James Gunn estreia o último filme de Guardians of the Galaxy Vol. 3 no dia 4 de maio mas custa a acreditar que nos vamos despedir deste grupo de pessoas que se juntaram para salvar a galáxia inúmeras vezes. Mas se for para dizer adeus, ao menos que seja em bom!
A melhor maneira para eu descrever este filme é que o mesmo entrega-nos o que era esperado sem ser exatamente o que eu esperava. Isto porque, ao longo dos anos e dos outros filmes da Marvel, teci inúmeras teorias sobre o que podia ser este último filme e achei que certas coisas iam acontecer (e não, não vou spoilar ninguém!). Apenas me refiro como fã de Marvel que sou, também crio ideias e expetativas na minha cabeça.
Para mim, os Guardians of the Galaxy sempre foram a prova de que também podemos escolher a nossa família e ir até ao fim do mundo por ela, mesmo que se calhar as pessoas que compõem esta família não eram, de todo, as que escolheríamos normalmente.
E este Volume 3 demonstra isto mesmo e, por isso, não poderia haver melhor despedida para os guardiões que tanto adoramos.
Não posso adiantar muita coisa porque estragaria a experiência do filme, mas adorei o arco narrativo escolhido para ser contado desta vez, de uma personagem que ainda não sabíamos muito mas que tem uma história super emocionante e que não vai deixar ninguém indiferente. Com esta história, vem também o vilão do filme que, embora não seja dos melhores que a Marvel já viu e embora não tenha as melhores motivações, dentro da narrativa que lhe é dada acaba por funcionar.
E mais do que vermos as personagens que já conhecemos tão bem, é sempre uma lufada de ar fresco conhecermos novas personagens, mesmo que o foco ainda não esteja nelas mas deixa um alento para um futuro em que as vamos poder ver mais vezes.
Aliado a isto, James Gunn entrega-nos mais uma vez uma realização excelente, provando que sabe perfeitamente o que um fã de super heróis quer ver, dando-nos muita ação e comédia mas também uma montanha russa de emoções. Para além disto, mais uma vez o filme acerta em cheio nos efeitos visuais, mostrando-nos planetas lindíssimos e espécies novas e intrigantes.
E para mim, a cereja sempre no topo do bolo dos filmes do Gunn é, sem dúvida, a banda sonora escolhida a dedo para cada momento do filme. Utilizando músicas que conhecemos tão bem e que até mesmo cantarolamos durante o filme, acabam por funcionar super bem no ambiente que estamos a ver e, de certa forma, a entender os sentimentos das nossas personagens.
Ah, e não me posso esquecer dos cameos! Sem dúvida que o James agarra a oportunidade para trazer aqueles com quem já trabalhou para os filmes dele e acaba sempre por ser uma escolha certa. Um dos cameos é a Daniela Melchior, que brilhou como Ratcatcher noutro filme do realizador.
Claro que acabam por haver algumas coisas previsíveis, pelo menos para mim, à medida que o filme se desenrola, mas no final de tudo, não há como não sair do filme a rir… e vá, não vos vou enganar, a limpar as lágrimas!
Sinto-me triste por dizer adeus a um grupo que gosto tanto mas tenho a certeza que, se for para ser, vamos voltar a ver muitos deles em breve. Pelo menos, assim o espero.
PS: Acho que não preciso de dizer isto porque os fãs da Marvel sabem mas vou dizer na mesma… não saiam antes dos créditos porque há duas cenas para ver!