Home FilmesCinema Good Boys: A idade da inocência segundo Seth Rogen

Good Boys: A idade da inocência segundo Seth Rogen

by Ivo Gonçalves

Good Boys (“Tudo Bons Meninos”) é uma comédia com três meninos e algumas más decisões que passam por drogas, fugas à polícia e não só. Estreia dia 22 de agosto nos cinemas portugueses.

Seth Rogen e Evan Goldberg já nos brindaram com vários tipos de comédia: SuperBad, onde nos mostraram aventuras e um guia de sobrevivência para o final da escola secundária; Neighbors, onde se explora o choque de chegarmos à fase adulta, contrastando com a vida boémia da universidade; e claro, Sausage Party , sem descrição possível…

Em Tudo Bons Meninos, os dois dão a responsabilidade a Lee Eisenberg e Gene Stupnitsky de realizarem a sua visão da inocência de um grupo de crianças de sete anos em que há sexo e drogas à mistura, mas em doses brandas e altamente cómicas.

A premissa da história é simples. Max, Lucas e Todd (Jacob Tremblay, Keith L. Williams, Brady Noon) vivem à parte da popularidade da escola até que são convidados para uma festa onde um deles pode dar o seu primeiro beijo à rapariga dos seus sonhos. Entre o convite e a festa envolvem-se em situações que envolve a polícia e, como já referido anteriormente, muitos objectos fálicos… acreditem.

Fonte: Divulgação

O filme tenta sobretudo reencarnar a dinâmica de SuperBad em crianças sobejamente mais novas e as semelhanças são muitas. Contudo, a dita dinâmica demora a aparecer muito devido à história da cada um dos três protagonistas que são completamente despregadas umas das outras, fazendo com que a narrativa ao principio não seja fluída, dando mesmo ideia de que cada personagem pertence a um filme diferente, ficando mesmo difícil de perceber como eles se dão bem há tanto tempo.

Após um início lento e sem percebemos muito bem ao que estamos a assistir, o filme começa a ganhar uma dinâmica solida através de piadas soltas e situações caricatas da vida das três crianças. Équase impossível não rir da maneira como elas quase nos fazem acreditar que a sua maneira de ver as coisas é que está certa.

Para isto também contribui o argumento que tenta dar situações em que se fala de sexo e se dizem palavrões sem nunca tirar a inocência aos protagonistas.

É brilhante ver como três crianças tentam convencer adultos a deixar as drogas e que os sites pornográficos são repugnantes… é encantador mas ao mesmo tempo hilariante.

Tirando o início do filme, onde a química entre as três crianças e delas connosco demora a engrenar, este acaba por ser uma experiência muito boa.

O filme consegue falar sobre temas sensíveis da sociedade, mas sem nunca entrar no absurdo e para isso contribui um argumento que tenta “pôr achas na fogueira” mas sem nunca queimar e isso é sobretudo o que Seth Rogen pretende.

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