Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves chega hoje aos cinemas com uma aventura que vai deliciar os fãs do RPG e que, muito provavelmente, vai deixar a curiosidade no ar para todos os que não sabem ou nunca jogaram o jogo, depois de sairem da sala de cinema!
Confesso que quando vi os trailers, não foi o filme que me despertou mais entusiasmo para ir ver e, é inevitável que haja receio no ar uma vez que os outros filmes relacionados com este jogo não foram assim muito bons (se é que podemos dizer assim) mas, se há coisa boa que Stranger Things nos trouxe, foi gerar curiosidade para quem desconhece o mundo de Dungeons & Dragons.
Fui de mente aberta para o cinema e saí agradavelmente surpreendida de lá. Foram duas horas e (quase) meia que passaram a correr porque é como dizem, o tempo passa depressa quando nos estamos a divertir. E o filme acaba por ganhar muitos pontos pela sua simplicidade e por não se querer levar a sério, no sentido em que sabe perfeitamente que está ali para nos entregar uma história com fantasia, comédia e aventura.
A escolha do elenco acabou por ser bastante importante porque era preciso encontrar diferentes atores que conseguissem interpretar as diferentes personalidades de cada personagem e que funcionassem bem em equipa. Temos então Chris Pine como Edgin Darvis (Harper), que acaba por ser o “mestre das cerimónias” deste filme uma vez que a missão vem dele e por causa dele mas ele acaba por não se tornar no único personagem principal do filme, e temos Michelle Rodriguez, tão conhecida do mundo de ação de Fast & Furious, mas que aqui nos entrega o seu lado mais cómico mas ainda assim com muitas cenas de luta que acabam por entreter.
A este grupo junta-se Justice Smith, que já tinha interpretado personagens do género em filmes como Detective Pikachu, sendo que aqui é um feiticeiro que ainda tem muito para aprender e a Sophia Lillis como Doric, uma druida que nos diverte imenso com as suas mutações, especialmente com o melhor combo animal que já vi na minha vida!
A minha desilusão acabou por ser as grandes expetativas que tinha para a personagem do Regé-Jean Page que, para o marketing todo que se faz à volta dele, acaba por não aparecer tanto como eu gostaria. Atenção, ele ainda aparece muito mas não é uma personagem tão presente do início ao fim como achei que iria ser. Talvez num próximo filme! Contudo, o picanço entre ele e a personagem de Chris Pine foi muito cómico.
Quanto ao Hugh Grant, bom, foi mais um dos casos em que tirou muito bom partido do seu sotaque e nota-se claramente que se diverte a interpretar papéis como este.
Já o vilão acaba por não ser bem o foco desta história, porque essa vendetta acaba por passar muito despercebida porque nós estamos só e somente investidos na demanda deste grupo, em perceber como vão trabalhar em conjunto e quais vão ser as suas próximas artimanhas. Mas é como já disse, foi dos poucos casos em que não quis saber se o vilão estava lá ou não porque apenas serviu para este grupo ter um propósito para cumprir.
Falta apenas referir os efeitos visuais que foram até bem conseguidos, entregando-nos algo dinâmico e minimamente realista dentro deste mundo de fantasia, o que nem sempre é fácil.
Há cenas bastante cómicas e valorizo um filme que nos faz rir pela situação em si e não por ser algo forçado, mas também sei que havia espaço para cortar um pouco. Ainda assim, diverti-me bastante e acho realmente que neste caso, menos foi mais e posso dizer que, para quem não tenha expetativas, recomendo que vão ver com os vossos amigos ao cinema para passar um bom bocado!