mais tarde, quando Hagrid chega à cabana, reconhece Harry imediatamente. Além do bolo de aniversário, Hagrid confecciona salsichas, chá (entre outras coisas), ao mesmo tempo que fala com Harry sobre o motivo da sua visita. 

Toda a conversa sobre James e Lily (os pais de Harry) e Voldemort ocorre na cabana, naquela ilha à deriva no mar. Hagrid também diz a Harry que foi expulso de Hogwarts, mas que Dumbledore permitiu que ele permanecesse na escola como Guarda dos Campos e, por isso, não deve praticar magia.

Mais tarde, quando Harry conhece o professor Quirrell no Leaky Cauldron, ele ainda não usa turbante, indicando que, naquela altura, Voldemort ainda não “habitava” o seu corpo. Voldemort possuiu o corpo de Quirrell após a sua tentativa fracassada de roubar a Pedra Filosofal do Banco de Gringotts.

Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts 

Ao comprar o uniforme para Hogwarts, Harry conhece Draco Malfoy pela primeira vez, sendo também a primeira vez que ouve falar de Quidditch. No livro, Harry também está com Hagrid quando compra a Hedwig, e vão os dois juntos à loja de Ollivander para comprar a sua varinha. 

Antes de encontrar a varinha certa para o rapaz, Mr. Ollivander faz questão que ele experimente muitas varinhas, antes de eleger a que tinha o núcleo com penas de Fénix. 

Harry e Ron encontram Neville pela primeira vez no Expresso de Hogwarts. Também é nessa altura que Malfoy percebe quem é aquele rapaz, e é objetivo com a ideia em torno de Harry Potter. Desta feita, aconselha-o a arranjar uma companhia melhor, ao que Harry responde que é suficientemente capaz de idealizar quem é uma boa companhia. 

Em Hogwarts, antes da cerimónia da seleção aos alunos do primeiro ano, o Chapéu Selecionador costuma sempre cantar, porém, os filmes nunca revelam essa sua faceta. 

Por norma, ao longo dos anos, o chapéu canta sempre uma música diferente sobre os fundadores de Hogwarts – Gryffindor, Slytherin, Ravenclaw e Hufflepuff – apelidos que serviram de nomes para as quatro Casas da escola. Além disso, a seleção não é aleatória, mas feita por ordem alfabética. Adicionalmente, o monólogo efetuado pelo chapéu é ouvido somente dentro da cabeça de cada aluno.

Enquanto foi aluno de Hogwarts, James Potter jogou na equipa de Quidditch dos Gryffindor, e a sua posição era Chaser. Todavia, no filme, surge a informação de que a personagem era Seeker. Além disso, Harry fica a par disto através da Professora McGonagall, e não a partir de Hermione.

No livro, Harry recebe a Nimbus 2000 antes do seu primeiro treino com Oliver Wood, e antes de ter enfrentado troll com Ron. Porém, no filme, ele recebe a vassoura depois destes dois acontecimentos ocorrem.

 

Sarilhos e desentendidos 

Harry e Ron vão à procura de Hermione quando ficam a par da entrada de um troll em Hogwarts. Desta feita, arranjam maneira de fechá-lo num compartimento, só que, na altura, não percebem que o trancaram na casa de banho das raparigas. Depois, quando ouvem Hermione gritar, percebem o que sucedeu, e vão salvá-la. 

Durante o jogo de Quidditch, Hermione e Ron pensam que Snape está a enfeitiçar a vassoura de Harry e, por isso, ela decide intervir. Acidentalmente, ao tentar deter Snape, Hermione acaba por derrubar Quirrel (o verdadeiro culpado) enquanto passa por ele. No filme, quando alguns feiticeiros perto de Snape reparam que a sua capa está a arder, devido ao feitiço de Hermione, um deles atira Quirrell ao chão, quebrando o contato visual entre ele e a vassoura de Harry. 

No livro, quando descobre o Mirror of Erised, o espelho que reflete os desejos mais profundos que alguém pode ter, Harry não vê só os pais, mas também os avós e muitos outros membros da sua família.

Snape assume funções como árbitro no segundo jogo entre os Hufflepuff e os Gryffindor (a fim de zelar pela segurança de Harry). É também após este jogo que Harry segue uma figura encapuzada na floresta, e encontra Snape a conversar com Quirrell.

No livro, Hagrid tem sérios problemas por possuir Norbert, o pequeno dragão norueguês. Perante esse cenário, Harry e Hermione levam a cabo um plano para entregar o dragão aos amigos de Charlie Weasley (irmão mais velho de Ron), que estuda numa colónia de dragões na Roménia. 

Mais tarde, quando Draco denuncia o dragão, já não existem provas que possam incriminar Hagrid. Neville também participou na aventura com o intuito de ajudar Harry e Hermione, mas Ron, que estava na ala hospitalar a recuperar de uma mordidela de Norbert, nunca esteve presente. 

 

A demanda pela Pedra Filosofal 

No livro, Firenze não é o único centauro a aparecer. Ronan e Bane são os primeiros centauros que Harry conhece, e são os mais determinados em não ter qualquer tipo de influência na vida e nos problemas do jovem feiticeiro. 

Na obra, Harry, Ron e Hermione têm de tocar flauta para que Fluffy adormeça. Além disso, na Devil’s Snare, a armadilha seguinte, é Hermione quem entra em pânico quando fica presa nas plantas, e Ron acalma-a. No filme, é exatamente o oposto. 

Na demanda para a Pedra Filosofal, cada obstáculo foi criado por um professor. No entanto, no filme, o segundo troll de Quirrell e o enigma ao redor da poção de Snape são omitidos.

No livro, Voldemort mata Quirrell ao deixar a sua cabeça, provocando a sua morte. No filme, Harry mata Quirrell ao agarrar o seu rosto, fazendo com que se torne pó. No livro, quando Harry toca em Quirrell, ele sente apenas o ardor do toque. 

No final, Hagrid entrega a Harry o álbum de fotografias da sua família quando ele está na ala hospitalar, e não quando está prestes a embarcar no Expresso de Hogwarts.

No romance, Harry e os amigos regressam para juntos das famílias, que os aguardam, incluindo os Dursleys. Na adaptação cinematográfica, o momento não é alvo de destaque. 

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