A premissa de Fall é simples, duas amigas presas numa torre de radio antiga com 600 metros de altura.
Atingir a simplicidade não é deveras uma tarefa fácil e muitos projetos tentam e falham.
Fall começa em grande, sem perder muito tempo, a história que antecede a aventura mostra de forma rápida o que está a acontecer a cada uma das personagens, bem como o que estão a atravessar no dia-a-dia.
Sem grandes introduções e sem presunção, deparamo-nos rapidamente com Shiloh (Virginia Gardner) e Becky (Grace Fulton) a subir a maldita torre.
A subida é talvez o melhor momento do filme, quem tem medo de alturas ou vertigens vai sentir um arrepio na espinha à medida que as personagens atingem o cume da torre.
Chegar ao topo da torre de rádio fez com que as escadas fossem destruídas e as nossas protagonistas ficam reféns da situação… sem rede e sem maneira de comunicar com alguém.
Em termos técnicos e para o orçamento que o filme dispôs posso afirmar que Fall está gravado de tal maneira que mais parece uma produção de um grande estúdio de Hollywood. A sensação de realismo está muito bem conseguida.
O ponto fraco é quando o filme nos transporta para os dramas internos das duas protagonistas deixando um pouco de parte o cerne da questão, tanto Fulton como Gardner não são propriamente boas na vertente dramática, contudo nas cenas mais físicas estas tiveram uma atuação irrepreensível.
Fall é um filme bastante simples e competente, falha na parte emocional, mas tem muitos ingredientes para nos agarrar do princípio ao fim e até tem um plot twist!
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