Home Novidades T.8, Ep. 6 | “The Iron Throne”: O final agridoce

T.8, Ep. 6 | “The Iron Throne”: O final agridoce

by Beatriz Silva

É verdade, Game of Thrones exibiu hoje o seu último episódio desta temporada, o 73º episódio e último da série, que foi intitulado de “The Iron Throne”. O final teve um sabor agridoce para a maioria dos fãs.

Já se sabia que o final desta série, considerado uma das melhores séries já feitas, não ia agradar a gregos e a troianos. E a verdade é que o que para muitos pode ser um final prevísivel, como foi para mim, para outros pode ser um espanto enorme.

Mas vamos lá então falar do episódio:

Daenerys finalmente se tornou a tão Queen of Ashes que ela dizia que não se ia tornar e a destruição de King’s Landing reflete isso. No seu discurso em que diz que quer correr Westeros inteiro a libertar o povo e partir a roda, como fez com o de King’s Landing (ela libertou que povo mesmo? este não foi). 

Isto claro que não agrada nem a Jon nem a Tyrion visto que se for para ter o mesmo desfecho de KL, mais vale nem se meter à frente dela… ou então vale mesmo impedi-la a todo o custo. 

 

 

Mas a “revolta” de Tyrion começa bem antes quando ele foi ver os irmãos ao sítio onde eles cairam mortos, encontrando-os debaixo das pedras, e chorando para cima deles, dando-lhe o click. Ora, quando ela lhe diz que ele a traiu, ele relembra-a que, enquanto ele só libertou o irmão, ela chacinou uma cidade inteira e com isto, tira o alfinete da mão da rainha e atira-o para o chão.

É feito prisioneiro e e aí que tem uma conversa com Jon que, a meu ver,  foi importante e necessária sendo que lhe tenta abrir os olhos para o facto de tanto ele como os Stark são uma ameaça para ela.  Até Arya já tinha dito o mesmo a Jon, que reconhece um assassino quando vê um e que Dany não ia deixar ninguém ameaçar a posição dela.

“O amor mata o dever”, dizia o meistre Aemon mas “o dever mata o amor” é o que Tyrion lhe diz, citando algumas partes do juramento de Jon. Tyrion sabe o que diz visto que confessa que também ama Daenerys e que acreditava nela com todo o seu coração mas que ela já não e a mesma rainha a quem juraram fidelidade.

Lembro-me de nas cenas seguintes ver Drogon a deixar passar Jon e confirmar aí o que já esperava. Alguém que fosse para matar Daenerys tinha de ser alguém em quem o dragão confiasse minimamente para deixar passar.

Vemos Dany a andar pela sala do trono, completamente destruída, só restando mesmo o trono. Sim, não eram umas pedras que iam destruir aquilo. É igual à visão que ela teve na casa dos Undying mas desta vez chega mesmo a tocar no trono. 

Jon está atrás dela e vê que ela admira o trono. Ela diz lhe que foi o irmão dela que lhe contou todas as histórias enquanto esboça um sorriso, mas Jon não estão feliz com o que ela fez e diz-lhe, quase pedindo por uma justificação, algo que ainda o faça acreditar nela, quiçá.

Ela tenta dar lhe a volta para ele ficar com ela, mas cometeu o erro de baixar a sua guarda por amor. Sabemos perfeitamente que é enquanto eles se beijam que Jon vai espetar a faca nela, que acaba por a matar. 

Sendo que uma das minhas personagens preferidas estava a matar outra das minhas personagens preferidas, eu não senti n-a-d-a. Não senti nem um pouco do que senti quando vi o Red Wedding ou até mesmo quando Missandei foi decapitada. Parece que não estava a acontecer o que eu estava a ver. Foi um sentimento super estranho para uma morte que significa tanto.

Claro que Drogon sentiu isto e foi ter ao local. Mas claro, ele não ia fazer mal a Jon precisamente por ele ser um Targaryen, um dos plots que desvendaram o mistério mas não fizeram nada com ele. Drogon acaba por disparar a sua raiva toda em forma de fogo para o trono, destruindo-o por completo. 

Este foi dos melhores momentos do episódio porque, além de já ter previsto isto e só podia ser um dragão a fazê-lo, ele destruiu o que fez a mãe dele ficar obcecada ao ponto de levar a este desfecho. Destruiu um simbolismo de poder que é erróneo. Foi ali um momento para percebermos que um trono não passa daquilo mesmo, um objeto.

Depois ele acaba por pegar no corpo de Dany e voar dali para fora e não vemos mais nenhuma destas personagens… Não entendo mas movin’ on.

No que parece ser um time jump, vemos Grey Worm a levar Tyrion para ser “julgado” e percebemos que com ele, também Jon é prisioneiro – apesar de ele ser o herdeiro ao trono, mas pronto…

Vemos então (no mesmo sítio onde mostraram o WW a Cersei) várias pessoas sentadas: Bran, Arya e Sansa Stark; o tio deles, Edmund Tully; o primo deles, Robin do Ninho de Águia; Sir Davos, Brienne of Tarth, Gendry Baratheon, Sam Tarly, Yara Greyjoy, o novo príncipe de Dorne e mais duas pessoas que não consegui identificar. (e uma garrafa de água lá pelo meio)

Não há rei porém, e Tyrion sai-se com a sugestão de eles escolherem o novo rei, visto que são os senhores mais importantes de Westeros agora. Sugere também que a escolha do rei deixe de ser hereditária mas sim democrática.

Como terceira sugestão, dizendo que o que une as pessoas são as histórias de tudo, casamentos, guerras, etc, diz o nome de Bran, chamando-lhe Bran, The Broken (não fosse ele ter uma queda por broken things), o rapaz que sobreviveu ao coma e que foi para lá da muralha aleijado e que aprendeu a voar.

Bem,  isto de um certo ponto de vista… Faz sentido. Porque é a pessoa que mais conhece a história e pode fazer com que não sejam cometidos os mesmos erros que sempre foi um grande problema, não aprender com erros passados.

Por outro lado, o facto do rei deixar de ser hereditário e passar a ser uma eleição democrática também faz sentido porque assim não há as confusões que houve desde o início da série. Mas claro que vão existir pessoas que acham que o rei devia ter sido outro à moda de Game of Thrones porque este final pode-se ter revelado meh para muitos fãs que não queriam esta personagem no trono. 

Também não seria a minha primeira escolha, mas pronto. Porém, Bran é só rei de Seis Reinos, visto que Sansa diz-lhe que Winterfell vai ser um reino independente e ele concorda. Previsível também foi o facto de Tyrion ter sido escolhido para ser mão do Rei para “compensar as suas ações”, o que não agrada a Grey Worm. 

Cabe a Tyrion informar Jon que ele vai ser enviado para a Patrulha da Noite novamente e que é preciso uma para receber os bastardos e os criminosos. Como quiserem. 

Vamos ao final então das personagens:

Os irmãos Stark têm todos um final adequado:

  • Bran dá a sensação que já sabia qual era o seu final há muito tempo, apesar de não querer ser rei. Até é curioso perceber que ele às tantas ainda tem esperança de encontrar Drogon com os seus warg.
  • Sansa é proclamada a Rainha do Norte e acho mesmo que foi a que se safou melhor no meio disto tudo.
  • Arya decide ir para oeste de Westeros porque é onde acaba os mapas e ninguém sabe o que lá há. Parece-me bem para esta personagem que não ia ficar como uma lady.

O novo conselho do Rei Bran é constituído por:

  • Tyrion, como mão do rei, novamente. Pode ser que desta vez seja mais pacífico.
  • Bronn, como senhor de Highgarden e Mestre da Moeda. Um final bem vitorioso para esta personagem!
  • Sam Tarly, que ajudou a escrever e a dar o título do livro “A Song of Ice and Fire” que é sem dúvida um título mais poético e aparenta ser o novo meistre.
  • Brienne of Tarth que é a comandante da Guarda Real e que pouco antes, ajudou a escrever a história de Jaime.
  • Sir Davos, Mestre dos Navios e como Bronn goza, mestre da Gramática, visto que ele o corrige.

Jon regressa então à Muralha onde vê o seu amigo Tormund e claro, o seu fiel companheiro Ghost e FINALMENTE lhe dá uma festa e seguem então rumo para lá da Muralha com o resto dos selvagens.

Se alguém souber porque é que o Tyrion não foi mencionado no livro, que me diga, porque não quero acreditar que só os reis e dragões é que aparecem lá.

Temos a música do genérico a fechar o episódio e choramos… Não porque ficámos tristes ou fomos surpreendidos mas sim porque chegámos ao fim de oito temporadas de uma série que nos fez viver tão intensamente as segundas feiras este ano e todas as esperas em anos anteriores.

Esta série foi a prova de que, se uma série é boa, uma hora e meia não chateia em nada os fãs. O fecho da série não foi o melhor mas foi o melhor possível. A temporada não teve a mesma qualidade que as iniciais, e é normal, porque o apoio literário também já não era o mesmo, e como tal, teve o desfecho previsto para muitos. 

Agora, fiquemos à espera do spin-off.

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