Com a varinha no bolso, os livros a servir de alicerce e com ideologias bem vincadas, Emma Watson ficou na memória do público pela sua interpretação de Hermione Granger em “Harry Potter”.
Não obstante, a carreira não estagnou depois desse período celestial. Continuou a trabalhar em cinema, porém, efetuou algumas pausas no percurso. Paralelamente, transformou-se numa voz poderosa a ter em conta na sociedade.
Nasceu em Paris, no seio de uma família abastada. Os pais, graduados pela Universidade de Oxford, divorciaram-se quando a atriz tinha cinco anos. Nessa altura, mudou-se para Oxford com a mãe e o irmão mais velho.
É por esse motivo que, ainda hoje, é fluente em francês, apesar de reconhecer alguma “falta de prática”.
Com apenas seis anos, já começava a idealizar que o seu sonho era ser atriz. Por conseguinte, foi para a Stagecoach Theatre Arts, onde começaria a dar os primeiros passos no mundo da representação.
Foi um professor dessa escola que, por escolha das estrelas, acabou por guiá-la rumo ao elenco da adaptação cinematográfica de “Harry Potter”.
Pé ante pé, o sucesso foi almejado. E, embora muitos fãs não estejam habituados a vê-la longe da varinha e da capa, a atriz britânica já retratou um vasto leque de personagens diferenciadas.
Por conseguinte, são alguns desses projetos que decidi analisar no presente artigo, em jeito de homenagem às performances de Emma Watson.
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“My Week With Marilyn” (2011)
Marcado pela performance razoável de Michelle Williams, a prestação de destaque de Judi Dench, e um trabalho preponderante de guarda-roupa e cenografia, “My Week With Marilyn” incide na demanda de Marilyn Monroe para gravar um filme.
A obra não surge como uma cinebiografia da atriz, porém, é baseada em aspectos da sua vida.
Neste filme, Emma Watson interpreta Lucy, uma personagem secundária. Lucy é uma assistente de guarda-roupa que namora com Colin (Eddie Redmayne), um homem que trabalha para Monroe, e que acaba por apaixonar-se por ela.
Watson não demorou muitos dias a gravar as cenas que lhe estavam destinadas, para não interromper os estudos na Brown University, onde efetuou formação em Literatura Inglesa.
No que toca ao filme, Simon Curtis, o realizador, trabalhou as cenas com o amor de um historiador, mas as suas imagens manchadas da paisagem rural confundem-se com o cliché de um postal.
Ele é perspicaz a trabalhar com atores, quer na obtenção de boas performances, ou na tentativa de retrato daquela época.
Na minha ótica, está longe de ser um filme brilhante, mas vale a pena ser visto. Quanto a Watson, embora com um papel reduzido, começava a aqui a evidenciar talento após a longa viagem em “Harry Potter”.
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“The Perks of Being a Wallflower” (2012)
Emma Watson não é a “estrela” principal de “The Perks of Being a Wallflower”, mas destaca-se no seu papel de co-protagonista numa história de maioridade.
O seu retrato de Sam é um complemento perfeito para Charlie, de Logan Lerman, que tem várias questões complexas por resolver. Sam nem sempre entende a magnitude da situação, mas, no final, a história acaba por sorrir a ambas as personagens.
Arrisco-me a dizer que este foi o primeiro papel de maior relevo que Watson desempenhou após as adaptações da saga criada por J.K. Rowling.
“The Perks of Being a Wallflower” é baseado no livro de Stephen Chbosky, que também realizou o filme. Lerman é o protagonista da longa-metragem. Por curiosidade, tal como Watson, o ator ficou na memória do público por dar vida a uma personagem de uma saga do género de fantasia, isto é, Percy Jackson.
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“The Bling Ring” (2013)
De longe, este é um dos projetos mais obscuros desta lista de sugestões.
“The Bling Ring” é um filme protagonizado por Emma Watson, que todos os fãs de cinema devem ver. Neste projeto, a atriz juntou-se a Sofia Coppola para contar a história de um grupo de criminosos.
Watson protagoniza a obra, ao interpretar uma jovem que pertence a um grupo de adolescentes, que vive obcecado por fama e pelas coisas boas da vida. Para conseguir isso, o grupo participa em festas de celebridades e planeia assaltos às casas.
O filme não surpreendeu nas bilheterias, mas é deveras engraçado ver Watson a interpretar uma personagem narcisista, em grande parte despreocupada com os crimes que cometeu ou com as consequências que pode enfrentar.
Para quem procura um filme de Emma Watson, onde ela retrata uma personagem que é exatamente o oposto de Hermione Granger, tem aqui um regalo para a vista.
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“The Circle” (2017)
Um dos projetos mais recentes que Watson protagonizou foi “The Circle”, que efetuou a abordagem a um mundo de tecnologia.
“The Circle” explora a crescente acessibilidade da tecnologia e as conseqüências do uso da referida inovação no quotidiano. O elenco inclui nomes como Tom Hanks, John Boyega, Karen Gillan e muitos outros, que tiveram uma oportunidade de contar uma história cativante para agarrar o público.
A verdade é que, para a crítica, o filme foi visto como uma decepção, visto que o enredo não conseguiu diferenciar-se de outros filmes e programas populares da época.
Todavia, ainda assim, decidi destacar esta obra porque Watson surge numa abordagem totalmente inédito, onde é forçada a adaptar o seu método de trabalho num thriller moderno.
Espero que, no futuro, a atriz volte a trabalhar num género de filme semelhante, e que continue a explorar uma vertente com tanto potencial no seu jeito de representar.
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“Little Women” (2019)
Emma Watson trabalhou num dos melhores filmes de 2019, e que pode muito bem ter sido um dos melhores de toda a sua carreira.
“Little Women” foi a adaptação de Greta Gerwig à obra de Louisa May Alcott. O filme segue a história de quatro irmãs, na América, durante o pós Guerra Civil. Watson retrata Meg, uma das irmãs March, cujo papel tinha sido entregue inicialmente a Emma Stone, contudo, a atriz acabou por “abandonar” o trabalho.
O filme conta ainda com a participação de Florence Pugh, Saoirse Ronan, Eliza Scanlen, Meryl Streep, Laura Dern, Timothée Chalamet, James Norton, e Chris Cooper.
“Little Women” foi nomeado a seis Oscars da Academia, inclusive nas categorias de Melhor Filme e Melhor Argumento Adaptado, sendo que arrecadou o prémio na categoria de Melhor guarda-roupa.
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Opção Bónus: “Beauty And The Beast” (2017)
Um fator interessante que os espectadores podem idealizador sobre os filmes de Emma Watson é que, mesmo quando as obras não são universalmente aclamadas, poucos apontam o dedo para à sua performance.
É o caso de “Beauty And The Beast”, a adaptação em live-action ao clássico da Disney. Algumas das críticas ao filme incidiram primordialmente em decisões criativas e de elenco que foram tomadas.
Este filme entrega-nos a visão de um mundo em que Emma Watson é uma princesa, o que diversifica ainda mais o seu currículo em Hollywood.
É a adaptação de um clássico que marcou a infância de várias gerações e, perentoriamente, despender algum tempo a ver o filme simboliza um momento sempre prazeroso em família.
Os seus companheiros de cena, Luke Evans como Gaston e Emma Thompson como Sra. Potts, também partilham o dia de aniversário com ela.
